Thursday, December 02, 2021

The Humans

 Numa altura em que outros players do mundo do streaming começam a centrar esforços no cinama eis que surge a aposta da SHowtime, em complemento com a A24 para esta temporada de premios. Esta adaptaçao da galardoada peça de teatro foi lançada com objetivos criticos muito claros e a boa receçao critica parece manter intacto esses objetivos. Por sua vez do ponto de vista comercial e claramente um filme pequeno para audienças muito especificas, ou mesmo para ver no serviço de streaming em causa dai o quase inexistente resultado comercial.

The Humans como muitos outros filmes baseados em pelas de teatro, percebe-se cedo que o é, e mais que isso que vai ser adaptaçao fiel aos componentes tipicos do teatro. Nesse particular parece-me que o filme nunca deixa de ser um palço, quer na estrutura do apartamento quer nas deambulaçoes ou mesmo dialogos pensados para este tipo de audiencia. Fica a sensaçao que mesmo com boas escolhas de atores o filme acaba por ser na sua essencia uma peça de teatro filmada e isso e pouco para o cinema atual.

O filme tem elementos interessantes como a reunião anual de uma familia que pouco comunica e que os laços acabam por ser esbatidos pelo distanciamento. O filme tem alguns cliches deliciosos como a simpatia do novo genro em tentar colocar sempre o melhor ambiente contextual ou o regresso ao passado das irmãs. Este lado mais sentimentalista e nostalgico das reuniões acaba por esbater outros pontos que me parece que o filme e algo escuro de mais como os conflitos enraizados de cada personagem e a forma como eles vao aparecendo no contexto.

Ou seja resume-se um filme bem escrito, pensado para o teatro e para o simbolismo do mesmo, mas que o cinema aqui da uma roupagm possivel, sem nunca esquecer a origem clara do filme. Dava tempo para mais conflito mas a toada do filme de distanciamento é uma toada que o filme acaba por querer para ele proprio em busca do seu proprio resultado.

A historia fala de uma familia do interior norte americano que se reune na casa de uma das filhas residente numa zona mais pobre de manhattan, e onde acaba por ser uma reunião depois de algum tempo de separaçao em pleno jantar de açao de graças.

Em termos de argumento uma historia com muito dialogo ou nao fosse uma adaptaçao de uma obra de teatro. O filme e pensado claramente nesse ponto, mesmo nas movimentaçoes circulares das personagens e nos monologos. O filme tem intensidade e mensagem e isso faz desde logo o argumento resultar.

No que diz respeito a realização, Karam e um jovem realizador independente que mais que atençao tem conseguido chamar alguns atores prestigiados aos seus filmes, nem sempre com personagens obvias. Aqui e fiel ao teatro mas pouco mais em termos daquilo que o filme e em termos de realizaçao.

No que diz respeito ao cast, Jenkins e quem sai com a melhor personagem com a intensidade tipica que o excelente ator da aos seus filmes, embora pareça sempre que a personagem tem uma explosao para dar que nao o faz. Ao seu lado, um leque de atores compententes que segura as necessidades de interpretaçao do filme.


O melhor - Os dialogos e o simbolismo da familia que se reune uma vez por ano.


O pior - A forma como o filme e demasiado preso ao teatro


Avaliação - B-



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