Sunday, November 25, 2007

The Brave One




Hollywood normalmente gosta de regressos, principalmente quando se trata daqueles que muitos aperciam e que acima de tudo se encontravam por alguma razão ou adormecidos ou em clara desacelaração. O realizador irlandes Neil Jordan era um deles, principalmente depois de uma serie de filmes que nao atingiram o nivel previsto, bem como Jodie Foster que depois de ter atingido o limite maximo, eis que apenas em momentos muito esporadicos toma as redeas de filmes. Havia curiosidade neste reunião, e apesar de os resultados de bilheteira nao terem sido, nem grandioso nem a recepção critica muito quente é certo que o filme obteve alguma consistencia e dimensao em qualquer uma destas vertentes.

Neil Jordan sempre foi conhecido por realizar sempre de uma forma extremamente sombria, escura, salientando nas palavras das personagens todo o conteudo, e neste filme volta a fazer, e digamos com melhores resultados do que os deprimentes ultimos titulos do realizador. E funciona porque o filme assume-se como declaradamente sombrio desde o inicio do filme, e nunca esconde que este e o seu principal objectivo. Nem sempre o filme consegue ser interessante e denso, achando que por vezes se perde nos conformismos tipicos dos filmes de acção norte amercianos, e num excesso de moralismo que nem sempre funciona, mesmo assim na sua essencia o filme consegue atingir os seus objectivos, de reflectir sobre a verdadeira justiça, mesmo que no seu moralismo interior defenda aspectos em discussão e claramente discutiveis, principalmente a filosofia do olho por olho, mas nao o faz da forma gratuita dos filmes de acção mais tipicos mas sim atravez do olhar das diferentes personagens.

O argumento do filme e um pouco simplista, apos uma violenta agressão que sofreu e que retira a vida ao seu namorado uma mulher decide por si so combater a marginalidade e tentar encontrar as pessoas que efectuaram tal acto, num relação algo complexa e ambigua com um policia o filme vai debatendo certos problemas sem nunca perder o herioismo mais tipico das personagens de acção de filmes de acção serie B.

O argumento é talvez o ponto mais debil do filme, apesar de ter conteudo e uma moratoria aceitavel apesar de discutivel, pensamos que maior complexidade nao so nas personagens e na relação destas poderia potenciar um filme mais marcante, apesar de poder tornar-se mais desagradavel para o espctador. mesmo assim o filme na sua analise global acaba por ser aceitavel.

Neil Jordan sempre gostou da escuridão na forma como realiza os seus filmes, e mais uma vez adopta este estilo, e que de alguma forma entra de encontro aos propositos do filme, contudo no que diz respeito ao todo o trabalho, parece-nos com falta de ritmo embora este ponto so seja mais visivel nas sequencias que exigem maior forma fisica ao realizador.

O cast, quando se aposta em Foster é porque se quer uma dimensionalidade a personagem que ser filmar, Foster e indiscutivelmente uma das melhores actrizes dos ultimos anos, e isso esta bem patente neste filme, ela tem um papel muito forte, dificil e que domina e torna possivel todo o ambiente sentimentalista e de revolta que o filme traduz, numa das interpretações femininas mais marcantes deste ano. A secundarizar o sempre competente Howard que começa a agarrar p seu espaço em, Hollywood, e que deveremos estar atento nos proximos trabalhos


O melhor - Judie Foster


O Pior - A discussão e demasiado partidaria


Avaliação - B-

1 comment:

O PEIXE-OVELHA said...

Vi o filme e estou plenamente de acordo com o teu 'review':) Um filme razoável centrado numa óptima interpretação da Jodie Foster...
É a minha 1ª visita ao teu blog e fiquei fã:) Gosto de cinema e de estar informado a respeito das últimas da 7ª arte... Aqui é uma boa fonte de informação:) Vais para os meus links. Cumprimentos e continua a boa onda cinematográfica. Já agora, a visitinha da praxe:
http://peixe-ovelha.blogspot.com