Friday, October 22, 2010

Eat, Pray Love




Julia Roberts é uma das actrizes mais poderosas da actualidade tendo feito grande parte da sua carreira num cinema de comedia romantica e em dissertações sobre o amor. Este ano num ambiente feminista e de conhecimento pessoal, sai este introspectivo com um nome particular Eat Pray Love. Os resultados foram os mais comuns ao longo de toda a carreira da actriz, se por um lado a critica não ficou entusiasmada com o filme, com criticas maioritariamente medianas, o publico aderiu bem a um filme que conseguiu muita aceitação junto da população femina.

Este filme como todos os outros tem pontos bem vincados, desde logo a tematica do reconhecimento pessoal, a do conformismo com o habito e a necessidade de por vezes este ser quebrado. A importancia da relaçao com algo superior mais espiritual, e acima de tudo o de nunca assumir personagens como más, nao caindo neste facilitismo.

COntudo tem muitos problemas desde logo na dificuldade que tem de não cair na simplicidade com que a protagonista se adapta tao bem a realidades tao diferentes, o disparatado conceito mitologico que o filme tras consigo, e acima de tudo a sua grande deficiencia que concerne na forma como trabalha mal o reencontro consigo propria, da a ideia que perde demasiado tempo em algumas fases e naquela que poderia trazer mais ao filme limita-se a uma serie de pontos que nao da profundidade nenhuma a sua relaçao final, que nada nos caracteriza como a relaçao longa que e predestinada ao longo de todo o filme.

Ou seja parece nos um filme com incapacidade de incidir naquilo que realmente e importante descuidando aspectos fulcrais o que acabam por agravar de forma conceptual o filme. Para alem disse tem uma aura demasiado cliche o que não permite o filme evoluir para outro tipo de parametros acabando sempre por saber a muito pouco.

O filme fala de uma escritora que farta da monotonia do seu relacionamento procura o divorcio e um novo sentido para a sua vida, inicialmente numa relaçao com um homem mais novo, depois a comer em italia, a rezar na india ate encontrar novo amor no Bali.

Em termos de argumento o conceito ate pode ser bem trabalhado, mas na forma como as personagens sao caracterizadas as coisas acabam por não correr tao bem, principalmente nas principais que parecem sempre com falta de algumas dimensoes, o que nao permite realismo a determinadas partes do filme.

Murphy tem a tarefa que qualquer realizador gosta ter a missao de transmitir espaços e neste prisma funciona bem melhor em alguns do que outros principalmente em termos culturais na forma como realiza na India, sendo o grande defice na incapacidade de nos das a ideia real de um Bali bem mais movimentado.

Em termos de cast a aposta em ROberts e natural dentro do papel que preenche quase cem por cento dos seus filmes, ao qual nem a sua gargalhada falta, contudo penso que ROberts nao da mais que isto, nao se pode pedir mais do que uma pessoa simpatica e desiludida, tem mais miticismo do que qualidade, mas assim e o mercado. Quem se perde completamente no filme e a futilidade da personagem de Bardem que caso nao seja por imperativos comerciais, nada se pode explicar esta apariação tão sem sabor. O ponto positivo vai para a personagem e a interpretaçao de Crudup sem duvidas os melhores momentos no filme sao as suas apariçoes fugazes.


O melhor - O sentimento puro de Crudup


O pior - A falta de objectividade na ultima parte do filme


Avaliação - C

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