Monday, October 28, 2024

Don't Move

 Sam Raimi encontra-se afastado um pouco da realizaçao mas a sua produtora continua a lançar jovens realizadores de cinema de terror, ou tensão psicologica, ponto de origem da sua carreira. Este Outono surge mais um titulo, sem grandes figuras que acabou por estrear na colaboração com a NEtflix. Ao contrario de outros produtos assinados por Raimi o resultado critico deste filme não foi brilhante, com avaliações medianas, sendo que comercialmente a falta de figuras de primeira linha num primeiro momento poderá afastar a explosao da Netflix.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo consegue os seus objetivos sem nunca ser fantástico, o filme quer ser curto, de tensão e ritmo elevado, que consegue ter os seus twist e os seus momentos de pânico, entrando sempre no seu elemento fundamental que e comunicar sem movimento, aqui o filme tem alguns momentos interessantes como a sequencia da cabana mas noutros e mais previsivel como a resistência do vilao.

Assim nao sendo um filme claramente original ou um filme que se consiga diferenciar na maior parte do tempo, podemos dizer que cumpre os seus objetivos de entertenimento imediato, o filme consegue em muitos momentos, intensificar a tensao psicologica, consegue ter o seu impacto, nunca sendo propriamente um filme produzido e realizador para ser um fora de serie.

Por tudo isto um mediano filme de terror, com uma ideia diferente, principalmente na comunicação e o panico. Fica a ideia que o filme poderia trabalhar mais as personagens do que ser quase noventa minutos do jogo do gato e do rato mas isso permite a intensidade que o filme quer ter, e que acaba por ser mais ou menos isso que funciona.

A historia segue uma depressiva mulher que no momento em que tenta colocar fim a sua vida contacta com um individuo que a impede de o fazer mas que é na verdade um psicopata com outro tipo de projetos para a mesma, concretamente a drogar para a matar, numa droga que a vai fazer perder movimentos.

O argumento tem uma premissa com alguns pontos algo diferentes concretamente na ideia de base, mas que depois e demasiado pratico no que quer ser. Não é um filme que surpreenda mas é um filme que cumpre os seus objetivos ainda que curtos.

Na realizaçao Raimi entregou o filme a dois jovens realizadores completamente desconhecidos que conseguem ter ritmo embora nem sempre muito artisticos nas suas componentes. Iremos perceber que a aposta de Raimi continua porque necessitam algo mais para se tornarem independentes.

No cast pouco ou nada de particularmente diferenciado, o protagonisto e entregue a uma quase desconhecia Asbille que é dedicada mas pouco mais. Ao seu lado temos um Wittrock algo diferente do que costumamos ver, que tem os melhores momentos, embora a personagem seja algo repetitiva.


O melhor - Noventa minutos rapidos.

O pior - Filme se calhar demasiado objetivo aos seus pontos


Avaliação - C

Sunday, October 27, 2024

Never Let Go

 Num Outono completamente marcado por filmes de terror, eis que mais um surgiu de grande estudio, com Halle BErry como protagonista maior, numa fase mais calma da carreira. Este filme saiu com grande promoçao comercial, mas os medianos resultados criticos colocaram logo o filme com bastantes dificuldades. Comercialmente mesmo estrando quase sozinho no fim de semana os resultados foram dececionantes tendo em conta que o filme tinha claramente objetivos superiores.

Sobre o filme podemos dizer que o filme ate se introduz bem, na dictomia entre acreditar nas crenças da figura adulta ou nas duvidas dos mais pequenos, o filme consegue alimentar isso ate ao momento em que o paranormal começa a aparecer e ai o filme fica quase sempre demasiado preso a uma premissa sem grande capacidade de crescer, sendo que o filme vai resisitindo graças as interpretaçoes interessantes dos mais pequenos, crescendo o filme quando a personagem adulta desaparece.

O problema do filme e que e dificil perceber onde se encaixa, nao e suficientemente assustador para ser um filme de terror, e o horror apenas tem curtos momentos. EM termos de suspense é daqueles filmes que alimenta um pouco a sua conclusao, mas sem alimentar ate a revelaçao. e isso faz com que o ritmo baixo do filme acabe por nao ser o mais eficaz.

Por tudo isto um filme claramente mediocre sobre uma especie de terror espiritual que nunca consegue surpreender o espetador, o qual fica quase sempre preso em demasia a duvida do filme, mas que o filme nao consegue alimentar ao longo de toda a sua duração. Num ano quase hiperativo de terror este e um titulo frouxo entre muitos.

A historia fala de uma mae que tenta incutir nos deus dois filmes a ideia que tem que estar sempre ligados a casa onde moram para se verem livres de forças diabolicas, prendendo os movimentos a uma corda, ate que estes começam a duvidar da formula da progenitora.

No que diz respeito ao argumento podemos dizer que é aqui que residem os maiores problemas desde logo porque a historia nao e propriamente muito bem construida. Nota-se que os dialogos querem acima de tudo sustentar as partes, mas nao conseguem levar a duvida ate ao fim.

