Monday, April 22, 2013

Welcome to the Punch


As produções europeias com actores cimentados em Hollywood são novamente refrescantes ideias creativas de um cinema não tão dependente de uma industria movida por dinheiro, dai que quando sai um novo projecto, mesmo que de um realizador pouco conceituado as expectativas são no mínimo razoáveis. Contudo existe sempre filmes que são excepção a essa creatividade, e este Welcome to the Punch acabou por não surtir qualquer tipo de excitação nem comercial nem critica, sendo assim como a sua cor escura.
Sobre o filme podemos dizer quando se quer fazer um filme de acção simples com estilo, esquece-se muito o emaranhado narrativo, contudo o filme não o faz tenta condensar demasiado a narrativa e acaba por perder tudo por um lado o estilo já que a narrativa torna-se algo penosa, tornando o filme cinzento normalmente sem interesse e os twists acabam por ser tão denunciados que rapidamente percebemos que não vamos ser surpreendidos.
Mesmo em termos de ritmo de acção o filme promete no seu inicio mas depois acaba por nunca cumprir, ou seja a maior parte do tempo são sequencias que são preparadas de forma que quando acontecem são apenas para cumprir calendário num filme de acção básico, muitas vezes revelado com colagens forçadas e pior que isso onde as personagens simplesmente não existem como pessoas, mas sim escravos do que o filme precisa delas.
Mesmo no fim, parece-nos que o filme anuncia um confronto final entre as personagens centrais tendo em conta o passado do filme, mas que acaba por nunca existir, deixando a sensação de frustração no espectador já que esta resolução é a única que ao longo da duração do filme vai mantendo o espectador atento.
O filme fala de um Policia que vive obcecado por encontrar um bandido do passado que o baleou na perna deixando-o incapacitado e que foi sempre o grande objectivo, com a morte do filho deste individuo o alvo torna-se novamente mais próximo, continuando a sim a luta pelo seu objectivo.
O argumento e uma emaranhado de ideias que num fato simples quer tornar o filme numa serie de coisas, como um filme de acção com estilo noir, um thriller policial e consipiração politica mas não se dedica enquanto argumento a ser algo disso em si, descuidando personagens guiões e acima de tudo a forma como os atalhos e as derivações narrativas são previsíveis.
A realização tem alguns dos bons aspectos do filme, principalmente a introdução de cenas, com uma realização artisitco de planos citadinos, que contudo em termos de restante execução do filme e no essencial cumpre sem grande relevo.
O cast liderado por Mcavoy, que me custa compreender o seu espaço conquistado, parece-me sempre um actor pouco convincente quando se exige mais das suas personagens não só em termos técnicos como em termos de carisma e presença e neste filme é obvio ambas as dificuldades, com sequencias em que necessita de ser mais efectivo emocionalmente onde parece forçado e acima de tudo por perder todo o filme em termos de carisma para Strong, que mesmo não tendo perfil para assumir a si um filme, consegue sempre ser uma presença marcante nos mesmos e aqui mostra esse valor.

O melhor – A cor geral do filme

O Pior – entre outras coisas, a falta de capacidade de convencer de Mcavoy

Avaliação – C-

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