Wednesday, January 03, 2007


Blood Diamond



Era um dos filmes mais aguardados do final da temporada, um filme que prometia ser grandioso, e que prometia abalar com as consciencias mais positivistas sobre o tema sensivel sobre a guerra em Africa. Para alem do mais contava com Di Caprio pos Scrocese numa das suas limitadas aparições fora o trabalho com o conceituado realizador. Assumia-se como um dos favoritos aos premios. COntudo o filme esteve longe das expectativas criadas, sendo que a critica respeitou, mas nao adorou o filme, e acima de tudo o publico alheou-se do filme.

O problema e um facto comum na cinematografia deste realizador, ou seja o tema intressante, polemico. O filme e efectuado de uma forma extremamente eficaz mas nao tras nada de novo, nao apaixonando os espectadores que se limitam a observar com atenção, mas aperciando pouco. Ja tinha acontecido com o Ultimo Samurai e agora de novo com este Blood Diamond. Contudo neste filme, estes aspectos sao ainda mais vincados, com uma lineridade impressionante das relações e personagens, centrando toda a sua atenção no contexto no qual a acçao decorre e que na minha optica cai por diversas vezes num exagero profundo, muito distante do que por exemplo Meireles conseguiu nos seus filmes..

O filme funciona sem duvida, mas torna-se demasiado preso a linhas narrativas ja existentes nao trazendo nada de novo para o cinema. Exagera nas sequencias de acção, por vezes com toque de filmes a rambo onde as balas dançam e so acertam nos vilões. O filme parece nao aproveitar o prenuncio que tem, tornando se rapidamente num filme vulgar de acção que toca em fridas persistentes e com uma toada politica interessante, mas para a dimensão do filme, o facto de ser vulgar nao e um elogia muito forte.

E neste ponto é o argumento o ponto mais debil, nunca conseguindo por a moral ao serviço de uma boa historia mas sim pondo uma historia bastante desinteressante e mal formulada ao serviço de uma premissa politica interessante. Outro ponto debil e a falta de exploração de aspectos relacionais das personagens, sendo estas extremamente lineares para um filme desta dimensão.

Quanto a realização de Zwick e depois de uma produção dificil penso que neste parametro acabou por ser eficaz sem grandes brilhantismos, contudo tando atentos a trajectoria do realizador podemos observar que ele e mais proveitoso pelo seu academismo do que pelo brilhantismo profundo.

O cast riquissimo, conseguindo a estrela Di Caprio a encabeçar um cast, onde todo o brilho e entregue a Housun, o verdadeiro protagonista de um filme que domina por completo, provavelmente vamos ter a segunda nomeação do actor africano. Quanto a Di Caprio ja o vimos em melhor forma num papel complicado, apesar de estar relativamente bem, nao consegue brilhar num papel que lhe dava essa oportunidade, ja Connoly e apenas um acessorio na narrativa.

Enfim um filme vulgar que podia ser excepcional.


O melhor - Housuon a demonstrar que em Amistad nasceu mais uma estrela em Hollywood.


O pior - Tantos meios, expectativas e ponto de partido nao podem criar uma obra tao cinzenta e chata como esta


Avaliação -C+

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