Se existe realizador que nos ultmos anos tem tido uma sobre dosagem de filmes, esse realizador e Sodenberg, que vai contrapondo sucessos criticos com desastres, quer comerciais quer criticos tornando-se num dos realizadores mais incertos do panorama actual. Para o inicio deste ano e sem grande alarido surgiu este side efects. E por muito que a expectativa nunca e muito grande para um filme que e lançado no inicio do ano o certo e que o reconhecimento critico foi obtido de forma directa sem discussão e comercialmente o filme apenas conseguiu resultados vulgares mesmo tendo em conta o seu riquissimo cast.
Sobre side efects, podemos dizer que é um filme inteligente bem manobrado, com uma intriga intensa, mas que na sua formula tem dois tipos de filmes perante si, inicialmente mais parado, mais numa filosofia independente que torna o espectador algo tediado com o que está a ver, na segunda parte temos um filme mais rapido, mais metodico mais inteligente na forma como vai dando ao espectador tudo que em termos narrativos tem para dar, o que digamos que no final não é pouco. As peças do puzzle nem sempre são colocadas da melhor forma na minha opinião, existe pontos em que pensamos que tudo poderia ter sido unido ou mesmo revelado com mais intensidade, mas mesmo assim a sensação final e que observamos um bom filme.
E essa ideia final surge com o facto do filme conseguir por um lado trazer o melhor de Sodenberg na forma como ele a espaços consegue ser bom a reunir elementos numa personagem, mas tambem pelo facto do filme conseguir surpreender o espectador por um lado com factos mais previsiveis mas outros que ninguem poderia sequer imaginar, e nesta capacidade reside muito da intensidade e capacidade natural de um filme.
E certo que talvez o filme seja bastante mais comercial do que critico pese embora tenha tido melhor registo na segunda forma, mas mesmo assim demonstra que se o realizador estivesse mais envolvidos em filmes como este e menos noutro tipo de registos mais natural provavelmente teria outra posição e não se visse obrigado a lançar dois filmes por ano para acertar pelo menos um.
A historia fala de uma jovem depressiva que para colocar final a este estado de espirito acaba por ser observado por um psiquiatra que lhe receita um temivel medicamente com efeitos secundarios imprevisiveis.
O argumento e bem escrito a forma como esconde as revelações na primiera trecho do filme acaba por condicionar esta parte mas torna a segunda com mais potencial do que naturalmente teria, as personagens são bem escritas principalmente as duas centrais, em alguns pontos parece colar pontas de forma demasiado despreendida, mas funcional.
A realizaçao e tranquila com os melhores apontamentos do registo da experiencia de Sodenberg que arrisca, com sucesso em alguns planos mas na maior parte do tempo deixa ser o guiao e os protagonistas os centros o que acaba por ser naturalmente uma boa opçao.
O cast e riquissimo Jude Law e um bom actor que consegue convencer em quase tudo que faz, o papel não e dificil mas ele encaixa bem e acaba por ser o balanço equiçibrado do desiquilibrio que Mara fornece, uma actriz de mão cheia que começa a ser um caso serio em hollywood principalmente em personagens algo perturbadas. Zete Jones e Tattum sao adereços no filme.
O melhor - A segunda parte
O pior - A primeira
Avaliação - B
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment