Sunday, August 20, 2017

The Wall

Doug Liman e um dos produtores e realizadores com alguma dimensao no cinema de verão colecionado alguns sucessos nos filmes de açao, mantendo muitas vezes tambem alguma consistencia critica. Este ano e com menos mediatismo do que a grande parte dos seus filmes surgiu este seu pequeno filme de guerra, sobre uma situaçao concreta, e apostado na luta de snipers. O resultado principalmente em termos comerciais nao foi brilhante com resultados muito modestos, principalmente devido ao facto do filme nao ter conseguido grande expansao. Criticamente a mediania dos resultados apresentados nao premitiram que o filme fosse muito mais longe tambem neste parametro.
Sobre o filme existem dois tipos de filmes de guerra, uns mais abrangentes, mais dependentes do seu valor tecnologico e realismo, e aluguns mais circunscritos a uma situaçao concreto e este pequeno filme quase de uma so personagem coloca-se claramente neste ponto, e num filme de curta duraçao, acaba sem grande espetaculo ou brilhantismo de cumprir os seus objetivos, principalmente por transmitir bem a sensaçao de encurralado da personagem, mas tambem pelo brilhante twist final.
MAs e obvio que quando vimos um filme de guerra esperamos algo mais grandioso mais potenciado, mas generalista, e o filme acaba sempre por ser demasiado particular a uma situaçao em concreto e isso tira-lhe dimensao enquanto obra, tambem tem o problema de muitas das conversas mantidas entre as personagens ativas serem limitadas e algo esteriotipadas. Numa formila muito interessante de dialogo parece que o filme poderia ir mais longe no estilo de cabine telefonica de guerra.
Mesmo assim e sendo obviamente um filme mais exprimentalisma no realizador, e um filme que consegue os seus planos, numa objetividade que funciona, nas emoçoes que da ao espetador, e pela clareza de diminuir o filme a poucas personagens. Por tudo isto parece importante sublinhar que o cinema mesmo em realizadores mais tarefeitos tem espaço para obras mais singulares
A historia fala de um militar americano que em pleno conflito no golfo fica encurralado por um terrivel sniper com um muro entre ambos, ate que encetam um dialogo estrategico que mais parece um jogo do gato e do rato.
Em termos de abordagem parece me sempre um filme mais funcional e original na formula do que propriamente no seu conteudo, parece-me que existia espaço para dialogos mais elaborados e mais criativos, algo que o filme potencia bem com a sua forma. Vale pelo seu interessante final.
Liman e um realizador com alguns filmes de alguma dimensao, pese embora ainda lhe falte o seu grande filme, e aqui tambem nao o conseguiu, apesar de um trabalho simplista, mas original, falta ao filme dimensao para se assumir como obra de referencia de um realizador com alguns trabalhos meritorios mas ainda sem a sua obra prima.
No cast o filme e uma atuaçao a solo de Aaron Taylor Johnsoon, que tem aqui um papel com entrega fisica mais do que dramatica, mas um dos exercicios mais dificeis de uma carreira que no ultimo ano tem subido patamares, e carregar um filme a costas e pelo menos sinal da ambiçao dele enquanto actor.

O melhor - O final

O pior - Existia espaço para dialogos mais interessantes

Avaliação - C+

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