Saturday, March 25, 2006


Pride and Prejudice - Orgulho e Preconceito

Starring:
Keira Knightley, Matthew MacFadyen, Rosamund Pike, Jena Malone, Donald Sutherland
Directed by:
Joe Wright

Nos ultimos tempos, o cinema tem ausentado a adaptação de grandes obras, ficando estas limitadas a alguns produtor originários de algum tradicionalismo britânico, sendo que é neste contexto que sai esta versão de Orgulho e Preconceito. Ao contrário das ultimas adaptações, este filme não cai no erro de inovar, ou alterar, uma obra que por si só é imortal. E para que mexer em obras que tão facilmente cativaram o publico, não será mais inteligente simplesmente dar imagem as palavras de Austen neste caso. Esta é sem sombra de duvida a maior virtude do filme, o academismo que adopta, o rigor literário presendo, pondo de lado qualquer têndencia de dar uma visão individual de uma história UNiversal, Wright opta por o tradicionalismo, quase teatral na realização, caracterização das personages e acima de tudo no argumento.
O filme conseguiu por estes motivos agradar os dois publicos alvo, por um lado os espectadores que se deslocaram em massa (principalmente na europa) para visualizar o filme, e um reconhecimento quase unanime crítico de um filme belo e acima de tudo rigoroso.
Contra o filme esta alguma falta de necessidade de voltar a optar por um filme descontextualizado com uma moral que apesar de forte dificilmente é transponivel para a actualidade, e um pouco a repetição de tiques ja presentes em outras adaptações da autora como "Ema e Sensibilidade e Bo, Senso", mesmo assim estamos perante uma das obras mais artisticas capz de ter lutado com os melhores do ano pelos diferentes prémios atribuidos.
De salientar ainda a magnifica realização deste estreante, dando inicios de podermos estar perante o nascimento de mais um academico e talentoso realizador britânico de epoca, na boa tradição de Frears e Ivory.
Quanto ao cast, este parece-nos muito bem selecionado, principalmente nos protagonistas, se por um lado Keira enche o ecrã em cada cena que entra (apesar de me parecer em demasia a nomeação para o Oscar) por outro Matthew transmite uma arrogância incial que facilmente se transforma numa sensibilidade muito bem interpretada, alertando para estarmos atentos aos proximos passos deste actor já que para quase total desconhecido, toma por vezes a redeas de um filme complexo como este.
Enfim mais uma tradução academica de uma autora de epoca academica, que pode não apaixonar ninguem, mas também nunca vai desagradar!

O Melhor. O facto de se não ter caido na tentação de alterar a historia, os classicos existem porque são perfeitos e não devem ser alterados

O Pior: Algum rigor a mais tipico em filmes de epoca que acaba por retirar algum ritmo ao filme e provocar sonolência ao espectador

Avaliação - B

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