Saturday, June 15, 2013

Passion

Sempre que Brian de Palma anuncia o lançamento de um novo filme, que a expectativa em Hollywood se torna imensa esperando que o veterano realizador mostre novamente os atributos que o tornaram num dos respeitados realizadores da historia do seculo 20. Contudo já vão mais duas dezenas de anos desde que surgiu o seu ultimo sucesso critico e nao foi com este que voltou a ter esse reconhecimento com uma critica mediana, pouco expansiva sobre este filme que comercialmente apenas em Agosto vera a luz do dia nos cinemas norte americanos mas com ambiçoes muito curtas.
Sobre o filme podemos dizer que temos um thriller psicologico muito à ideia de de Palma ultimamente tem feito que tem nas suas personagens o seu ponto mais bem trabalhado ja que ao dar pouco a conhecer destas permite que o filme surpreenda na orientação que cada uma fornece a cada passo ou evolução do filme. Por outro lado esta ambiguidade das personagens faz com que o filme perca algum norte ou seja faz com que o filme seja distante do espectador quase sempre a espera que algo de relevante ocorra mesmo que o filme tenha como ponto o facto de nem tudo o que nos mostra ser o que o torna algo baralhado em demasia mas funciona no seu efeito.
O aspecto onde o filme menos funciona e na forma como elabora e caracteriza a relação intima entre as personagens num aspecto tão chave para o filme parece-nos que a definição ou mesmo a atenção que o filme dá a este ponto e redutor e o filme perde dimensao por esse mesmo facto, sente-se que o filme trabalhando mais este aspecto podia ter mais peso em si  proprio e funcionar melhor num registo que De Palma conhece como poucos.
Mesmo assim e contrariando alguns que acham que o realizador perdeu o norte, temos um filme competente longe de ser uma obra prima ou um filme para a eternidade e um filme com um caracter proprio com densidade psicologica e narrativa muitas vezes funcional, que agrada a quem vê, não é mais que isto mas penso que o argumento em si nao permitia mais.
O filme fala de duas mulheres ambiciosas na promoção de um smart phone mas com relaçoes sentimentais ambiguas entre si e terceiros um filme que explora o desejo da ambiçae e mesmo as relações pessoais proprias.
O argumento e mais funcional na vertente da ambição profissional que na definição relacional os dois pontos centrais do filme, não e um argumento como muitos dialogos mas parece que isso funciona no filme com o caracter surpreendente das personagens, mesmo a pouca definiçao destas funciona no aspecto twist do guiao.
De Palma sera sempre um grande realizador com filmes de maior ou menor dimensao sabe filmar de uma forma propria e aqui tem esse ponto bem vincado num filme pouco exigente mas que ele nao se inibe de arriscar com planos proprios e formas proprias de ver as coisas nem sempre nos parece o mais funcional mas que e um caracter de autor +é.
Sobre o cast o filme e dominado por duas actrizes em alta no cinema McAdams tem finalmente um papel exigente onde sai a vencer e a alma do filme e com uma interpretação que denota estarmos perante uma actriz de topo e multifacetada, mesmo com um papel nem sempre dificil, Rapace tem o seu estilo proprio e tem dificuldades em se desviar dele, mesmo assim pensamos que o filme precisa destas caracteristicas, funciona mas questiona-se se conseguira diferir disto.

O melhor - A intriga psicologica

O pior - Ser um pouco previsivel

Avaliação - C+

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