Aja e um realizador ja com alguns projetos em hollywood ligado essencialmente a um terror de segunda linha onde encaixa perfeitamente este filme, que tem no terror visual a sua unica tentativa o que e curto para um filme de estudio, que demonstra o porque de uma carreira numa segunda linha.

No cast Berry esta longe do epicentro da sua carreira que inclusivamente lhe valeu um oscar, Uma personagem limitada onde perde claramente o filme para os mais pequenos que acabam por ser o melhor vetor do filme, pena e que o argumento nao consiga na maior parte das vezes acompanhar a intensidade dos jovens atores.


O melhor - Daggs and Jenkins


O pior - A forma como o filme poderia jogar muito melhor com as duas hipoteses


Avaliação - C-

Saturday, October 26, 2024

Canary Black

 Numa altura em que a Prime em colaboração com a MGM parece querer escoar todo o stock de filmes que tem em mão, eis que surge mais um filme, de ação, baseado numa heroina de ação e uma conspiração politica, filmada na europa de leste. Criticamente com a maior parte dos filmes do genero a receção foi claramente sofrivel, sendo que do ponto de vista comercial, preenchera por algumas semanas os anuncios da aplicação, mas pouco mais.

SObre o filme podemos questionar desde logo o que levou a que BEckinsale se torna-se numa heroina de açao de filmes serie B muito parecidos. Pois bem este é mais um sem grandes valores adicionais, apostando no estilo algo formal da atriz e quase inexpressivo com o tempo, gravações em cidades pouco comuns de ser visto, e mais do mesmo, um filme de serviços secretos previsivel e quase sempre monocordico com muito pouco de relevante.

Para quem viu os ultimos filmes de Liam Neeson basicamente temos um filme igual no feminino, ao que nao e estranho o facto do realizador desta obra ser o obreito de Taken e o impulsionar maximo da carreira de Neeson, o filme nunca é minimamente trabalhado em personagens e dialogos e temos sequencias de luta pouco ou nada interessantes.

Por tudo isto um mediocre filme de açao, que vai levando Beckinsale onde nao se expoem tanto a uma carreira com muitas limitaçoes de interpretaçao dramatica, mas de resto muito pouco, previsivel, pouco intenso e com quase nada diferenciador na abordagem para alem de levar a açao para uma cidade pouco comum de ser vista.

A historia fala de uma agente secreta que de repente ve o seu marido, que desconhece a sua faceta ser sequestrado de forma a uma organização criminosa encontrar um poderoso ficheiro que podera colocar em causa toda a ordem mundial.

O argumento e o basico neste tipo de filme, uma intriga com dimensão industrial, um ou outro twist, poucas paralvras, pouco conteudo e pouco interesse, sendo que normalmente e neste ponto que os filmes começam a falhar.

Na realziaçao do projeto Pierre Morrel teve um sucesso total em Taken e desde entao tentou replicar o formato nos mais diversos modos nunca mais tendo repetido o sucesso. Ele aproveita bem as localizações dos filmes mas pouco mais, numa carreira com muitos filmes mas pouca originalidade nos mesmos.

No cast temos o dominio de Beckinsale num tipo de personagem pouco ou nada exigente, numa atriz que nunca cresceu fora desta mecanização. Friend tenta ainda ganhar algum tempo no palco e marca o final da carreira de Stevenson, um ator que partiu e que tem aqui o seu ultimo registo.


O melhor - A localização do filme

O pior - Ja termos visto algo do genero em diversos formatos


Avaliação - D+

Friday, October 25, 2024

Wolfs

 O ano passado a Apple + esteve muito ativa na temporada de premios e lançou a expetativa de voltar a ter o mesmo repto lançando como ponto de partida este filme de açao com duas das maiores estrelas de cinema em confronto direto. Desde a sua estreia nos melhores festivais se percebeu que talvez o resultado critico do filme não fosse o melhor e a unica restia de esperança que o filme tinha era numa campanha comercial de ponta que a Apple em estreia direta dificilmente conseguiria dar.

Sobre o filme podemos dizer que é totalmente trabalhado para o confronto direto dos dois titas, e isso torna o filme em termos de narrativa algo preso, desde logo porque o suspense para perceber a historia nao e propriamente o melhor, mas pior que isso porque a forma como o filme se vai desvendando esta longe de ser o mais original. Por tudo isto fica a ideia que o unico elemento do ponto acaba por ser o casting e pouco mais.

No que diz respeito ao restante a sensação que o filme da e que e uma comedia que nunca consegue ser engraçada ou um filme sobre agentes secretos ou pessoas que resolvem tudo que continuam com o mesmo enigma desdeo inicio ao fim, sem grande fundamento. E inequivoco que os protagonistas funcionam bem um com o outro mas fica a clara ideia que o filme tem muita dificuldade em fazer render-se para alem desse ponto.

