Sunday, March 15, 2015

Focus

Que Will Smith não se encontrava na melhor fase da sua carreira era um facto em Hollywood contudo ao ser um dos mais poderosos seria obvio que teria tentativas de regressar em força. Assim no inicio de 2015 surgiu este filme apostado em potenciar a imagem de Margot Robie depois da revelaçao em Lobo de Wall Street e trazer novamente Smith como o carismatico protagonista. O resultado foi mediano e agridoce, quer comercialmente onde ficou longe do que o actor ja conseguiu mas tambem criticamente com avaliaçoes dispares.
Sobre o filme, é facil o espectador ver um filme como este cheio de truques e um filme onde quase sempre o que não é parece. Mas se por um lado nos pequenos detalhes esta formula funciona ao tornar o filme com ritmo interessante e mesmo em alguns momentos engraçado. Certo e que quando isso se torna abusivo o filme cai no exagero e o que poderia ser uma maior qualidade e uma fonte de força das personagen se torna so uma absurdo exagerado.
E o filme cai muitas vezes neste problema sendo o principal deles a sua conclusao, nao que este nao seja surpreendente mas exageradamente ao limite da credibilidade, parece que o filme e feito para no final surpreender o espetador mesmo que isso coloque em causa a confiança que o esptador tem que ter naquilo que lhe e transmitido. O resultado sensorial pode ser o esperado, mas fica  a sensaçao que o final deveria ser mais forte e igualmente intenso, pensamos e que o mesmo deveria ir por outro lado.
Mesmo assim um filme competente de entertenimento que se coloca a um objectivo nem sempre facil mas que o concretiza bem que e ir surpreendendo o esptador com os truques das personagens como de magia se tratasse. Tudo isto potenciado por uma excelente banda sonora contemporanea que faz algumas cenas serem bem mais fortes do que realmente sao.
A historia fala de um vigarista e um ganhador de dinheiro com a burla aos outros que se juntar a equipa uma mulher por quem se apaixona, com receio dos problemas que isso podia causar acaba por a abandonar encontrando-a num outro serviço onde ninguem vai saber no que realmente confiar.
Um argumento de um filme como este nao e facil pelas mudanças de lado das personagens e pelo facto de ter de manter a verdadeira essencia de cada uma delas em cheque se na generalidade este efeito e cumprido cai em algum exagero nos momentos fundamentais.
A realizaçao a cargo de uma dupla competente Ficarra e Requa tem nos ultimos anos conseguido dar filmes suaves, de grande publico com algum reconhecimento e profundidade critica mesmo que nenhum desses filmes seja prodigo em momentos de arte ou cunho de autor. De todos este e provavelmente o seu filme menos forte.
No cast Will Smith nao esta em boa forma e isso nota-se na expressao fisica do actor longe da descontraçao que era o seu segredo no inicio da carreira, agora estamos numa personagem com semblante carregado que pensamos muitas vezes ser proprio da personagem mas percebemos que nao. Smith sem o lado descontraido simplesmente nao funciona. Ao seu lado Robie, e uma das mulheres de momento em Hollywood e embora com um papel mais facil do que o seu antecessor, faz uso da sua estetica para potenciar o filme, e ele tira partido do valor comercial que isto tem.

O melhor - A capacidade da banda sonora potenciar cenas

O pior - Cair na ratoeira do exagero aburdo em momentos capitais

Avaliação - C+

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