A aposta da Netflix no cinema tem tido algumas dificuldades em imperar, mesmo chamando a si, actores de primeira linha, conseguir lançar-se em festivais de primeira linha mas até ao momento sem grande resultado. Em Sundance deste ano o destaque da netflix era nesta descoberta, pese embora uma outra produção menos visivel apoiada pela empresa tenha ganho o premio principal. Este filme foi recebido com mediania contudo em termos comerciais a avaliação do sucesso dos filmes da Netflix só pode ser avaliado pelo mediatismo e neste caso não podemos dizer que tenha sido um filme de grande destaque.A premissa de Discovery até podemos dizer que acaba por ser interessante, tentar fazer um filme que quer perceber o que acontece depois da vida. Parece-me que este ponto pode ser uma excelente base criativa para diferentes filmes. Neste caso podemos dizer que a ideia é melhor que a execução, olhando o filme no fim parece obvio que se trata de um filme com uma boa premissa, que trata com originalidade uma ideia criativa. COntudo na execução o filme tem principalmente no desenvolvimento da narrativa alguns problemas. O primeiro dos quais é uma introdução algo difusa que não prende o espetador, sendo na maior parte do tempo um filme sem ritmo.
Apenas com a sua conclusão acabamos por perceber que se trata de uma ideia bem montada, um bom plano generalista de um filme com ideias bem definidas mas nem sempre bem exploradas. Isto é o que diferencia um filme suficiente de um otimo filme, ou seja, a capacidade de se fazer um filme completo a tempo inteiro, e nao um filme que funciona porque a ideia central do argumento é tão forte que quase não exisita forma de não o fazer.
Contudo aos poucos tem vindo a parecer que a Netflix mais que arriscar em filmes comerciais tem adoptado alguns dos bons valores do cinema independente, dando-lhe recursos principalmente em termos de atores para voos mais elevados. parece um projeto em aperfeiçoamento, mas não me parece ainda que seja este filme que marque a viragem para algo nivel da produtora.
O filme fala de um grupo familiar que tenda descobrir o que ocorre com a nossa mente depois da morte. Num grupo marcado por conflitos familiares claros, que acaba por lançar a discussão da descoberta a todo o custo.
Em termos de argumento podemos dizer que temos uma boa historia, com uma ideia criativa e interessante que acaba por ser a base de todo o argumento. Em termos praticos acho que o filme tem melhores momentos na fase final do que no seu desenvolvimento onde tem algumas dificuldades quer com o ritmo e principalmente com a caracterização das personagens.
Na realização Charlie Mcdowell é um dos jovens valores da realização ainda numa fase inicial da carreira, relacionado em termos amorosos e familiares com algumas figuras relacionadas com o cinema tem aqui uma realização cinzenta, que acaba por nao potenciar, principalmente em termos de ritmo o valor total do filme. Esperaremos outros filmes para perceber o seu real valor.
Em termos de cast parece-nos que o filme não é equilibrado em termos de escolhas, se me parece que Redford, Mara e Plemons foram excelentes escolhas para os objetivos do filme, já no que diz respeito ao protagonista Segel parece-me muito mais rotinado para filmes comicos do que para personagens mais densas como esta.
O melhor - O final e o significado do mesmo.
O pior - A forma como o filme não adquire ritmo na fase inicial
Avaliação - B-