Assim um frouxo filme de um realizador que conseguiu ter sucesso nos seus SPider Man mas que fora desse estilo ainda nao se confirmou como cineasta acabando aqui por defraudar as expetativas, num filme que se calhar vai passar ao lado de muitos porque os seus pontos diferenciadores sao incapazades de o tornar visivel.

A historia fala de dois contratados que acabam por ser chamados para o mesmo serviço depois de uma procuradora ser encontrada no quarto de hotel com um jovem aparentemente morto e com muita droga, que leva a uma corrida de ambos para sobreviver e perceber o que realmente se passa.

O argumento do filme e essencialmente confuso, e os elementos sao insuficientes para o tornarem por si so proximo do publico. Podemos achar alguma graça a alguns momentos a dois nos dialogos mas pouco mais, sendo que quando se desvenda o espetador ja esta longe do filme.

Na realizaçao Watts e um realizador que teve essencialmente fama em Spider Man e tenta aqui uma carreira como cineasta mais que tarefeiro, mas falta qualquer coisa ao filme principalmente na arte de abordagem. Ficara para ja como um bom tarefeiro.

No cast temos Pitt e Clooney no lado mais estetico que marcou ambas as carreiras, no lado descontraido mas pouco mais, em dois atores que estao longe da melhor fase. Nos secundarios Austin Abrams tem bons momentos tentando passar para o cinema o sucesso de EUphoria.


O melhor - Pitt e Clooney funcionam juntos

O pior - O filme e que nunca funciona


Avaliação - C-

Tuesday, October 22, 2024

Brothers

Uma grande aposta da Prime para este Outono foi este duo filme de irmãos, numa espécie de Gémeos associado ao crime. O filme com uma clara tendência humorística tinha como particular destaque o seu valor comercial, que tudo tem para funcionar numa aplicação aberta como a Prime. Já no que diz respeito a critica as coisas não correram tao bem com avaliações medianas que acabaram por tornar o filme algo inoquo.

Assim temos o tipico filme duo, de companheirismo de duas personagens distintos e da ligação entre elas, neste caso uma peculiar dupla de gemeos ligados ao crime ao longo de toda a vida. O filme tenta ser descontraido, mas tem muitas dificuldade, na maior parte das vezes de concretizar as suas piadas. Fica muitas vezes a ideia que o filme tem um estilo muito mais cool do que funcional em termos de aproximaçao do publico.

No que diz respeito a intriga os avanços e desavanços na ligação das personagens acaba por ser algo indiferente para o lado que o caminho segue, embora seja o unico foco de interesse que desconhecemos como se ira desenvolver. Fica sempre a ideia que o filme tem muito mais materia prima do que aquilo que consegue resultar enquanto filme, e normalmente isso e um defeito assinalavel.

Por tudo isto um filme mediocre, com bons atores mas que tenta sempre achar ser uma comedia dark que nao tem propriamente uma graça natural. A abordagem e muito reta para o estilo de filme, e fica sempre a sensação que o filme é algo incompleto e que consegue ter algum tipo de diferenciação essencialmente nos seus atributos mais naturais. E um filme facilmente esquecivel.

A historia segue dois irmãos gemeos unidos durante toda a vida, numa familia associado ao crime, que acaba por ser reavivado com a saida de um dos irmãos da cadeia e o regresso da matriarca que leva a que todos acabem por fazer um novo plano para enriquecer.

O argumento do filme tem uma base tipica das comedias familiares, acentes em particularidades de personagens, mas a intriga tem dificuldade em alimentar a historia, ficando sempre a ideia de que o filme e algo orfão de ideias. Nao e propriamente funcional tambem em termos do valor comico das suas frases.

Na realizaçao o projeto e de Barbakow que tinha feito um trabalho muito interessante em Palm Springs, que apenas agora consegue ter a sua sequencia, num filme que sabe a pouco no risco, na abordagem artistica e no seu resultado. Fica a ideia que o filme acaba por ser quase sempre um telefilme com atores conhecidos.

No que diz respeito ao cast, Brolin e Dinklage dominam o filme, funcionam bem juntos mas as personagens ficam sempre aquem do que os atores poderiam dar. Close encaixa no que o filme quer dela, mas sem grande destaque. Fraser regressa ao lado negro depois do oscar na pior prestação do filme.


O melhor - A introduçao indicia um filme mais interessante

O pior - Fica a sensação que a maior parte das ideias fica pelo caminho


Avaliação - C-

Monday, October 21, 2024

Beetlejuice Beetlejuice

 Trinta e seis anos depois de Tim Burton em plena loucura inicial da sua carreira ter surpreendido o mundo com os seus peculiares fantasmas, introduzindo uma personagem única ao longo dos anos, eis que surge a sequela, com longo tempo de espera, mas que conseguiu chamar a si a maior parte dos elementos possíveis, com destaque no regresso de Keaton como a personagem que deu nome. A Warner apostou forte no filme e os resultados foram interessantes, comercialmente os resultados foram capazes, principalmente para um filme tão distante dos mais jovens e criticamente Burton funcionou dentro das possibilidades.

