Monday, June 18, 2018

7 Days in Entebbe

Acontecimentos politicos são usualmente pratos apeteciveis em termos daquilo que o cinema nos pode dar. Este ano e estreado no festival de berlim surgiu um filme que tentou recrear o resgate dos passageiros de um avião tomado de assalta e conduzido para a cidade africana. Em termos de receção critica o filme de Padilha não foi propriamente um sucesso, em termos comerciais para um filme com pouca divulgação em termos de cinema os resultados ate foram consistentes.
Existe duas possibilidades em termos de adaptação de um acontecimento historico, ou se tenta ser o maximo preso a realidade em termos de construçao de personagens e mais que isso em termos de caracterização ou arrisca-se a critica facil de tentar mudar a historia. Parece-me que o filme de padilha acaba por ir de encontro ao mais facil que é a primeira solução e isso acaba por tornar o filme quase em todos os seus momentos demasiado obvio apenas com a introdução do momento de bailado e mesmo esse usado ao maximo ate a exaustão acaba por perder o seu sentido.
E um filme com simbolismo, que se tem de valorizar pela capacidade de recriar não so um momento mas sim os seus intervenientes, um filme que acaba por ter uma mensagem positiva de paz num conflito tao intenso e atual como Israel Palestina. Claro que por outro lado o filme em si proprio perde alguma dimensao por pouca existencia das personagens que sao meros peos no filme para a historia.
Ou seja um filme obvio nem sempre com muito movimento, algo monotono na forma como insiste nas negociações interminaveis politicas em vez de se focar naquilo que o filme poderia ter de mais interessante ou seja a relação entre sequestrados e raptores, e nisso o filme peca, tambem no final penso que se preocupa mais em ter uma sequencia artistica do que objetiva num filme demasiado sem sabor.
A historia fala-nos do grupo de raptores que consegue tomar controlo de um aviao da Air France encaminhando-o para Entebbe onde começa a negociaçao de recuperação dos refens.
Em termos de argumento tudo obvio ou quase tudo demasiado documental, falta personagens e dialogos. O filme segue o caminho mais facil cumpre os seus objetivos mas sem grande distinçao.
Jose Padilha e um realizador brasileiro de grande sucesso naquele pais mas que ainda procura o seu espaço em termos globais, aqui num filme mais de autor, parece algo preso, e so em espaços parece encontrar o seu estilo de cinema que acaba depois por ser repetitivo. A aguardar o seguimento de uma carreira que me parece ter tudo para funcionar.
Em termos de cast bruhl e Pike tem a intensidade que o filme pede sofrem e de personagens nem sempre muito trabalhadas, num filme onde a historia prevalece a qualquer outro ponto.

O melhor - O acontecimento politico

O pior - A forma como o filme nao consegur ir para alem deste ponto

Avaliação - C

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