Friday, May 11, 2007

Breaking and Entering




Anthony Minghella nos ultimos converteu-se num dos nomes maiores do cinema americano e britanico, principalmente depois da aclamação total que conseguiu com o vencedor Paciente Inglês, a sua colaboração com Sauz Zaentz, parecia imbativel, a audacia e poder de risco de Minghella bem como a beleza e paixao dos seus filmes pareciam condicionados em Paciente Ingles. O seu nome saltou para a roda viva, dai que as expectativas em torno dos seus filmes seguintos foi enorme, e se com O Talentoso Mr Rypley, para nos o melhor filme do realizador, o publico e critica dividiu-se, Certo é que no badalado e grande produção, e grande aposta de Minghella Cold Mountain, a critica e acima de tudo o publico não ficaram convencidos, sendo mesmo muitas vezes referido como o filme maior mais pequeno da historia, falhando totalmente aquilo que prometia.

Talvez como consequencia disso, se note neste Breaking and Entering uma desacelaração notoria por parte do realizador, quer na publicidade em torno do seu filme, mas acima de tudo nos meios utilizados, tentanto apostar tudo na narrativa e argumento do filme, procurando a sua propria intimidade.

Contudo também neste particular o falha, não conseguindo nem sequer agradar o publico, que se ausentou desde incio do projecto, dai que o filme nem sequer tenha estreado em WIde nos EUA, e muito menos os criticos que reprovaram por completo o filme, que graças a conjugação destas recepções se tornou quase indiferente e desconhecido do grande público.

Obviamente que de grandes autores se esperam sempre grandes e marcantes filmes, se bem que na nossa opiniao apenas em Mr Ripley Minghella conseguiu estar perto desse objectivo, parece-nos que o filme é demasiado limitado para ser lançado por um autor tão valorizado.

O filme tenta desde logo ser intimista se centrar em conflitos internos das personagens que vão tendo a sua visibilidade em conflitos familiares, e culturais que o filme transcreve, e estes aspectos até parecem bem encadedos, se as historias de base não fossem extremamente frias, monotonas e que por diversas vezes cai num extremo de intimidade das personagens que cria como que um muro para o publico em geral.

A historia leva-nos para Londres onde um casal apresenta dificuldades entre si e na forma como cojugam na relação com a dificil filha, ao mesmo tempo que tenta fazer resultar um estudio de arquitectura que é constantemente assaltado por um jovem de origem bosnio filho de uma costureira. Os dramas internos, vao conduzindo as personagens a interações entre si, e a uitilização dos outros. O filme parece quase sempre ir numa toada demasiado amena, contudo em diversas situações vimos o aparecimento de certos fios que são totalmente desaproveitados, neste particular a prostituta desempenhada por Farmiga parece-nos extremamente subaproveitada.

Outro mal do filme é o excesso de personagens centrais e os abandonos prolongados dos mesmos, o que conduz a que por diversas vezes e acima de tudo analisando a conclusão do filme, nos parece que diversas pontas soltas tenham ficado sem a sua conclusão, o que é particularmente grave num filme de autor como este.

A nivel produtivo Minghella pouco ou nada aposta, neste particular.

O argumento do filme parece-nos intimista em demasia, com uma incidencia extrema em dramas pessoas e interiores das personagens que nos parecem bem criadas e caracterizadas principalmente as Law e Penn. Contudo nos parece que por vezes se torna demasiado confuso, pouco claro e distante do espectador. Por outro lado o facto de tentar sempre complexificar a narrativa conduz a que na ponta final o filme abandone articulação narrativas não voltando a elas para a necessaria conclusão.

Quanto a realização Minghella tem talento, so assim pode ter dado imagens tão fortes nos seus filmes, neste paramentro particularmente em Paciente Ingles, e a qualidade esta presente a forma sobria com que realiza o filme, os planos são quase sempre os melhores possiveis, tendo sempre nocção das limitações que o argumento e narrativa colocavam as possibilidades de realização. Enfim parece-nos bem conseguida mesmo tendo em conta que o argumento por si limitava o brilho que este paramentro poderia ter.

O cast e recheado de velhos conhecidos de Minghella, ou seja as pessoas de sua confiança, e se Law, mais uma vez desmonstra o carisma e a obejctividade que normalmente pauta os seus papeis, liderando de forma eficaz e com presença o cast. Ja Binoche, premiada num filme de Minghella, nos parece mais perdida no filme, apesar da exigencia maior do seu papel, a actriz nunca consegue transmitir a ideia de inocencia que penso que seria objectivo de MInghella com a personagem. Penn volta à boa forma, principalmente física onde é extremamente visivel beleza que a actriz dá ao filme. O restante cast está de uma forma global bem enquadrado nas pretensões do filme


O melhor - O encadeamento de dramas pessoais, interpessoais e culturais.


O pior - O filme ser demasiado vago, e sem toques de brilhantismo


AValiação - C+

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