Tyler Perry tornou-se na ultima decada um dos mais recorrentes realizadores de um cinema declaradamente afro americano, intercalando as suas comedias com a sua personagem de eleiçao Madea com dramas intensos, em ritmo de telenovela e onde por vezes tem conseguido algum sucesso principalmente comercial. Este ano e com a ajuda da conceituada Taraji P Henson surgiu mais um drama que em termos criticos acabou por ter o mesmo destino da maioria dos filmes do autor ou seja a recusa completa em termos criticos. Em termos comerciais os resultados foram medianos dentro daquilo que uma segunda linha do autor costuma fazer.
Sobre o estilo eu confesso que o tipo de filmes que o realizador nos da em termos dramaticos não são tão desinteressantes como as suas comedias sem qualquer tipo de graça mas os seus procedimentos são tão novelas sul americanas que é dificil de gostas principalmente nos promenores que diferenciam os filmes. Eu confesso que dos filmes de Perry este com a utilização dos acronimos poderia ser aquele que tinha uma narrativa mais complexa, mas rapidamente se percebe que tal apenas dura dois ou três frames isolados no filme e que o resto é igual aos seus outros dramas.
Claro que usualmente a população afro americana gosta destes filmes porque tem o nervo marcante daquela cultura na personagem e aqui novamente tem, não só em termos de personagem mas em banda sonora e no proprio estilo, mesmo que isso seja preenchido com twist narrativo poucos trabalhados, com dialogos de pouca qualidade e uma historia de novela da hora do almoço.
Dificilmente Perry conseguira um dia fazer um filme aceite pela critica porque percebe que este estilo simplista e demasiado telenovela funciona junto do seu publico, mesmo que nos filmes acabem por surgir momentos disparatados e quase comicos como a sequencia final deste filme parece que o seu trajeto esta definido e o mesmo esta longe de optar por grande qualidade.
A historia fala de uma jovem que acaba por se apaixonar por um sonhador mas com pouca força para trabalhar e acaba por destruir todas as economias da sua mae, o que conduz a um casamento mononoto que um dia sofre um reves.
Em termos de argumento Perry tem personagens demasiado tipicas e dialogos muito simplistas, numa intriga novelesca que neste caso tem muitos atalhos claramente forçados. Esta longe de ser um poço de criatividade e nem a utilização dos acronimos da ao filme em algum momento qualquer ponto novo.
Na realizaçao Perry não e um artista ja o demonstrou por diversas vezes que este é o estilo mesmo que odiado pelos especialistas e é facil perceber esta reação negativa, o climax do filme e um absurdo completo sem sentido e faz perceber a razão de Perry ser continuamente um candidato aos Razzies Awards.
No cast o filme tem ao volante a intensa P Henson com um papel que encaixa bem na actriz porque tem muita explosão e funciona bem nesses momentos. O filme não é propriamente um terreno para grandes prestaçoes mesmo que seja obvia a vontade neste caso de a dar. Os secundarios basicamente parecem manequins de loja num filme que nada lhes exige.
O melhor - O drama de Perry é mais facil de ver do que a comedia.
O pior - mas mesmo assim é mau
Avaliação - D+
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment