Monday, April 14, 2008

The Savages




The savages foi a surpresa independente da temporada de premios, um filme pequeno, sobre uma tematica do dia a dia, com os toques e tiques de filme independente, com um cast liderado por dois dos actores criticamente mais aperciados do circuito, conjugou todos os ingredientes para se tornar num verdadeiro sucesso critico e se tornar no verdadeiro outsider para os prémios, não conseguiu passar disso, mas a presença nos diferentes premios permitiu ao filme nao so a valorização critica que queria, mas tambem alguma visibilidade e facilidade de distribuição que levou a que este filme fosse bastante mais do que uma obra para alguns.

Depois de ver o filme e notorio o facto do filme ser totalmente desenhado em busca dum reconhecimento critico, principalmente na simplicidade narrativa que adopta e na forma auto-conflituosa com que as personagens se apresentam, alias os conflitos internos são mesmo o foco mais aperciado pelos criticos de todo mundo.

Neste aspecto o filme é forte, incide nos conflitos e relacionamentos interiores de dois irmãos, com muito em comum, mas que essas mesmas semelhanças dificultam o relacionamento, contudo o filme incide acima de tudo na forma como estes lidam com a necessidade de tratamento do seu pai, recentemente viuvo e com periodos de demencia, o filme trata não so a adequaçao dos irmaos a doença, mas acima de tudo a adequaçao a relaçoes proximas estranhas a ambos. Neste particular e do ponto de vista de conteudo o filme tam bastante sumo, permite reflexoes profundas e é uma excelente obra sobre a condiçao humana.

Contudo The Savages penso que daria um livro bem melhor que um filme, porque o ritmo quase novelesco o pouco ritmo incotido e acima de tudo a falta de elementos que sublinhem a qualidade e espontaneadade do filme faz com que nao consiga suprimir algumas barreiras e transporta-lo para um filme mais marcante, mais forte e acima de tudo que vinque.

Ficamos sempre com a ideia de que é um bom filme, mas que falta aspectos que o destinguem, e acima de tudo de uma linha narrativa e historia de base mais sedutora do que aquela que apresenta.

Contudo e indiscutivel que o argumento do filme e extremamente bem feito, proximo da realidade coeso, com personagens dinamicas e complexas em interaçoes bem construidas o filme e forte em todos os niveis teoricos do que deve ser um argumento interessante, contudo falta o charme natural da historia, ela nem sempre consegue agarras o espectador, e tem dificuldade em englobar e convencer o espectador no interesse natural da historia.

A realização é o ponto menos trabalhado e elaborado do filme, a realizadora aposta tudo na riqueza do argumento e como muitas vezes acontece nos filmes puramente independentes, limita-se a utilizar os meios possiveis numa realizaçao simples e naturalista, sem colocar em causa a profundidade do filme.

Quanto ao cast, e dificil de idealizar cast mais eficaz e criticamente perto do que Hofman e Linney, e neste ponto e na quimica destes reside o aspecto mais forte do filme, ambos se encontram ao grande nivel que nos habituaram, sendo que o filme permite mais brilho a Linney, que conseguiu mesmo com este desempenho a justa nomeaçao para o oscar de academia, num papel forte, dificil, ambiguo do ponto de vista sentimental que vem cimentar a excelente carreira da actriz ate ao momento. Hofman deve ser neste momento o actor mais brilhante e em melhor forma em Hollywood num ano 2007 absolutamente fantastico com uma colecçao incrivel de grandes papeis, talves este seja o mais modesto, mesmo assim com o brilhantismo que sempre reune, tendo, imaginem só, mesmo aqui sido nomeado para os globos de ouro.


O melhor - O desempenho de Linney.


O Pior - A falta de sedução da historia de base.


Avaliação - B-

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