Thursday, February 10, 2022

The Lost Daughter

 Nos ultimos anos tem existido um fenomeno que se tornou ja habitual que é uma estreia de um ator atras das camaras que chama a atenção da critica de tal forma que o filme acaba por entrar na corrida aos premios. Este ano foi este independente filme de Maggie Gyllenhall que obteve esse feito, depois de ser apresentado em diversos festivais com boas avaliações, acabou por ser um candidato ate ao fim a nomeaçao para melhor filme que acabou por falhar. Comercialmente o filme nos EUA foi lançado na Netflix com o impacto tipico do filme de premios.

Sobre o filme podemos dizer que na forma como e filmado e abordado parece claro que as influencias no cinema de Maggie e claramente intimista e independente num filme sobre uma personagem particular e na tentativa de nos dar aos poucos mais sobre a pessoa que vimos. Esta ideia ate podia ser uma boa base para qualquer filme mas fica a ideia que a personagem nunca e minimamente empatica na relaçao com o espetador e o filme torna-se mais estranho do que competente.

No final parece que muito do que o filme nos dá falta por descobrir, quer do relacionamento da personagem estranhissima com os outros ali presentes, quer mesmo na explicação da maior parte das decisões de uma personagem marcada pelo passado que o filme emocionalmente trabalha melhor na revelação embora fique muito por perceber, esclarecer ou mesmo fazer sentido.

Assim e pese embora seja um estilo de filme que normalmente a critica gosta, pelo seu lado aberto, e acima de tudo sustentado numa intepretaçao de primeira linha de uma das actrizes em melhor forma da atualidade, pessoalmente fiquei bastante dececionado com o resultado final, de um filme que parece sempre mais estranho do que qualquer outra coisa.

A historia fala de uma professora que sozinha embarca numas ferias onde observando uma familia com quem partilha o espaço acaba por se recordar do seu passado e das suas decisões nesse passado que condiciona muitas das suas reações.

Em termos de argumento claro que podem existir muitos entendimentos do lado aberto em tentar explicar muito do que vimos. Eu pessoalmente prefiro filmes que assumam mais as personagens e os seus porques, dai que mesmo considerando que a personagem central tem o seu valor e que segura o filme parece insuficiente na minha ideia para trazer o filme para niveis muito positivos.

Gyllenhall estreia-se com um trabalho arrojado, com alguma assinatura, bastante intimista que pode ser um estilo que pode assumir enquanto realizadora. Ja fez o mais dificil que foi conquistar a critica e o seu futuro como realizadora possa ser promissor, embora pessoalmente nao tenha ficado fascinado com o seu trabalho.

No cast o filme e dominado por uma Coleman em excelente forma e que tem os melhores momentos no filme na sua interpretaçao com muito cunho proprio. Alias fica a ideia que sem esta interpretação da atriz em melhor forma de Hollywood quase ninguem falaria particularmente deste filme. Ja a questao de Buckley parece-me sobrevalorizada numa interpretação que muitos valorizam mas parece-me algo natural, embora a nomeaçao premeie a presença de uma atriz em ascenção.


O melhor - Coleman.

O pior - O filme é demasiado estranho para ser bom


Avaliação - C



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