Sunday, September 07, 2025

F1: The Movie

 Um dos grandes blockbusters de verão tinha assinatura de um dos produtores de maior sucesso das ultimas decadas, uma super estrela e acima de tudo um tema que nos ultimos anos voltou ao ponto alto do desporto, concretamente a F1 e a sua universalidade. Em plena epoca alta o filme surgiu com boas criticas que o consideraram competente, sendo que comercialmente com a febre da F1 e o realismo das sequencias de corrida o resultado foi imponente tendo em conta que nao e um franchising ou um filme de saga e super herois.

Sobre o filme podemos dizer que efetivamente mais que um filme e uma jogada de markting total do desporto pela forma como todo o filme vai para dentro das proprias corridas, com quase todos os melhores corredores da atualidade encaixando uma equipa fiticia mas acima de tudo um enredo simples, muito dos filmes de açao basico dos anos 80 e deixando a açao, mais concretamente a estrada rolar, onde o filme demonstra mais competencia em termos de realismo.

Onde o filme é menor é no exagero, desde logo da decisão, desde logo porque as personagens sao quase sempre unidimensionais, longe da força narrativa de Rush por exemplo, e acima de tudo as ações tidas em contas na pista que faz um conto de fadas e um milagre muito distante do que seria possivel na realidade, e isso pode afastar ou deixar muitas reticencias nos reais fas da modalidade.

E um filme de entertenimento puro, algo longo, se calhar com demasiadas pistas, mas isso foi tambem a forma que o desporto encontrou para fazer render o seu markting, e um dos mais incriveis e caros mecanismos de markting que há memoria, que sendo um filme simples cumpre o proposito, porque todos ficam encantados com as imagens e peripecias das diferentes localizaçoes.

A historia segue uma equipa desesperada que acaba por contratar um veterano rebelde para acompanhar uma jovem promessa que nao se encontra no sentido de tentar obter uma vitoria com o carro e assim salvar a equipa da venda.

E no argumento que o filme é totalmente limitado do primeiro ao ultimo momento, pelo exagero em pista, pelo cliche fora delas, mas acima de tudo por nao fazer as personagens em duas horas e meia existirem. Claro que o argumento seria sempre uma peça secundaria numa grande produçao como esta.

Na realizaçao, depois de Top Gun Kosinski tornou-se numa especie de Michael Bay dos nossos dias, com um impacto visual impressionante, mas com otima critica junto de si. Nunca vai ser um autor de primeira linha mas muitos vao pensar nele em filmes grandes para ganhar dinheiro.

O cast busca uma super estrela por questoes comerciais ja que Pitt esta longe dos seus melhores momentos, o seu ar desleixado pensado segue os seus ultimos personagens e este nao cresce. Ao seu lado temos um Barden em piloto automatico e um jovem Idris que quer algum espaço, tem os unicos momentos de personagem, mas sao curtos.


O melhor - A açao na pista

O pior - O argumento demasiado simplista


Avaliação - C+

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