Eu confesso que pessoalmente e naquele tempo Beetlejuice foi um filme surpreendente em todos os aspetos, pela sua rebeldia, pela genica da personagem, pelo exagero dai que foi com alguma surpresa e expetativa que comecei a ver este segundo filme, não sem antes passar pelo primeiro e perceber que o tempo passou. Sobre este filme o mesmo mantem o que de melhor o filme poderia ter, Keaton na sua personagem, e aqui temos muito dos segredos e louvores que o filme tem que ter.

Outro dos pontos que funciona no filme acaba por ser os apontamentos de retrospetiva, quer nos momentos em que Burton da a sempre sua peculiar animação, ou o lado de cinema italiano de base, acabam por ser filmes dentro de filmes mas com os detalhes de realização interessantes, embora noutros momentos parece claro que temos um Burton menos impactante, mais colorido e muitas vezes mais convencional.

Não sendo um grande filme, nem tendo minimamente o carisma do primeiro filme, acaba por acionar o icon vintage a quem vai ver, desde logo pelo regresso de uma personagem iconica, embora fique a ideia que a personagem de Ryder e mesmo as outras possam ter perdido alguns dos sublinhando do primeiro filme, o filme resulta muito mais pelo Vintage do que pela inovação de qualquer dado novo para a historia que foi passando pelas gerações.

Apos a morte de Charles, a familia do mesmo, numa fase e com descendência regressa a casa onde tudo começou, acabando por despertar novamente Beetlejuice, e os seus objetivos, depois de ter ficado arredado demasiado tempo do mundo dos vivos.

O argumento nao arrisca muito em termos de inovaçao, sublinhando o que resultou no primeiro filme, mudando apenas a posiçao da personagem de Ryder, e introduzindo uma nova. De resto um filme que nao ser quer levar a serio, mas que acaba por ser mais do mesmo.

Burton e um realizador iconico que acabou por ter uma carreira que a determinada altura se pensou que poderia ter ido mais longe do que o lado comercial. Aqui esta numa fase comercial, mais clara, onde consegue captar o lado estranho da personagem, mas mesmo assim com muito mais cor do que o primeiro filme.

No cast Keaton constrou bem a personagem no primeiro filme e a sua caracterização nao faz com que os anos a tornem estranha. Pior Ryder que a carreira foi desaparecendo, sendo percetivel que Burton gosta de Ortega e a sua face, e isso esta presente nos planos do filme.


O melhor - Beetlejuice himself

O pior - Ficar com a sensação que trinta anos depois o que sai e pouco


Avaliação - C+

Saturday, October 19, 2024

The Killer's Game

 Existem projetos que surgem de uma forma quase instantanea que mais não servem do que potenciar ao maximo o valor do seu protagonista como heroi de ação, num filme que pode marcar a transformaçao de Dave Bautista antes de se tornar um ator mais serio. Este projeto pago essencialmente com dinheiro europeu, como a maioria dos filmes deste genero falhou totalmente na critica com avaliaçoes negativas. Comercialmente o filme ainda conseguiu uma expansao wide nos EUA mas o resultado foi pessimo percebendo-se de uma forma inequivoca que o ator ainda nao e ancora sozinho para nenhum projeto comercial.

Sobre o filme podemos dizer que temos o tipico filme da açao com muitas mortes e pouca historia, contudo percebe-se rapidamente que o filme é quase sempre mais um videoclip com muito sangue do que uma historia articulada com qualquer tipo de sentido, onde acabam por tornar tudo mais absurdo desde a aplicaçao de matança, desde o sangue que jorra com uma cor demasiado viva, ou mesmo a fisionomia quase anormal deBautista.

Fica a ideia que o filme nao falha so na ação ou na tentativa de grafismo da violencia, falha numa tentativa de humor que nunca percebemos de forma clara se o filme pensou muito nisso ou sao reflexos,  ja que raramente funciona mas acima de tudo fica sempre a ideia que fica alguns pontos por estabelecer. EM termos de intriga o anti climax final da morte da vila e algo que sinceramente nao se compreende.

Por tudo isto temos um filme para encher o curriculo de Bautista, e um teste a sua capacidade para liderar um filme o que acaba por ficar muito aquem em todos os niveis do que se esperava, onde a fisionomia do mesmo nao permite ser um ator carismatico de filmes deste nivel, enfim um filme pensado quase sempre para ser um claro floop.

A historia segue um assassino profissional que se quer retirar devido ao facto de se ter apaixonado, mas que descobre que sofre de uma doença degenerativa grave que leva a que ele proprio contrate outros assassinos para o matarem.

Em termos de argumento podemos achar alguma curiosidade a ideia de base, mas a sua materealizaçao e quase sempre sofrivel, quer nos secundarios que vao entrando, mas acima de tudo na forma como o filme se resolve a si proprio. Nao  e propriamente um filme rico do ponto de vista de humor com tentativas isoladas.

Na realização JJ Perry podemos dizer que o seu filme anterior para a Netflix nao tinha funcionado em pleno e aqui tem um filme que tambem falha. O filme tenta ter um aspeto grafico inovador mas que nunca funciona pela falta de realismo. Um realizador de filmes mexidos mas pouco mais.

