Sunday, November 04, 2007

The Darleeling Limited




Wes Andersson, e dos autores da comedia, talvez aquele que entrou de uma forma mais permanente nas contas mais elitistas de Hollywood com um estilo peculiar, declaradamente non Sense, foi acumulando sucessos, uns mais que outros, ganhando respeito de critico e intlectuais do cinema, que faz que cada filme novo que surge do realizador, grande expectativa e muita expeculação sobre a forma como os filmes se vao apresentar. Contudo e notorio que existe uma desacelaração tremenda, ja que os filmes tem sido cada vez mais pessoais e intimistas, e talvez por isso os resultados deste filme sejam algo dispares. Enquanto que a critica se dividiu entre aplausos e insultos, o publico que nunca foi uma presença muito forte nos filmes de Andersson alhearam-se um pouco do filme.

Este filme com titulo estranho, segue os passos do nome, tenta ser divertido, seguir o humor proprio e algo elitista de Andersson, incluindo uma dimensao cultural algo distante que de alguma forma transforma o filme num ponto mais excentrico do que aquilo propriamente que é.

Como qualquer filme de Andersson, a moral esta a cima do ridiculo dos segmentos narrativos, contudo neste filme acaba por ser mais disfarçado, ou seja a forma como tudo e formado e tao intimista, e tao exoterica, que o paralelismo nem sempre e facil.

Penso que Andersson cai na sua eloquencia no exagero criativo, na tentativa de complicar cada vez mais os seus filmes, dar-lhe uma toada pessoa, parecendo que o filme se trata mais de um private joke do que propriamente uma critica moratoria e com conteudo. O filme do ponto de vista criativo so a espaços e que consegue ser interessante e do ponto de vista de comedia esta longe de provocar longos sorrisos.

O argumento construido mais uma vez na dinamica inseparaval de Andersson e Wilson, demonstra mais uma vez a bipolaridade do humor dos seus criadores, e que esta presente em todas as obras da dupla, caminhando rapidamente de uma boa disposiçao contagiante para uma tonalidade extremamente depressiva, contudo neste filme, estes aspectos estao melhor fragmentados, embora seja ainda mais visivel neste argumento alguma destrutuaçao de pensamentos, que faz com que o filme muitas vezes se perca na sua eloquencia.

Andersson e um bom realizador, atravez das imagens transmite todos os sentimentos que quer, tem rasgos de autor e sabe o que fica na retina do espectador e neste particular mais uma vez encontra-se bem, tb a nivel cultural e apesar de exigencia nos planos exteriores subir o filme e bem realizado, sendo um dos segmentos mais fortes do filme.

Quanto ao cast, os de sempre Wilson e Schwartzman limitam quase sempre aquilo que andersson pode fazer, ja que embora ambos encaixem na perfeição no cinema tipo de Andersson, tambem e verdade que existe limitaçoes interpretativas em ambas que faz com que o argumento seja construido ja com essa ideia, o elemento novo introduzido por Brody, um actor completamente diferente permite alguma maior densidade a sua personagem embora sem grandes momentos. De realçar a presença de Murray, que para nossa pena nao consegue apanhar o comboio, e a ja habitual Houston.

De referir que o ponto mais falado do filme, e a curta que vinha em conjunto no inicio que infelizmente nao conseguimos ver, mas que por conseguir despir Natalie Portman, superou o proprio filme em mediatismo


O Melhor - A realização de Andersson


O Pior - Perde.-se em excentricidade


Avaliação - C+

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