Frankenstein é uma das obras mais populares da historia da literatura, misturando a ficção cientifica com algum terror. O que pouca gente sabia era a historia por tras da sua criação. Este filme tenta mostrar isso mesmo, mais que um biopico sobre Mary Shelley temos um filme sobre a sua criação e sobre a sua relação com Penny Shelley. O filme acabou por estrear ser grande força critica com avaliações essencialmente medianas. Comercialmente pese embora um cast com algumas figuras de referencia os resultados também foram escassos em toda a linha.
Sobre o filme podemos dizer desde logo que o mesmo começa com um ritmo demasiado pausado e algo confudo nas relações que nos vão sendo dadas, com a definição da relação central o filme torna-se mais objetivo, mais claro e o paralelismo do processo criativo vai ganhando algum interesse embora nos pareça sempre que o filme se perde em extravagâncias em demasiados momentos, arriscando pouco principalmente em termos visuais.
E um filme estranho, mas o livro frankenstein também o é, as personagens são difusas e perdidas mas isso acaba por ganhar significado na parte final do filme, principalmente nas questões do lançamento e do sucesso do livro, num filme recheado de personagens perdidas na vida e que o fim trágico da maior parte delas é bem patente pelo estilo de vida. Aqui o filme acaba por ser na maior parte do tempo algo negro, mesmo com a tradição do filme de epoca.
Ou seja mesmo não sendo uma obra prima, mesmo no que diz respeito a biopics, seguindo uma linhagem tradicionalista em termos narrativos, o filme acaba por nos dar alguns aspetos interessantes, desde logo a base e a simbologia por trás de Frankesteins mas tambem de Vampiros de Lord Byron, a forma como as relações são complexas ao longo de todo o filme e a força das palavras.
A historia fala-nos do inicio da relação de Mary com Penny Shelley que a leva a uma relação intensa e obcessiva com altos e baixos e com relacionamentos que vão conduzir ao seu processo criativo dificultado pelo seu genero.
Em termos de argumento o simbolismo da vida da autora no livro nem sempre e facil de fazer mas o filme tenta isso, e tem aqui quem sabe a sua maior ousadia. No restante algum tradicionalismo mesmo num filme com personagens e relações entre elas no minimo peculiar.
A realização ficou a cargo da saudita Al-Mansour algo que já de si é um acontecimento pois trata-se de uma mulher de um pais onde a igualdade de genero não existe. Este filme parece ser demasiado convencional e com pouco risco, numa tradição inglesa que funciona mas não lhe da chama.
No cast parece-me que Fanning é uma excelente escolha, pelo seu lado mais negro e pela forma como consegue dar também um lado mais inocente. Em termos de companheiros de cast booth parece-me não ter dimensão para assumir um filme como este e o filme sofre algum dano com isso.
O melhor - A historia dentro da historia
O pior - Booth
Avaliação - C+
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