Saturday, June 03, 2017

T2: Trainspotting

Vinte anos depois de Danny Boyle lançar ao mundo um grupo de drogados de Edinburg em algumas das mais amadas personagens do cinema moderno, e conseguir fazer de um filme de pequeno orçamento um dos filmes de culto dos ultimos vinte anos, surge a homenagem sob a forma de sequela, dando-nos o momento de cada uma das personagens anos depois. O resultado critico do filme embora inferior ao primeiro, algo que era esperado pelo facto da novidade já não estar presente, acabou por ser positivo. Comercialmente Trainspotting nunca foi um filme de multidoes mas acima de tudo um filme para quem realmente gosta de cinema.
Sou um adepto confesso do primeiro filme, penso mesmo que se trata de uma das raras obras primas dos ultimos anos, recheado de momentos marcantes. Este e uma digna sequela, onde acaba por ter muito que o primeiro filme, contudo sem tanto exagero ou as personagens não tivessem numa fase diferente da vida delas. E obvio que o primeiro filme iniciou uma forma de filmar que teve muitos seguidores, dai que a abordagem acaba por ser menos surpreendente, mesmo que os momentos e os dialogos sejam de primeira linha, ao mesmo tempo com um humor sublinhado mas mais que isso com o impacto que cada mensagem tem, mesmo nem sempre sendo transmitida da forma mais direta.
De resto temos a mesma forma das mesmas personagens, aquele humor que acaba por ser tudo no filme, as sequencias de limite que tanto ficaram no imaginario acabam por estar novamente presentes, numa junçao plena de tudo o que temos no primeiro filme. O que mais gostei neste filme e que não se preocupa com o resultado final, preocupa-se em homenagear o primeiro filme, mais que dar a este algo paupavel para recordar. O melhor elemento do filme, e saber que o primeiro filme era impossivel de igualar e torna-lo no centro deste segundo.
Por isso e que eu acho que muitas vezes as sequelas devem ser objetivamente mais modestas nos seus objetivos mais que isso e por isso que penso que o cinema e daqueles pontos que so com o tempo percebemos o valor real das suas obras, e digo este é daqueles filmes que nos da grandes momentos por si so, mas que nos faz sentir uma nostalgia relativamente ao primeiro filme que so um classico pode ter.
A historia segue o reencontro dos sobreviventes do primeiro filme de forma a tentar resolver o conflito criado pela solução final do primeiro filme. Entretanto vinte anos decorridos a vida de eles mudou, mas as caracteristicas quase nada.
Em termos de argumento e em virtude de porno a sequela literaria do primeiro filme nunca ter sido adaptada ao cinema, aqui temos um argumento de novo com algumas bases no porno para dar seguimento ao primeiro filme. O mesmo teor, o mesmo estilo, a riqueza interinseca de dialogos de primeira linha fazem deste filme um argumento mais basico do que o primeiro filme, mas tambem de grande qualidade.
O primeiro garante da qualidade desta sequela foi o facto de ter conseguido convencer Boyle a regressar ao projeto. O realizador britanico deve ser dos mais irreverentes creiativos e versateis realizadores da atualidade e aqui tem mais um trabalho de mestre, de alguem que assim como o filme ficara com o tempo mais vincado pelas obras singulares que vai deixando pelo cinema.
No cast a repetiçao de papeis que deram a conhecer ao mundo estes quatro actores encaixam perfeitamente. Mcgregor foi o mais bem sucedido e aquele que acabou por mudar mais algo que encaixa perfeitamente na sua personagem. Mas o destaque o filme e o regresso de Carlayle a uma personagem mitica e que ele tornou-a assim.

O melhor – A forma como mais que se valorizar a si e um filme que valoriza em muito o primeiro filme.

O pior – Quando acaba queremos mais destas personagens


Avaliação - B+

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