Saturday, November 24, 2012

End of Watch

É conhecida o vicio de David Ayer tem em filmes sobre policias, bom ou maus, mas acima de tudo sobre o seu trabalho, foi assim quando escreveu Training Day, continuou em Harsh Times, e agora surge novamente com mais um filme em que concilia o papel de argumento e realizador, sempre com duplas a actuar, debruçando-se sobre a relaçao aos pares. Contudo e se no seu primeiro filme como realizador as coisas nem correram muito bem, comercial e criticamente desta vez o sucesso foi conseguido principalmente critico com avaliações bastante positivas que o colocam como entidade em termos de filmes sobre policias principalmente em LA, em termos comerciais o filme ainda teve algumas dificuldades já que o rotulo do filme não nos parece condizente com o conteudo.
De todos os filmes de Ayer este é de longe o mais intenso, e o mais emocional, e poderá assim dizer-se o melhor filme dos três que anteriormente falamos, desde logo porque a dictomia policia bom e mau desaparece para se centrar naquilo que a profissão mais pede, trabalho de equipa e confiança no outro e o filme ao longo das situações oferece-nos diversos exemplos disso, num filme que atinge niveis de quimica com as personagens que poucos conseguiram e que o tornam especial neste aspecto.
Por outro lado a forma com que o filme nos dá as imagens atraves de diferentes camaras de gravação ou seja quase como se de imagens não editadas se tratasse por um lado e uma homenagem a series como cops a influencia natural deste filme mas acima de tudo dá-nos o ritmo e a intensidade de cada sequencia ja que o filme nos trás uma panoplia incrivel de situações policiais.
Por fim dá-nos e traduz bem a outra vertente ou seja a policia para alem da farda e aqui o filme consegue atingir grandes niveis emocionais e principalmente de ligação das personagens. Ou seja estamos perante um filme forte, com ritmo bem interpretado que ao mesmo tempo agrada os amantes da acção mas acima de tudo aqueles que gostam de uma boa historia com todos os ingredientes que tem direito.
O filme fala de uma dupla de policias e da sua interação no trabalho e fora dele, aqui eles começam a lidar com uma serie de crimes cometidos por um gang ou quartel mexicano que os leva a situações nunca experienciadas no seu dia a dia.
O argumento mesmo não sendo um poço de creatividade e criterioso em todas as suas fases e completa-se bem ponto a ponto, desde logo na linhagem entre personagens e na riqueza simples de dialogos que fortalecem o valor emocional do filme. Por outro lado o espaço e forma com que as personagens crescem e uma mais valia de uma historia simples mas muito bem escrita.
Se ayer sempre foi mais ligado ao argumento do que a realização aqui perde mais tempo com este promenor numa escolha arriscada de formato camaras moveis o filme acaba pro ganhar sentido estetico, ganha intensidade realismo e ritmo, um filme interessante de um bom argumentista que ganha a cada filme mais intensidade ainda em termos de realizaçao.
Em termos de cast o filme e liderado de cima a baixo pelos seus protagonistas dois actores de mão cheia Gyllenhall actualmente sabe como poucos liderar um cast com qualidade interpretativa carisma e intensidade, e aqui tem ao seu lado uma vertente mais suave e espontanea de um pena que cada vez nos parece mais ligado a bons papeis, precisa talvez de mais apostas, pois são dois actores de primeira linha, mas que funcionam ainda melhor em conjunto.

O melhor - A forma com que consegue entrar bem no mundo dentro e fora da policia

O pior - A linha narrativa de base ser algo colocada de parte para os pormenores vincarem

Avaliação - B

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