Depois de um ano 2019 onde a Netflix colocou diversas cartas em jogo e principalmente em termos de premios os resultados não foram totalmente os esperados eis que o novo ano começa com este pequeno filme independente, que teve a sua primeira demonstração em Sundance. Este filme foi recebido com criticas favoraveis embora insuficientes para embalar o filme para mais altos voos. Do ponto de vista critico parece-me claro que não será propriamente o coceito mais forte da aplicação.
Sobre o filme desde logo parece-me importante sublinhar que começa muito bem, um filme que consegue fazer uma excelente caracterização da personagem central, na sua especificidade e mais que isso na forma como se vai agrupando nos diversos contextos onde se movimenta. Com a entrada no lado ilusorio o filme perde-se muito e torna-se pouco impactante porque basicamente se torna numa pura ilusao e nem sempre me parece que isso seja a melhor escolha que um filme pode ter.
E certo que o filme cria alguma expetativa nos espetadores de poder resultar em algo concreto que por sua vez nunca é concretizado e que isso acaba por a determinada altura apagar o lado mais criativo da historia. Parece-me também que a fase final se torna demasiado filosófica para um filme so e que isso em si não traga particularmente qualquer beneficio para o resultado final que o filme consegue junto do espetador.
Ou seja um daqueles filmes que promete mais do que realmente acaba por dar, um daqueles filmes sustentados numa personagem que nos é bem apresentada contudo com um tema dificil nem sempre o resultado final é o mais forte, mas mais que isso um filme que quando as dificuldades aparecem não consegue em momento algum as ultrapassar na plenitude para se tornar num filme eficaz.
A historia fala de uma jovem isolada do mundo, com a sua vida totalmente rotinada que começa a padecer de esquizofrenia com ilusões que começam a condicionar tudo da sua vida, confundindo a realidade da fantasia, numa bola de neve de proporções gigantescas.
O argumento tem uma boa premissa e um bom plano, de dificil execução e que a sua concretização nem sempre acaba por ser brilhante. Parece obvio que a ideia do filme é muito melhor que o seu resultado final, motivado não so pela dificuldade de a implmentar mas principalmente por na fase final o filme tentar ser mais artisitico do que objetivo.
Na realizaçao Jeff Baena tem um trabalho com alguns detalhes mas que perde por nunca ser um facilitador na forma como o espetador acaba por compreender o que lhe esta a ser transmitido. Um realizador a caminhar para o seu espaço, mas a quem ainda falta a boa conclusão dos seus filmes.
No cast podemos dizer que BRie tem talvez o melhor papel da sua carreira, ou não fosse uma historia escrita de si e por si. Fica a ideia de termos aqui mais talento dramatico do que tem sido utilizador e com boas escolhas de papeis poderemos mesmo ter um caso serio no futuro.
O melhor - A interpretação de Brie
O pior - A forma como o filme vai perdendo a sua ligação à terra
Avaliação - C
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