Thursday, February 13, 2025

The Fire Inside

 Lançado no final do ano com algumas prespetivas de Oscar este biopic de uma atleta ainda com 29 anos e no ativo pode ser considerado algo percipitado mas e certo que foi um dos lançamentos do final do ano. Sem grandes figuras comerciais o filme mesmo sendo de uma das figuras iconicas atuais do desporto americano acabou por estar longe do sucesso comercial, mesmo que criticamente o filme tenha obtido criticas acima do normal em biopic desportivos.

Sobre o filme podemos analisar diversos pontos e com resultados que podemos considerar algo diferentes. O primeiro ponto é a o estado social, aqui o filme cai em alguns cliches ficando a ideia que personagens aparecem e desaparecem apenas para potenciar mais o filme dramatico e no sentido de contextualizar ainda melhor o merito canalizado da figura. Nao existe grandes duvidas do seu realismo ja que se trata de um filme que teve a propria personagem como consultora.

Do ponto de vista desportivo o filme funciona principalmente porque é detalhado nos ganhos, nos avanços e recuos e os motivos dos mesmos nos primeiros anos de carreira de atleta. Tambem a relação com diversos pontos de vista com o seu treinador e bem trabalhada embora sempre mais do ponto de vista emocional do que do ponto de vista tecnico.

Por fim o filme tem o lado politico da igualdade salarial no desporto, em que debruça-se essencialmente na personagem central e nas suas caracteristicas. E um elemento de maior impacto e talvez a razão pelo qual o filme saiu tão cedo tendo em conta tratar-se de uma atleta ainda no ativo, mas esse folhetim politico teve aqui o seu espaço.

A historia segue Claressa Shields a primeira bi campea olimpica em Box americana, desde os seus primeiros passos até À gloria num contexto social e de género adverso, com lutas pessoais e politicas no caminho para a sua gloria.

O filme nao e propriamente muito trabalhado do ponto de vista da rentabilização do argumento. Os feitos sao notaveis e o filme sabe potenciar isso. no contexto o filme cai em alguns cliches, algumas vezes de uma forma demasiado declarada, mas fica a clara ideia que existem filmes que a historia fala por eles.

Na realização a batuta foi entregue a Rachel Morrison embora com argumento de Barry Jenkins, um apadrinhar de uma realizadora ate então associada a televisao onde se denota ainda algum amadorismo em tornar o filme maior. Falta risco e alguma criatividade visual, embora os momentos de boxe sejam trabalhados.

O cast funciona desde logo porque a quase desconhecida Ryan Destiny transmite bem a rebeldia da personagem, para alem das parecenças fisicas. Ao seu lado Tyree Henry é dos melhores atores a transmitir segurança e emoçao, e o filme aproveita bem os atributos de um ator em forma e que merece apostas maiores.


O melhor - O feito da T Rex

O pior - O filme nao arrisca muito na criatividade da abordagem


Avaliação - B-

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