Bautista e o heroi do filme numa das suas tentativas a solo, mas o resultado nao funciona, quer pela fisionomia exagerada neste filme, quer pelas dificuldades que tem para alem das sequencias de açao. Esperamos que a sua anunciada mudança fisica o possa conduzir para outro tipo de filmes. Nos secundarios e claramente dificil perceber Kinglsey neste tipo de projetos.


O melhor - Budapeste

O pior - A forma como o filme tenta ser cool nunca conseguindo ser


Avaliação . D+

Thursday, October 17, 2024

Speak No Evil

 


Os remakes de sucessos europeus e algo que tem sido muito comum e torna-se quase imediato quando as ideias dos filmes de base tornam-se em fenómenos mediáticos. Estar a falar de um remake de um filme de base de 2022, que foi lançado em 2024 e com atraso na sua divulgação é quase único, e a versão americana conseguiu boas avaliações criticas num género de terror que nem sempre e fácil de implementar, sendo que do ponto de vista comercial os resultados foram consistentes sem serem brilhantes.

Sobre o filme podemos dizer que o terror psicológico e de longe mais funcional do que filmes metafísicos e o filme e térreo do primeiro ao ultimo minuto, conseguindo o impacto das personagens e do implícito seja muito mais impactante do que qualquer outra escola. O que funciona no filme é o lado enigmático do que vimos de um dos lados e as fragilidades do outro que se complementam do primeiro ao ultimo minuto

E nesta complementaridade entre personagens e casais que o filme funciona, porque se percebe que um lado procura ser o outro colocando-o numa claustrofobia total e isso deixa a tensão e a escalada aumentar. A personagem de Aton e o balanço para o espetador passando da descontração ao terror, o filme vai fazendo esse balanço e ritmo entre o aproximar e o distanciar onde foge ao filme talvez ser demasiado declarado na publicitação em que acaba por expor demasiado o final do filme.

Sem sombra de duvidas um bom thriller onde principalmente a personagem de McCvoy consegue ir para um ritmo elevado de tensão, acabando por ser um filme que cumpre os seus requisitos e ambições, sendo ao mesmo tempo um bom filme de entretenimento com um filme que encaixa bem as suas personagens naquele espaço.

A historia fala de um casal com uma filha com alguns problemas emocionais que cria contacto com um outro agregado numas ferias e acabam por ir passar ferias a uma casa de campo destes últimos onde alguns comportamentos começam a desvendar o que poderá estar por trás de tal família

Em termos de argumento temos uma historia de terror que parece básica mas o filme tem a habilidade de conseguir encaixar as personagens de uma forma complementar nos seus espaços particulares. Mesmo naquilo que e a caracterização das personagens o filme vai a alguns pormenores na forma como deixa em suspense para onde elas vao.

Na realização o projeto foi assinado por James Watkins que já tinha tido alguns filmes razoáveis ainda no terror. Aqui não e um filme muito trabalhado ou com um terror muito visual, vivendo essencialmente da interpretação central e do argumento. Demonstra pelo menos capacidade de dar intensidade aos seus projetos.

No cast o filme tem McCvoy em grande plano, intenso, enigmático nos diversos momentos e a ancora da iconsistencia que o filme quer ter. E um ator num bom momento com mais riscos nas suas atuações e aqui sai premiado. Ao seu lado principalmente Davis e a heroína do filme, numa disponibilidade física forte que a torna numa atriz consistente

 

O melhor – A forma como os lados se encaixam nos seus paradigmas

O pior  - Explica com limitações a origem de tudo

Avaliação - B

Monday, October 14, 2024

Lonely Planet

 Num mês em que a Prime e a Max estão em clara acelaração surpreendia o facto da Netflix ate ao momento ter tido um Outubro pausado, ainda para mais num mes normalmente marcado pelo arranque a temporada de premios. Mas a estreia da Netflix este mes deu-se num estilo romantico, apostando em potenciar o turismo de um pais especifico, algo que e muito habitual em alguns projetos da produtora. Esta aventura amorosa estreou com mediania critica, sendo que comercial tem alguns ingredientes que o podem tornar apetecivel para os menos exigentes.

O filme é o expectavel numa comedia romantica com a diferença de idades, não tenta trabalhar muito as personagens, estando mais preocupada em as colocar num espaço particular, que acaba por nos primeiros 45 minutos ser o protagonista maior do filme. No restante temos depois o desenvolvimento esperado e a conclusao pelo livro, num filme basico, pouco original, onde apenas as paisagens marroquinas diferenciam em alguns pontos.

Um dos problemas dos filmes romanticos por si so, e que ou sao diferentes em todos os pontos nas personagens ou exigem um humor que neste caso nunca aparece tornando-o num pastoso filme amoroso, onde as personagens parecem personagens da novela das 7 num filme que caminha rapidamente e com todas as curvas necessarias ao caminho mais comum.

