Starring:
Brad Pitt, Casey Affleck, Sam Shepard, Mary-Louise Parker, Jeremy Renner
Directed by:
Andrew Dominik
Quando um filme espera um ano pelo seu lançamento com ambiçao a galardões, e o primeiro caminho para o fracasso, primeiro porque as expectativas levam ao esquecimento, e porque demonstra demasiada presunçao do proprio filme, contudo foi esta a estrategia de Jesse James, de forma a nao colidir com as esperanças de Pitt na sua interpretaçao em Babel. Contudo e apesar de Pitt ter surpreendentemente ter saido vencedor de Veneza, as primeiras indicações apontam para ser gorada esta aposta, ja que nem o publico nem a critica se entregou por completo a um filme, que ate ao momento nao fosse veneza, seria totalmente submergido.
Desde logo e importante frisar, que Jesse James se assume como um filme filosofico, sobre a criaçao de mitos, e a forma como se lida com este estatuto, tudo e feito de uma forma fotograficamente bela, mas que nos parece muito aquem na articulaçao e acima de tudo na forma como o filme se aproxima do espectador, e demasiado decorativo, demasiado distante, o que torna-o um objecto demasiado dificil. Sendo um dos casos em que a simplicidade de processos poderia traduzir um filme mais satisfatorios.
Alias o grande defice do filme, foi ser demasiado intimista, que faz com o filme adquira um ritmo sonolento, extremamente aborrecido que faz com que a primeira hora e meia seja do mais aborrecido e pausado que se viu nos ultimos anos, artisticamente bom, mas muito fraco do ponto de vista de dinamica e interesse. Ou seja o filme acaba por claudicar as suas opçoes logo a partida.
Com a redução das personagens o filme torna-se mais interessante, mais definido mais coeso, e logo mais dinamico, parecendo que os primeiros tempos foram um aquecimento totalmente desnecessario, cheio de pontos a mais para o filme. Aqui o filme para alem de uma articulação interessante adquire ritmo acçao, e cresce em maturidade, contudo fa-lo demasiado tarde e possivelmente sem a explosão capaz de acordar o espectador da sonolencia criada pelos primeiros momentos do filme.
alias o filme é bastante mais valorizado pela sua componente estetica do que pela forma como articula o argumento e por interesse da historia e personagens, damsiado frias e distantes do espectador, alias parece-nos que o argumento e a componente preterida do filme, parecendo ser ultrapassada pelo exercicio estetico e creativo de um realizador motivado a chamar a si o protagonismo central do filme.
Quanto ao realizador, depois da estreia auspiciosa com Chopper, com os meios de Hollywood e que tudo se torna mais dificil, e se em termos de ambição e estetica lançou tudo o que tinha, parece que ignorou a componente espectador e ainda mais entertenimento, e nao conseguiu fugir a que a obra seja demasiado intimista para ser muito valorizada.
O cast, as atençoes depois do celeuma criado estao viradas para Pitt, se bem que a um nivel muito bom, do melhor que vimos nele nos ultimos 4 anos, o certo e que esta longe dos grandes papeis de hollywood, apesar de demonstrar todo o seu talento, num papel carismatico e forte, contudo exageradamente valorizado em Veneza. Ja Casey aparece como o autor revelação do ano com um papel forte e inteso e que cumpre na perfeiçaõ.
O melhor - O desafio estetico do filme
O Pior - o aborrecimento da primeira hora e meia
avaliação - C+
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