Os biopics relacionados com advogados são sempre filmes com registos muito proprios, mas que em termos de filmes de tribunal acabam sempre por nos dar algumas obras de interesse claro. Este foi um pequeno filme que reúne o lado mais intenso dos tribunais, com a questão sempre complicada dos refugiados. Nao sendo um filme com figuras de primeira linha, o resultado critico acabou por ser mediano o que não potenciou aquilo que o filme poderia render. Do ponto de vista comercial a falta de figuras de primeira linha acabou por condicionar e muito o resultado comercial.
Saint Judy é um filme simples, que procura quase sempre o lado mais emocional da historia do que propriamente o lado mais racional. A historia que o filme acompanha tem o lado emocional e mediatico do estado islamico, e da luta pelos direitos das mulheres, mas depois acaba por nem sempre ser bem trabalhado na situação em si, utilizando demasiadas palavras para a descrever mais do que propriamente imagens e isso acaba por diminuir a chama do proprio filme.
E obviamente um filme de segunda linha e isso denota-se mais do que nas situações de tribunal, onde as questões ate podem ser bem trabalhadas, no contexto das personagens e na forma como as mesmas acabam por ser trabalhadas fora da intriga central. Fica a ideia que a homenagem a personagem em si é merecida, mas que o filme poderia ser mais trabalhado e menos novelesco.
Numa altura em que os biopics assumem uma importância fundamental no cinema moderno, fica a ideia que as abordagens devem ser mais diferenciadores para um filme como este se fazer notar. Pese embora tal facto acaba por ser uma boa homenagem a alguém que tem um papel próprio numa altura em que os EUA debate sobre a forma como se devem receber e integrar os estrangeiros.
O filme fala de uma advogada que começa a defender caso de integração de imigrantes nos EUA, e na forma como os mesmos são recebidos pelos países de origem. O filme sublinha uma situação concreta de uma jovem professora que foi alvo de agressões numa prisão.
O argumento do filme é mais emocional e de homenagem a personagem do que propriamente uma historia integrada da sua vida. E um filme que procura muito mais o lado do trabalho e da importancia do feito, do que as razões para o mesmo. Isso funciona pelo menos em metade do trajeto.
Na realização deste filme, Sean Hanish e um realizador experiente mas que nao tinha ate ao momento tido qualquer trabalho de referencia. O estilo do filme é basico, sem risco, ser arte, de um filme que poderia ser propriamente feito para televisão já que nunca tenta potenciar as imagens no grande ecra.
No cast eu acho Monhagan competente, uma actriz com mais que capacidade, intensidade e carisma, na personagem penso que a mesma é feita de uma forma demasiado simplista no filme, nao necessitando de grandes recursos da atriz. A qual tem um trabalho solitario, ja que os restantes nada arriscam no filme.
O melhor - A homenagem.
O pior - A forma como o filme nao quer entrar nas diversas dimensões da personagem.
Avaliação - C
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