Thursday, June 08, 2017

Lovesong

Sundance desde há uma decada para cá, e a maior montra do cinema indepentente, que diferencia aqueles filmes que acabam por se tornar caso serios de outros que fruto de um menor entusiasmo na recepção passam quase desprecibidos para a maior parte dos cinefilos. O ano passado em competiçao estreou este filme sobre amor no mesmo sexo, que pese embora resultados criticos positivos foram insuficientes para dar mais mediatismo ao filme. Comercialmente e uma vez que so agora o filme viu a luz do dia em cinemas selecionados os resultados foram muito curtos, passando rapidamente para a Netflix.
Sobre o filme podemos dizer que é acima de tudo sobre a caracterizaçao de uma relação entre duas mulheres, e naquilo que o filme nos dá em exclusivo sobre a relação podemos dizer que temos intensidade que temos os conflitos das personagens bem acentes, num filme assumidamente independente em toda a sua forma. Por isso penso que é um filme que consegue na maior parte do tempo e com simplicidade ir aos seus objetivos que é centrar o espetro do filme nas ambiguidades de uma relação nao esclarecida.
E o filme nem precisa de muitos momentos ou dialogos para fazer funcionar este objetivo. Um filme que como alguns independentes gosta de trablhar os sentimentos, consegue fazer funcionar a dupla de protgonistas na força da relaçao central, embora nos pareça que tudo o resto que o filme nos dá acaba por ser demasiado vazio e quando assim é o filme tem mais dificuldades em imperar e marcar a sua essencia.
Mesmo assim um filme com uma boa ideia, a da diferença entre o sentimento e o que esperam de nos, com intensidade na relaçao central que acaba por ser o enfoque de todo o filme, com uma dupla de protagonistas que funciona bem em conjunto, e que longe de ser uma filme de extrema qualidade consegue fazer passar a sua mensagem.
A historia fala de uma jovem, casada e mae, que segue numa road trip com uma amiga de infancia e universidade que percebe ser mais que uma amiga. COntudo a indefiniçao da relaçao acaba por as separar encontrando-se tres anos mais tarde para o casamento da segunda.
O argumento tem uma base interessante, actual na dictomia entre emoçao- razão. Nao e um argumento preenchido em termos da complexidade das personagens ou riqueza dos dialogos, contudo muito graças a algumas opções a relaçao funciona e parece que o argumento mais apagado faz isso ser assim.
Na realização So Young Kim uma realizadora de ascendencia asiatica que ainda procura o seu espaço, tendando diversos filmes mais pequenos, tem aqui um trabalho que se torna por vezes sensivel, que consegue filmar bem a proximidade entre as protagonistas, mesmo que depois tenha alguns tiques exagerados de cinema independente como cortes sem grande sentido.
No que diz respeito ao cast todas as despesas do filme estavam naquilo que Malone e Keough conseguiam fazem em sintonia, mais que em termos individuais e ambas funcionam bem na quimica e intimidade que partilham conduzindo o filme para um nivel mais positivo. Em termos individuais parece-me que Keough analisando a sua carreira nos parece mais versatil e a seguir nos proximos tempos.

O melhor - A quimica e intimidade implicita entre as personagens.

O pior - O filme tem muito pouco para alem deste ponto.

Avaliação - C+

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