Ou seja um filme para encher a biblioteca netflix, que nos tras atores de uma primeira linha, principalmente Hemsworth se calhar a ser potenciado para o seu The Witcher, num filme de processos basicos e objetivos curtos, que serva tambem como bilhete postal a marrocos, daqueles filmes que tudo se percebe onde quer um, mas a qualidade artistica nunca e um atributo assinalavel do filme.

A historia segue um casal jovem, onde o elemento sente-se de lado de um grupo mais intelectual, ate ao momento em que o mesmo começa a interagir com uma escritora de renome que escolheu aquele pais para ganhar alguma inspiraçao para o seu proximo livro.

O argumento e acima de tudo simples, processos do mais basico que recordamos num filme que segue sempre o trajeto seguro e pouco mais. Fica a ideia que para o filme tem maior valor teria de ter ou um humor mais eficaz, o que nunca pensa em ter, ou personagens mais trabalhadas.

Na realizaçao do projeto temos Grant uma realizadora que teve em UNbelivable o seu maior sucesso numa serie de televisao, que aqui surge num estilo algo diferente, num filme romantico em que usa os atributos completos da Grecia para fazer o filme sentir-se melhor e mais bonito, mas pouco mais, num telefilme basico.


O melhor - A grecia

O pior - Ser um filme completament by the book de inicio ao fim


Avaliação - C-

Saturday, October 12, 2024

The Wild Rotbot

 Nos ultimos anos a Disney e a Dreamworks andaram separados do sucesso no mundo de animaçao o que fez aparecer outro tipo de projetos que foram ganhando a sua dimensão. Contudo este ano marca o regresso das duas grandes produtoras aos grandes filmes, e se Inside Out 2 parecia fazer pender a balança para a Disney esta resposta da Dreamworks surpreendeu toda a comunidade de cinema com um resultado criticpo avassalador e um registo comercial que começou a medo, mas com o passa a palavra começa a ganhar dimensão, sendo sem duvida um dos filmes melhores avaliados do ano.

Sobre o filme podemos dizer que o primeiro ponto em que este consegue entusiasmar o publico e na realizaçao e na produçao as sequencias iniciais, debaixo e por cima de agua, o movimento, o rigor, a capacidade de encaixar a musica a perceito fazem de imediato percebermos que estamos perante um filme de primeira linha de uma Dreamworks algo separada do sucesso nos ultimos anos, mas o que vimos depois sustem ainda mais a confirmaçao que estamos perante a melhor obra da produtora.

E tudo começa na simplicidade da emoçao, na facilidade com que o filme atinge uma capacidade de transmitir emoçoes unicas em cada personagem, na forma como consegue ser subtilmente engraçado sem nunca ser exagerado, na forma como consegue encaixar todos os seus elementos num filme que quer passar as melhores emoçoes possiveis e o faz da melhor maneira que vimos recentemente num filme de animaçao.

Se a historia for justa com este filme temos um classico estantaneo que podera ser vencedor dos Oscar da categoria porque e um filme que roça a perfeiçao na maior parte dos seus elementos. Podera no inicio ser algo parado o que para os mais pequenos pode ter um arranque dificil, mas depois e um filme que encontra a perfeita toada de comunicar simplesmente emoçoes e isso nao viamos a muito em cinema de animaçao.

A historia fala de um robot que acaba por ser perder na selva acabando por interagir com os diferentes animais, completamente opostos a sua natureza ate ao momento em que o mesmo acaba por começar a criar um ganso, com quem cria uma ligaçao unica na companhia de uma rapoza.

O argumento e tudo aquilo que quer ser nos objetivos e na força moral que o guia ao longo de toda a duração. Nao e particularmente um filme original na sua abordagem ou no seu desenvolvimento mas encontra a forma quase perfeita de comunicar os seus valores e isso normalmente e o segredo do sucesso.

Na realizaçao Sanders tem sido a estrela da Dreamworks sendo os seus projetos de base o que melhores resultados tem trazido a produtora e agora volta a repetir num trabalho tecnico impressionante que demonstra que a animaçao ainda pode crescer. Fica a sensação que a DIsney depois de Lillo e Stich nao percebeu que poderia ter aqui o seu grande pensador da fase seguinte, perdendo-a para a sua rival

No cast de vozes em virtude de ter visto a versão portuguesa nada poderei opinar sobre as escolhas de base.


O melhor - Os valores e emoçoes que transmite

O pior - Pode ser muito pelo livro para quem espera mais inovaçao


Avaliação- B+

Apartment 7A

 Decadas depois de Roman Polanski ter lançado o seu Rosemary's Baby um dos classicos de terror do cinema eis que a Paramount, diretamente para a sua aplicação trouxe uma especie de sequela, prequela ou spin off consoante o gosto, que estranhou essencialmente o facto de ser lançado na aplicação de pouco alcance. Criticamente as coisas nao foram brilhantes para o projeto com avaliações medianas, por sua vez comercialmente a Paramount + ainda nao tem a abrangencia para conduzir qualquer projeto a sucesso imediato.

