Thursday, December 26, 2013

Blue is the Warmest Color

Todos os anos um filme europeu, ou sul americano chama a atenção para todo o mundo do cinema, com uma origem fora da chancela de Holywood, este ano e apos conquistar a palma de ouro em Cannes essa fama acabou por ir para este filme francês centrado na homossexualidade ou descoberta da mesma. Aos poucos o filme foi conquistando pelo mundo inteiro a critica conseguindo constar para alem da lista dos melhores filmes do ano, na corrida por algumas nomeaçoes para os oscares principalmente de interpretações, comercialmente e graças às suas restriçoes não foi um sucesso mas foi mais visto do que muitos esperariam.
Sobre o filme podemos dizer que é facil compreender neste momento com a expansão da homossexualidade pelo menos assumida que este filme marque, pois e um filme que debruça esse tema completamente sem pudor e mais que isso como se uma verdadeira historia de amor se tratasse, e nesse particular o filme tem o seu merito pela intensidade emotiva que oferece e dá à relação, forte e nem sempre facil até à presente data de explicitar em filme, talvez apenas Brockback Mountain tenha conseguido no masculino.
Mas se este merito do filme é claro, penso contudo que em termos narrativos e mesmo de filme como um todo esta longe da complexidade profundidade e originalidade de outros filmes europeus ou fora dos EUA que tiveram o mesmo sucesso, penso mesmo que na sua longa duração o filme muitas vezes se perde em si, pese embora consiga sempre manter um ritmo interessante, mas como filme de uma personagem é interessante a sua multifaceta entre o lado sentimental e profissional, mesmo sem grandes rasgos creativos e um filme essencialmente competente.
Por ultimo a ambiguidade do excesso de sexualidade do filme, se por um lado da realismo e uma melhor caracterização a intensidade carnal de toda a relação fundamental para fazer o filme mais intenso e forte, por outro lado o perde uma possibilidade de ser um filme ancora na aceitação na homossexualidade entre os mais novos, um filme mais ligeiro neste ponto e pela profundidade da relação poderia ser importante na aceitação social da relação homssexual e menos um filme de minorias.
A historia fala de uma jovem que apos uma relação heterossexual começa a relacionar-se com uma mulher com quem acaba por se apaixonar profundamente enquanto tenta enfrentar alguns dos problemas relacionados com a homossexualidade.
Em termos de argumento temos uma narrativa bem mais completa do que eficiente, ou seja não temos grande originalidade em termos de desenvolvimento narrativo pese embora o filme tenha bons momentos de dialogo principalmente entre as personagens centrais.
A realização não é propriamente arriscada é quase sempre natural, tenta sempre ir a procura das interpretações o grande vector de arranque do filme, não nos parece ser o aspecto mais potenciado do filme.
Em termos de cast a jovem Adele domina por completo o filme, num papel exigente a todos os niveis, fisicos e emocionais, numa jovem que conquistou o mundo do cinema num papel dificilimo de exigencia maxima que merece ser visto, pena é que o excesso de sexualidade possa direcionar a sua carreira para esse ponto cada vez mais dificil de encontrar.

O melhor - As interpretações

O pior - Nem sempre o filme consegue manter o mesmo nivel.

Avaliação - B-

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