Wednesday, November 29, 2006
The Perfume - The Story of a Murderer
Starring:
Ben Whishaw, Dustin Hoffman, Alan Rickman, Rachel Hurd-Wood, Corinna Harfouch
Directed by:
Tom Tykwer
Se existe uma obra que marcou o panorama literario dos ultimos anos, essa obra foi sem duvida, "Perfume" de Suskind, uma obra que dividiu critica e leitores, entre aqueles que se surpreenderam pela crueldade relatado por Suskind, e aqueles mais academicos que o mencionam como uma obra porno, de violencia facil e sem conteudo. Eu na minha opiniao concordo mais com a primeira sendo fã incondicional do livro. Dai que estava com alguma receptividade relativa ao filme, ja que me parecia uma tarefa extremamente dificil a transposição de obra tão singular para imagens.
Ninguem em Hollywood teve coragem para assumir tão grande risco, contudo, foi no cinema europeu que se encontrou coragem, uma conjugação de esforços de diferentes produtoras, e um realizador bem conceituado na europa, decidiram levar para a frente um projecto perigoso a partida.
E se o livro dividiu a critica e espectadores, esta divisao ainda e mais notoria no filme, ja que os amantes do livro ficam notoriamente desiludidos pelas limitações apresentadas do filme. Os que odiavam o livro por associação directa odiaram o filme, sendo o filme uma agradavel surpresa para aqueles que ainda nao tinham contacto com a obra de Suskind, ficando surpreendidos pela riqueza moral, e de conteudo da historia.
O filme tem atingido um sucesso bastante importante nos paises europeus, contudo a nivel critico, nao existe nenhum tipo de consenso, isto porque o filme ao tentar ser fiel a um livro que aponta para outras sensações que nao a imagem, torna dificil ser bem conseguido em termos de ritmo, movimento e encadeamento narrativo, aspectos algo deficitarios no filme, mesmo assim no meu entender a riqueza narrativa esta presente, e em determinados momentos o apelo ao alfacto e conseguido, tornando, mesmo que inferior em grande escala ao livro, o filme acabe por ser interessante.
O argumento, parece-me o possivel, mesmo assim acho que é extremamento longo, perdendo-se por alguns aspectos a partida mais irrelevantes, o que carece o filme de ação directa e movimento, mesmo assim parecia dificil fazer uma adaptação melhor da obra de Suskind.
A realização parece-me razoavel, se bem que me parece que um realizador mais ambientado com filmes de epoca poderia tirar mais dividendos das imagens que o filme nos oferece, ja que por vezes os planos nem sempre sao os ideais, apesar de bem construidos, talvez fruto de alguma imaturidade do realizador em grandes produções.
O ponto que gerou mais discussão na pre produção do filme residia na escolha para interpretar um papel tão intenso e marcante como o de Jean Baptiste, a partida sabia-se que dificilmente um actor conceituado arriscaria num papel extremamente perigoso e arriscado, daqueles que pode gerar sucesso ou destrui-lo por completo. Muito a semelhança do que se tinha passado com a escolha de Patrick Bateman em American Psyco, onde Pitt e Di Caprio foram falados, e estudados para o papel, mas acabaria por ser o na altura quase desconhecido Bale a ser selecionado para bem e sucesso do filme... Neste caso parece-me que a aposta tb se revelou conseguida, ja que Winshaw, nos parece caracterizar, princiapalmente a nivel fisico muito bem a personagem, dando o ar freak necessario a personagem. O filme e tb constituido por secundarios de luxo como RIckman e Hoffman, contudo as suas personagens sao obviamente ofuscadas por uma personagem tao forte como Jean Batiste.
Enfim um dos filmes mais aguardados do ano, e que apesar de se tratar de um filme razoavel deixa sempre a sensação de desilusão perante tão mosntruoso livro.
O melhor - A caracterização espacial do filme, a demonstração que as grandes produções europeias podem ir cada vez mais longe.
O pior - Adaptar um filme que era impossivel de ser adaptado para o cinema
Avaliação - B-
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