Sobre o filme podemos dizer que começa com um ritmo interessante, na apresentação de personagens na densidade do acontecimento ate ao momento em que tudo se revela e ai o filme cai nos esteriotipos tipicos deste filme de posse deminiaca, onde apenas se salva determinados momentos do casal protagonista que ja tinha sido o segredo do primeiro filme, ja que tudo o resto segue a linha demasiado obvia..

O hiato temporal entre o filme original e este podera conduzir a que este nao seja totalmente presente, o filme nao necessita particularmente disto para alem da curiosidade ja que se cria por si so. Nao e propriamente um filme com grande novidade e risco, principalmente no que diz respeito a abordagem estetica onde fica claramente a ideia que em face do historico da historia poderiamos ter mais risco neste particular.

Fica o seguimento de um filme que parece que a maior parte das pessoas ira esquecer, quer pela mediania exagerada do filme mas essencialmente porque o veiculo de transmissão do mesmo nao permitiu a dimensao comercial que o deixasse ser significativo, sendo que em face do resultado mesmo com outra estrategia o desfecho dificilmente seria outro.

A historia segue uma aspirante a atriz de musical, que depois de uma lesao acaba por ser albergada por um casal simpatico, num apartamento onde tudo começa a correr bem, mas em troca de um segredo bem mais forte do que a mesma poderia em algum momento imaginar.

O argumento do filme e proximo da historia de base alias, a base e a mesma. O filme funciona bem na caracterizaçao e presença do casal protagonista, menor naquilo que e a intriga central que acaba sempre por ir ter ao lado mais simplista deste tipo de abordagens.

Para realizar o filme foi a tarefa entregue a Erika James uma jovem realizadora essencialmente de curtas que tinha a tarefa de tentar se aproximar ao trabalho de Polanski, sem o conseguir, O filme tenta ser musical, intrigante mas acaba por ser demasiado claro para o que quer ser, se calhar porque a fasquia pudesse estar demasiado elevada.

O cast e competente, Garner como todos conhecemos sem essa intensidade que o papel necessita mas acaba por ser em Wiest e Mcnailly que o filme tem os seus principais recursos na dualidade que se quer da personagem. Strugges funciona pior num ator que muitos ja pensaram que teria uma carreira bem mais promissora.


O melhor - O casal de protagonistas

O pior - Com o peso de um passado, o filme teria de ter muito mais impacto


Avaliação - C

Friday, October 11, 2024

Caddo Lake

 Depois de diversos meses sem qualquer movimento em termos de cinema nao deixa de ser surpreendente o facto da Max em duas semanas lançar dois projetos distintos, este produzido por M Night Shylaman com um elenco de jovens atores de uma segunda linha, mas que chamou a atençao por ter os twist tipicos do realizador. Criticamente o filme ficou pela mediania, resta saber se tara a capacidade, sem figuras de primeira linha para se fazer render do ponto de vista comercial.

O filme começa com um ritmo demasiado lento para o que quer transmitir, apresenta as duas personagens centrais, mas rapidamente percebemos que o protagonista maior e o lago. Com o espoletar do acontecimento central do filme, acabamos por ser conduzido para uma procura de respostas onde entra o que de melhor Shylaman consegue fazer que sao twist, neste caso e surpreendente embora confuso que conduza a um final possivel mas nao totalmente satisfatorio.

O problema do filme começa principalmente pelo baixo ritmo inicial, quando o filme arranca para as revelaçoes o publico esta adormecido e o impacto acaba por nao ser o esperado, embora esforçado na ideia. Para quem viu Dark podemos dizer que a base e proxima, mas quem teve dificuldade em entender a famosa serie alema nao vai ter a vida facilitada neste.

Por tudo isto e um filme arriscado que deixa sabores duais, nao e propriamente um filme que funciona nos seus ambiciosos objetivos mas tambem nao podemos deixar de reconhecer o esforço, mesmo que o caminho preocorrido ate aos mesmos devesse ser mais potenciado em termos de personagens, ação para dar mais força as suas revelaçoes.

A historia segue uma jovem que zangada com a familia ve a sua irmã desaparecida, aparentmente no lago quando foi a sua procura e um jovem que procura respostas para o desapareciemento da mae, duas historias ligadas a um lago que podem ter uniao.

O argumento tem uma base distante mas no final fica um argumento ambicioso, dificil e arriscado. Nao podemos dizer que sai tudo bem, porque esta longe disso, mas deve-se louvar o merito de se afastar do lado mais convencional. Fica a ideia que no mais facil, na introduçao deveria ser melhor potenciado.

Na realizaçao Shylaman entregou a batuta a uma dupla desconhecida com alguns projetos razoaveis para televisao, para um filme com o mesmo objetivo. Nao temos muito trabalho de camara nem muita arte deixando o argumento fluir e nisso acaba por ser uma opçao sensata.

