Tuesday, November 13, 2007

Things we Lost in Fire




Todos os anos, antes dos grandes terramotos para os oscares, os grandes estudios lançam umas replicas com pouco a perder, normalmente sao filmes mais pequenos centrados em experiencias de argumento, sob a alçada de grandes produtoras a espera de visibilidade que a torne a surpresa do ano, foi um pouquinho neste registo que surgiu este filme, realizado pela quase desconhecida Bier, e com dois actores galardoados, num filme emotivo, que normalmente cai muito bem no gosto dos criticos. Assim e apesar desta predefinição, o filme não conseguiu sequer ter a visibilidade suficiente para dar o salto, mesmo no que diz respeito a sua carreira comercial, e apesar de valorizado pela critica parece sem força suficiente para se intrometer na luta dos galardoes.

Este filme, e um filme simples, sobre as guerras pessoais do dia a dia, pautado por uma atmosfera negativa que vai se colorindo com o passar do tempo, a simplicidade e acima de tudo a emotividade que o filme vai transmitindo acaba por ser genuina ao ponto de captar o espectador para a historia, mesmo que esta esteja longe dos rasgos creativos, ou surpresas universais, limita-se com uma intensidade narrativa e sentimental muito forte contar uma historia dura, pura e sentimentalista de uma forma academica mas no geral muito bem conseguida.

Alias a sensação que saimos e de satisfação de que vimos um filme que transmite esperança, um filme forte, mesmo que durante o seu tempo seja triste por vezes perdido, mas o filme sabe sempre encontrar o seu caminho e resultar nos diversos planos.

O filme fala-nos sobre a forma como uma viuva reage a morte do seu marido com duas filhas e a ligação que estabelece com um amigo toxicodependente do defunto que tantas brigas causava com o marido durante a vida, numa especie de rendiçao e de suporte mutuo de forma a preencher o vazio. do ponto de vista sentimental o filme e forte e conseguido.

Talvez peque por falta de valores que confiram o caracter especial, ou seja a irreverencia o risco, nunca esta presente, e tudo demasiado calcolado, e nunca consegue sair da dimensao do telefilme de primeira, falta-lhe espontaneadade, e que a qualidade seja mais natural e menos trabalhada.

O argumento centra-se na parte emotiva, alias todo o filme e demasiado sentimentalista e pouco racional, quer na construçao das personagens por vezes desprovidas de algum realismo, como na narrativa, que e uma constante busca de descarga emocional por parte das personagens.

A realização por parte de Bier, e natural, sem grandes rasgos, sem riscos limitando-se ao mais natural e simples possivel, talvez pela falta de experiencia da realizadora, mas tambem porque quer dar o protagonismo quer aos actores quer ao argumento.

Do ponto de vista de cast de sublinhar que marca o regresso de Berry as grandes interpretaçoes que se arredou depois do oscar conquistado em Depois do Odio, contudo e apesar do bom nivel da interpretaçao da actriz as atençoes tao todas centradas no brilhante desempenho de Del Toro, confirmando ser um dos melhores actores da actualidade e com uma interpretação com carimbo de nomeaçao, isto se existir justiçao


O melhor -Benicio Del Toro


O Pior - A forma planeada com que o filme resulta, faltando espontaneadade..

Avaliação - B

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