Friday, March 10, 2006


The New World

Starring:
Colin Farrell, Christopher Plummer, Wes Studi, August Schellenberg, Raoul Trujillo
Directed by:
Terrence Malick

Se por um lado toda a gente conhece a versão disney da história de amor entra Pocahontas e John Smith, poucos alguma vez terão imagindo uma versão tão intimista como este New World. Uma obra de um autor peculiar que resulta em mais de duas horas de cinema díficil, por vezes penoso, mas que sempre acabamos por admirar pela qualidade de todas as integrantes do filme. Malick sempre se apaixonou por dar primazia aos dialogos poeticos internos das suas personagens em deterimento de uma interação verbal entre estes, optando por trocas de olhares e toques como forma de interação, oferecendo um romantismo quase poetico durante todo o filme, já que este conduz o telespectador numa dissertação sobre o amor e acima de tudo sobre a faceta poética do mesmo.
Este filme esquecido por toda a gente (espectadores e prémior), provavelmente porque é um objecto demasiado intimista e demasiado próximo de uma literatura reflexiva, ganhando na beleza das imagens e das palavras perdendo em ritmo e na essencia do cinema, ou seja a interação com o espectador, o que se pode traduzir numa rejeição completa por parte das pessoas em relação ao filme
Os aspectos mais fortes do filme, são uma fotografia brilhante, capaz de fazer inveja as melhores fotografias de sempre, e uma revelação no cast, com a escolha surpreendente de uma total desconhecida para o papel central do filme (pocahontas). De referir a grande competência das outras escolhas de Malick optando por dois dos mais talentosos actores da nova geração para os outros papeis centrais. (Farrel, Bale).
O argumento demonstra um caracter simplista do filme, e o cunho de autor que Mallick ja nos habituou, já que encontramos grandes paralelismos na forma de filmar com os titulos precedentes do autor (Barreira Invisivel mais recentemente).
Para concluir, o facto das personagens centrais nao terem ficado na sala de montagem como sucedeu com Gary Oldman e Vigo Mortenssen no titulo anterior do realizador, ou mesmo a quase aniquilação total de personagens (como a de Adrien Brody no mesmo filme), contornando assim as polémicas que tanto contextualizaram as experiencias de realização passadas do autor.

O Melhor: A obra de arte do filme, todos vão achar bonito o resultado final

O Pior: O processo do filme apesar de belo, torna-se por vezes demasiado intimista, e demasiado dificil para o espectador

Avaliação - B

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