Sunday, September 20, 2020

I'm Thinking of Ending Things

 Num ano atipico em que pela sua forma de pensar os filmes podera favorecer e muito a entrada da Netflix na temporada de premios, eis que foi dado o arranque da produtora com os seus filmes de autor mais concetuais com esta nova obra de Charlie Kauffman. Sempre com a irreverência tipica, este foi um filme que foi melhor recebido pela critica que lhe deu boas avaliaçoes do que o publico em geral que se perdeu um pouco na complexidade da historia. Comercialmente para a dificuldade de absorver uma historia tal estranha podemos dizer que resultou.

Nao e um filme facil, e um filme que exige conceito, entrada no que o filme quer transmitir para percebermos aos poucos aquilo que o filme nos quer transmitir. E um filme sobre atos falhados da vida e da forma como eles poderiam ser diferentes. Nem sempre contado de forma objetiva, mas com a originalidade e o conceito que normalmente Kauffman da aos seus filmes este um filme dificil, mas que se atingirmos os seus objetivos funciona em grande escala.

E um filme que se complica por vezes a si proprio, que tem um plano e uma ideia muito boa, que o recheia com um argumento bastante interessante mas por vezes poderia ser mais direto, mais simbolico e fechar melhor as encruzilhadas. Mesmo assim no final ficamos feliz com o que vimos, com a forma como Kauffman consegue de uma forma muito peculiar transmitir historias unicas e intensas.

Nao e claramente um filme para todos, muitos vão achar demasiado estranho, confusos, considerar irritante nao perceber o que esta a ocorrer. NUm segundo momento percebendo qual o principio do filme todos nos conseguimos aproximar a determinada altura ao sentimentalismo e mais que tudo aquilo que o filme quer ser.

A historia fala de um casal que embarca numa estranha viagem as origens do homem do casal para a mulher conhecer os pais do primeiro, pessoas com uma particularidade muito proxima.

Em termos de argumento temos tudo que Kauffman normalmente nos da nos seus filmes sob a sua forma dificil. Temos simbolismo, originalidade e significado que funcionam imenso na mensagem que o filme quer dar. Temos tambem os argumentos tipicos de alguém que tem muito para dar mas que nem sempre consegue conunicar da melhor forma, porque nem toda a gente consegue entrar na sua rotação.

Na realizaçao Kaufman ainda nao atingiu o brilhantismo dele como argumentista. Temos algum risco e originalidade em algumas cenas, percebe-se que trabalhou com realizadores com conceito, mas o resultado apesar de estar a melhor ainda não e totalmente completo. Mesmo assim num ano muito dificil temos uma das melhores realizações ate ao momento.

No cast temos dois jovens em ascenção como protagonistas, Plemmons e um dos melhores atores do momento embora a imagem nao lhe permita ser um front leader em produçoes maiores. Aqui tem novamente uma interpretaçao de primeiro nivel. Ao seu lado Buckley a ganhar no cinema o protagonismo que conseguiu em Chernobyl, numa interpretação interessante bem auxiliada principalmente por uma Collete em excelente forma.


O melhor - O argumento e os seus objetivos


O pior - Nem toda a gente consegue entrar em tal dimensãp


AValiação - B



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