Normalmente nos maiores festivais europeus surgem alguns pequenos filmes, de um circuito menor norte americano que acaba por chamar a atenção. Um desses filmes que o ano passado competiu e ganhou mesmo o grande premio do juri no Festival de Veneza foi este particular filme, que posteriormente apenas um ano depois viu a distribuição nos EUA, muito por culpa da sua peculariedade. Em termos criticos as coisas também não foram tão brilhantes nos EUA com avaliações positivas mas com uma tendência mais mediana. Comercialmente os resultados do filme são extremamente modestos principalmente tendo em conta que se trata de um filme com algum cartel em termos criticos.
Sobre o filme, desde logo podemos dizer facilmente que se trata de um filme negro, sem grande sentido, mas que acaba por ser visualmente bastante interessante. A forma como o filme em si acaba por dar-nos uma sociedade alienada e as diferenças entre estilos, de um ponto de vista muito proprio acaba por ser uma assinatura interessante, para um filme que muito pela sua irreverencia e forma acaba ele também por ser interessante.
E obvio que facilmente no final pensamos, "isto não faz grande sentido", mas por outro lado a forma como o filme nos dá duas sociedades completamente distintas da nossa e enquadra na mesma uma personagem, acaba por ser esteticamente e mesmo num cinema rebelde interessante, onde as cenas acabam por dar mais peso a um filme que narrativamente não tera grande alcance, mas que devido a sua estranheza acaba por ser interessante.
Claro que principalmente no final, poderia ter um climax mais assumido, poderia ser um filme mais falado, quase sempre os dialogos sao substituidos por sequencias de som, de definição, que acaba por ser o cartão postal de um filme que se assume como diferente, e que nos objetivos dessa diferença acaba por resultar em longa escala. E destes filmes que muitas vezes conseguimos gostar mesmo que tudo soe a demasiado distante.
O Filme fala de uma jovem que depois de ser solta de uma cadeia no deserto americano, acaba por ser capturada por uma tribo de canibais, até ao momento em que consegue sair e refugia-se numa outra sociedade chamada "the Dream" mais pacifica, contudo uma relação estranha com um dos membros da outra sociedade acaba por não conseguir definir onde quer residir.
Em termos de argumento podemos dizer que tudo é demasiado estranho, desde a base, aos poucos ou nenhum dialogo, a personagens que são apenas maneirismos, nao e propriamente um filme muito trabalhado deste ponto de vista.
Na realização a irreverência de Ana Lily Armipour acaba por ser contagiante e surpreendente, consegur ir buscar o lado servagem de outros filmes de deserto, e dota-lo de uma riqueza visual e musical muito interessante, num filme rebelde, mas com assinatura, e que me deixa curioso relativo ao restante percurso da jovem realizador.
No cast o protagonismo vai para a modelo Suki Waterhouse, que tem aqui um papel mais gráfico do que de interpretação que encaixa bem em si, ao seu lado Momoa também encaixa bem num filme mais visual, e com prestações também honrosas para as necessidades de Reeves e Carey.
O melhor - A forma como determinados momentos desconcertam aquilo que estamos habituados
O pior - Narrativamente e em termos de argumento deveria ser um filme bem mais rico
Avaliação - B-
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