Tuesday, February 01, 2022

The Tragedy of Macbeth

 Eis que num novo cinema em que as aplicações de streaming tem mais peso, surgiu a aposta maior da Apple + para esta temporada de premios. Um filme que marca mais uma adaptação da peça iconica de Shakespeare, com um realizador como Joel Coen e um duo de protagonistas unicos, concretamente Washington e Mcdormand. Criticamente esta abordagem foi muito bem recebida pela critica com avaliações de primeira linha, contudo comercialmente o filme acabou por não resultar espetacularmente comercialmente para a Apple +, mas parece claro que este não seria o produto mais comercial para apresentar.

Sobre o filme começarei pelas criticas, eu penso que é bem patente alguma falta de ideias em Hollywood quando num período de cinco anos surgem duas adaptaçoes da mesma peça de Shakespeare que apenas trazem de novo uma visualidade de assinatura já que a historia é aquela que todos conhecem, sendo narrativamente a repetição ate a exaustao da historia conhecida.

Posto este defeito claro, o filme é estetitamente brilhante, muito por culpa da assinatura, do conceito e da fotografia que o filme da à historia. O filme tem um estilo proprio impressionante que nos da autenticos quadros a preto e branco, totalmente sublinhados por uma fotografia de primeira linha que serve de palco para outro dos atributos claro que o filme tem.

E este atributo e a qualidade dos executantes. Escolher um duo como Washington e Mcdormand para protagonizar a historia com aquela recolha de imagens e uma escolha imperdivel, pena e que tenhamos todos estes atributos numa historia conhecida, que perde alguma capacidade, senão toda de narrativamente o filme surpreender o espetador, e esse ingrediente torna-se cada vez mais necessário para as obras primas do cinema.

A historia e a conhecida peça de Shakespeare, ou seja a ambição desmedida de um guerreiro depois de tomar conhecimento de uma profecia, que o leva a tentar atingir o topo contra tudo e contra todos, apenas sustentado no apoio da mais que ambiciosa esposa.

Em termos narrativos o filme tras a historia original com muitos dos dialogos escritos, e embora seja clara toda a riqueza da pela, fica a ideia que esta transposição acaba por ser curta no que diz respeito a valorização de uma historia escrita mais que conhecida e que o filme nada acrescenta.

A realizaçao de Joel Coen, aqui realmente a solo e separado do seu irmão é vistosa, arrojada, competente, artistica, um dos aspetos que mais salta a vista e o conceito visual do filme, muito potenciado por uma das melhores fotografias dos ultimos anos, onde o preto e branco e o apontamento mais vincado.

No que diz respeito ao cast Washington tem mais um papel para vincar uma carreira unica, intenso, dramatico, fisico e faz com que o filme seja o seu palco ideal para mais uma prestação que lhe valera mais uma nomeaçao. Mcdormand acaba por ser o moleta mais eficaz do que brilhante, mas o filme acaba por ser o palco ideal para o reportório de Washington em boa forma.


O melhor - A fotografia

O pior - Já chega de Macbeth


Avaliação - B-

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