Tuesday, December 07, 2021

Silent Night

 O cinema de autor tem diminuido muito a incidência nos ultimos anos, agravando-se mais apos a pandemia em que todos tem medo de arriscar em projetos. Este projeto idealziado antes da pandemia tenta conjugar a tradição natalicia com algum terror, um mix sempre estranho mas que acompanhou este pequeno projeto ainda que com alguns atores de primeira linha. Em termos criticos a mediania do filme nao lhe permitiu dar intensidade ao seu impacto, e comercialmente sendo obviamente um filme pouco apelativo neste particular nao se afiguravam grandes resultados.

O filme começa com um filme sobre personagens em reuniao festiva, algo que e muito comum nos filmes de natal. Alias ate a metade do filme, temos um curriqueiro filme de reunião, onde aparecem os conflitos e as coisas mal resolvidas, ate que a determinada altura o filme deriva para algo completamente oposto, e aqui o filme que era um monotono filme igual a tanto outro, acaba por ser tornar num objeto tao estranho e distante do publico que dificilmente consegue ser agradavel.

O apocalitico desenvolvimento do filme, pode ser algo que ate podemos achar diferente irreverente, mas surge completamente descontextualizado daquilo que o filme se tinha tornado ate então, e nisso o filme não se consegue fazer funcionar nem no drama/comedia de personagens nem no terror horror que acaba por ser sempre muito softt.

Ou seja sobra apenas a irreverência num filme que nunca parece encontrar o seu verdadeiro genero ou ritmo e quando assim e os objetos apenas são estranhos, pouco ou nada impactantes e um resultado muito aquem do esperado, principalmente pelos produtores e mesmo elenco associados ao filme.

A historia fala de uma serie de amigos e descendencia que se juntam para festejar o natal, mas tudo começa a a mudar quando um estranho acontecimento acontece e vai colocar em causa a sobrevivencia de todos naquela noite.

Em termos de argumento, a historia e as premissas de base do filme, são estranhas e não combinam e o filme sofre com essa particularidade. Fica a ideia que nos dias de hoje, o cinema tem obrigatoriamente que ter mais coesão, e menos irreverencia gratuita que o que este projeto tem na historia de base.

A realizaçao deste filme marca a estreia de Camille Griffin uma realizadora inglesa que até agora apenas tinha curtas no seu curriculo. E irreverente, chama ao filme os seus filhos, mas como criadora sabe a pouco e fica a clara ideia que dificilmente veremos outros projetos da mesma a curto prazo.

Um dos aspetos mais particulares do filme foi a capacidade de chamar a si um elenco recheado de nomes conhecidos e que ao longo do tempo foram tendo carreiras consideraveis, destacando-se uma Knightley sempre proxima do lado mais tradicional, que tem aqui um papel como todos os outros algo oco. Mesmo o jovem  Griffin Davis que tinha surpreendido no particular Jojo Rabbit, fica aqui algo preso aos tiques do seu papel mais relevante.


O melhor - Tem sempre o teor natalicio

O pior - O facto de ser um filme estranho e de pouco encaixe do primeiro ao ultimo minuto


Avaliação - D



 

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