Sunday, March 03, 2013

Amour

Se existiu filme que fez furor este ano no cinema proveniente da Europa foi este Amour que não ficando satisfeito com tendo arrebatado a Palma de Ouro em Cannes, acabou mesmo por se tornar num caso serio de exito critico e intrometer-se nas categorias mais fortes na corrida aos Oscares, certo é que apenas se contentou com o de melhor filme estrangeiro, mas as nomeações para filme, actriz  e realizador deram uma dimensão completamente diferente ao filme, que comercialmente teve um trajecto mais proximo com o que se poderia esperar.
Sobre Amour podemos dizer que se enquandra no tradicional cinema europeu de poucas palavras pouco ritmo e muita imagem, confesso nao ser o mais entusiaste de um cinema que dá demasiado tempo ao espectador, cujo o raciocinio mesmo que facil e enquadrado em grande espaço. Existe pessoas que amam estes filmes e a academia parecer ser um deles pela forma com que premiou este filme, no meu caso aponto isto como um defice principalmente na forma com que limita a universalidade do filme.
Pese embora este facto o filme tem dois pontos a seu favor por um lado o peso e o conteudo narrativo, ou seja intensidade da tematica que o filme nos tras muitas vezes esquecida pelas grandes produtoras mas que nos nossos dias assume um caractere imprativo. E por outro lado a capacidade de surpreender do filme ir-se tornando bem mais negro quando o proprio vai evuluindo o que acaba por ser um dos vectores mais imponentes do filme, principalmente na impressão final que deixa ao espectador.
Pese embora estes pontos positivos e marcantes do filme pensamos que o filme não necessitava de ser tão linear, que podesse ter mais impacto mesmo no ponto e no desespero que o filme muitas vezes quer vincar com o silencio, acaba por ser uma opçao plausivel mesmo que seja discutivel se a mesma é ou não a melhor.
O filme fala de um casal de idosos, sendo que o elemento do sexo feminino começa a sofrer de acidentes cardiovasculares que a deixa incapacitada inicialmente fisicamente e aos poucos a nivel intelectual, o filme retrata tambem a dificuldade do prestador de cuidados nos mesmos.
O argumento e intenso principalmente no tema que nos trás e a forma como o aborda, contudo essa mesma intensidade vai sendo aquirida ao longo do filme, muitas vezes com passos elevados que acabam por fugir ao espectador, e neste particular pensamos que o excesso de silencio nem sempre joga a favor do argumento do filme.
A realizaçao e poetica de Haneke um actor que gosta de planos proprios, do movimento interpretativo dos actores e neste filme temos lá isso com engenho creatividade e arte, é um dos pontos mais proprios e fortes do filme, a suavidade de uma realização e a forma com que esta se vai tornando pesada, acaba por ser justa a nomeaçao neste parametro.
Em termos de cast o filme e domindado de inicio a fim pelo seu casal de protagonistas, com particular relevo para Riva ,que com a intensidade interpretação fisica de dificil personagem conseguiu naturalmente a  nomeação para o oscar, com a sensação que poderia o ter ganho, pese embora este ponto seja discutivel, mas para tanto brilho tem a alavanca de um bom papel de Trintignant mais intenso emocionalmente que tambem merececia reconhecimento noutro parametro bem conseguido e exigente do filme.

O melhor - A realização

O pior - Ser demasiado europeu no seu conceito.

Avaliação - B-

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