Sunday, November 18, 2007

Into The WIld




Sean Peen no seguinto da sua carreira como realizador tentou conceder uma homenagem a alguem com um pensamento diferente, alguem descontextualizado da evolução e acima de tudo um selvagem dentro da humanidade, nesta especie de biopic, Penn surpreendeu grande parte dos criticos que ficaram assombrados com a surpreendente narrativa de penn, e este facto reflectiu-se no publico que aderiu de forma substancial a um filme independente e acima de tudo de dificil assimilação. Contudo esta conjugação coloca-o nesta fase numa boa posiçao para poder entrar no duro combate pelos galardoes, e torna Penn mais que um actor de primeiro nivel que ja o e, num realizador a ter em atenção.

Into The Wild, e acima de tudo um filme marcante, um filme que nos faz pensar, e acima de tudo e um filme que nao torna parte, nem embarca em facilitismos de glorificar a pessoas que homenageia, tenta sim demonstrar o extremismo da sua filosofia, apresentar os seus pontos fortes, principalmente na forma forte como critica os condicionalismos de uma sociedade de aparencias, mas tambem consegue condenar a incapacidade da personagem nao saber os seus limites a capacidade de ser flexivel e fazer daquela filosofia algo primaria algo tao doentia, que nunca lhe permite ver as consequencias negativas da mesma. Contudo Penn faz este paralelismo como ninguem, o filme nunca e certo nas decisoes que toma, so na sua conclusão parece adquirir um simbolismo maior marcadamente pela redençao final da personagem confrontado com a desilusao e com o resultado das suas escolhas.

Into the Wild funcionaria excepcionalmente no plano literario, seria um livro brutal, intimista, capaz de reflectir nos leitores, as duvidas e as certezas, e parece que este aspecto e algo minorado no filme, principalmente nos segmentos metacomunicativos de Alex, ou seja nos momentos em que este esta apenas consigo, o filme nunca consegue entrar dentro da comunicaçao e os pensamentos pessoais da personagem parecendo sempre algo distante e noutra dimensao, como de um estranho a deambular se trata-se, e este aspecto condiona algumas fases do filme principalmente no ritmo que este adquire.

Mesmo assim estamos perante uma das obras mais singulares e narrativas mais fortes ate ao momento neste ano cinematografico, apesar de ser notorio que seja um filme que funcione melhor no seu conteudo e na sua reflexao do que propriamente na sua visualização ja que tem momentos muito monotonos, e por vezes entra num intimismo tao profundo que poe de parte o espectador.

Contudo para retirar este ponto Penn usa um trunfo de luxo, com uma banda sonora do melhor que se viu em Hollywood, os temas de eddie vedder, sao fulcrais na beleza e na dimensao sentimentalista que o filme vai dando, e isso influencia muito a forma como o espectador vai avaliando positivamente a forma como o filme vai correndo.

O argumento e demasiado literario, apesar de denso e complexo acaba por se abstrair em demasia das imagens, para adornar o significado, tudo parece demasiado poetico e filosofico a determinado ponto. Contudo tratando-se de um biopic e de assinalar que alguem tenha uma vida tao filosofica capaz de dar um filme tao pouco terra a terra e tao intimista.

A realizaçao de Penn tem cunho de autor, o famoso actor arrisca quase tudo neste filme atras das camaras, nos planos do protagonista, na forma como filma as paisagens na interaçao estre estes aspectos, na forma como corta planos, na forma como coloca a imagem como veiculo transmissor do guiao, tudo funciona as mil maravilhas neste parametro, oferencendo uma das realizaçoes mais poderosas deste ano e quem sabe nao valera mais uma nomeaçao a Penn desta vez noutro segmento.

Quanto ao cast, Penn arriscou em Hirsch, um jovem actor ate ao momento mais conhecido por ter tiques semelhante a Di Caprio e pelo brilhante agente que lhe arranja protagonismos em filmes minimamente conceituado, contudo neste filme a opiniao tem de mudar,, Hirsch brilha em todo o filme tendo uma das interpretaçoes mais surpreendentes que há memoria tendo em conta o percurso ate ao momento do actor. No seu papel de diferenciar os aspectos mais adaptados da personagem em que se encontra a um nivel mais similar ao Emile de sempre, e a vertente fisica onde esta a um nivel brilhante que lhe pode mesmo dar aspirações a uma nomeaçao, totalmente impensavel na carreira ate ao momento do actor. nos secundarios muitos nomes de relevo mas o filme acaba por virar todas as atençoes para o jovem actor.


O melhor - As musicas de Eddie VEdder.


O Pior - Nao conseguir entrar nas reflexoes da personagem


Avaliação - B+

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