Saturday, September 09, 2006
Down on Valley
Starring:
Edward Norton, Evan Rachel Wood, Bruce Dern, Rory Culkin, David Morse
Produced by:
Sam Nazarian, Stavros Merjos, Edward Norton
Se perguntassem a algum amante de cinema à 5 anos atras quem era o actor mais promissor de Hollywood, a resposta encontrada não deveria andar muito longe de Edward Norton, contudo 5 anos depois a resposta é bem diferente, primeiro porque depois de um arranque de ouro, nos ultimos periodos, uma serie de papeis que puseram em causa entre outras coisas, a sua versatilidade conduziram a um periodo de perto de dois anos sem trabalho, so interrompido pela invisivel participação no monotono Guerra dos Ceus, contudo Norton aposta forte neste ano, para voltar as luzes da ribalta e acima de tudo confirmar tudo o que se expectivou para ele. Assim a sua primeira aposta foi este independente Down in the Valley, e se por um lado o sucesso comercial do filme nunca foi um objectivo, por outro lado a indiferença critica não foi um bom prenuncio para o filme e muito menos para a tentativa de Norton voltar a mó de cima, principalmente porque volta a cair no mesmo erro de ter um papel demasiado colado aos seus papeis mais mediaticos, depois porque estamos perante um filme assumidamente pausado e de reflexão com toques de Taxi Driver disparatados, que enriquecem o fluxo narrativo do filme, mas também lhe adicionam o rotulo demasiado estranho que nada beneficia o filme.
O filme fala-nos sobre uma historia de amor, entre um estranho Cowboy e uma adolescente rebelde, contextualizado por um conjunto de traumas e relações inacabadas entre as personagens que de alguma forma conferem uma toada emocional bastante forte ao filme. As personagens vão se defenindo lentamente ao longo de todo filme, sendo que umas se vao tornando cada vez mais bem caracterizadas enquanto outras apenas vincam os seus traços como a irritante presença de mais um jovem do clã Kulkin. Aos poucos o rumo vai sofrendo alterações significativas se bem que raramente consegue surpreender o espectador.
O argumento apesar de bem montado, e ambicioso demais para o conteudo, acabando por se perder em monologos que funcionam como acessorios pseudo intelectuais, e que de alguma forma funcionam como tentativa de seduzir criticos mais exprimentalistas, tentativa que acabou furada em larga escala.
De referir a excelente banda sonora do filme, que essa sim funciona como apontamento de qualidade e transmite uma caracterização sentimental das diversas fracções do filme.
A realização e academicamente feita, sem grandes evoluções ou experiencias, se bem que tendo em conta alguns aspectos e cenarios do filme, poderia trazer mais benificios ao filme.
Quanto ao cast, se bem que nos parece que não foi o filme desejado por Norton para reacender a carreira (contudo ja se fala que em The ilusionist isto esteja mais proximo de acontecer) acaba por ser um papel que encaixa como uma luva nas suas caracteristicas, mas que vem ainda mais fundamentar aqueles que consideram-no como pouco versatil. De referir ainda as boas prestações de Wood e principalmente de Morse com a melhor intrepretação do filme, confirmando a qualidade reconhecida de ambos, pior mesmo so Kulkin com uma personagem extremamente irritante que acaba por desagradar a todo o segundo que entra.
Um filme que tenta entrar no terreno do independente e do Western, mas que o principal objectivo seria fazer brilhar Norton e isso ficou longe de acontecer.
O melhor - O argumento acaba por ser a mais valia do filme, bem contruido e intressante
O pior - Os monologos de Norton, disparatados, fora de contexto, sem nexo, meu caro ainda ha muito para caminhar para ser De Niro em Taxi Driver
AValiação - C+
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