No cast O Bryan foi um ator que durante muito tempo se pensou que pudesse ser uma estrela emergente que nunca concretizou, aos poucos tem aparecido em filmes menos ambiciosos, mas fica-se com a ideia que alguns atributos que podem funcionar para alem do heroi juvenil, ao seu lado Scanlen tambem ja esteve mais proxima do reconhecimento critico embora demonstre aqui competencias para ser uma atriz a seguir.


O melhor - A revelaçao

O pior - A introduçao demasiado lenta


Avaliação - C+

House of Spoils

 Com a Prime e a Max num alvoroço de estreias de filmes de terror ou horror psicologico, eis qque a Prime juntou terror e alta cozinha num unico filme, o qual acaba por ser mais de horror e nojo do que propriamente de terror. Com Debose como protagonista este filme estreou com criticas sofriveis, algo que tem sido continuo nas apostas diretas para streaming e perante tantas estreias nao me parece que o terreno comercial do filme acabe por ser tambem uma primeira linha.

Sobre o filme podemos dizer que o inicio parece um episodio da Wish da The Bear pelo detalhe gastronomico, pelas relaçoes dentro da cozinha, mas levado a um extremo e sem a riqueza concetual da serie. Rapidamente o filme se transforma em algo que sinceramente e dificil perceber o que, poderiamos ter um filme sobre a ambiçao desmedida e aqui o filme ate poderia resultar, mas acabamos num registo de bruxas e feitiços que acaba por tornar tudo muito absurdo, principalmente na conclusao.

O espaço para onde o filme vai desde logo nao e o mais adequado para o lado do paladar que o filme quer ter, caso contrario nao passaria mais de grande parte do filme nos detalhes gastronomicos e sensoriais, o problema e que o depois o filme quer impressionar pela negativa e ai nao funciona, principalmente porque os curtos efeitos especiais do filme tambem nao acompanham o realismo que o filme quer ter.

Basicamente um filme para encher a grelha com mais uma obra de terror de segunda ou terceira linha, que tenta ir buscar o inputo do sucesso que The Bear foi com muitas aproximaçoes ainda que trabalhadas pela rama, e por fim o explodir de uma historia de bruxas e bruxedos cujo o resultado e fraquito.

A historia segue uma ambiciosa chefe de cozinha que aceita o desafio de um novo restaurante numa casa abandonada mas um projeto ambicioso. Com a ida para o espaço percebe que o mesmo esta longe de ser o sonho de qualquer chefe na limpeza, mas rapidamente descobre segredos para que tudo corra bem.

O melhor - O filme poderia ter ingredientes para ser no minimo funcional, mas querer num filme pequeno tratar tanta coisa como ambição, alta cozinha e bruxaria so poderia resultar em confusao que o filme acaba por ser ficando sempre a ideia que muitas das vezes o filme nao tem planos para onde quer ir.

A realizaçao ficou a cargo de uma dupla de realizadores quase desconhecidos com alguns trabalhos mais visiveis na televisao, um nicho que a maior parte dos projetos de segunda linha de streaming acabam por captar. O filme nunca tenta ser artistico e tem algumas dificuldades em usar os efeitos especiais curtos, o espaço acaba por ser o seu melhor elemento.

No cast Ariana DeBose e daqueles casos que nao soube o que fazer depois do oscar ganho, diversos projetos, a maioria deles caoticos com interpretaçoes pouco interessantes. Aqui ate podemos achar que a personagem e a quem tem mais elementos para brilhar, nao sei e se a atriz os utiliza da menor maneira, numa interetaçao algo bipolar. Os secundarios sao adornos ao filme.


O melhor - O lado da ambiçao desmedida da personagem

O pior - A falta do filme assumir um genero ou uma ideia


Avaliação - C-

Wednesday, October 09, 2024

The Forge

 Os filmes cristãos tornaram-se num genero cada vez mais ativo e com participantes de Hollywood o qual cria carreiras proprias e autonomas tendo mesmo ultimamente estado associado a vertente politica com o explorid da Angel Studios. Fora desta luta parece estar Alex Kendrick o criador de alguns dos conteudos de maior sucesso do estilo que este ano surgiu com mais um filme e algumas personagens do seu sucesso em War Room. O resultado critico e sempre duvidoso mas comercialmente as coisas voltaram a funcionar com este pequeno filme.

Sobre a historia podemos dizer que temos uma historia de redenção igual a todas as outras que se baseasse apenas nisso e tivesse noventa minutos cumpria com simplicidade o seu proposito, seria facilmente esquecido mas nenhum mal vinha ao mundo por isso. O problema e que estes filmes tem de ir ao exagero da pratica da religião desligando quase todos os outros pontos e ai é exagerado e parece forçado.

Outro dos problemas claros deste tipo de filme, e que pese embora os resultados fortes do ponto de vista comercial, devido a limitaçao da sua historia tem sempre muita dificuldade em que chamar a si bons interpretes e novamente o filme e muito limitado neste particular com formulas quase de telenovela de segunda linha, muito por culpa de personagens tambem unidirecionais sem grande proposito.

Por tudo isto The Forge marca uma agenda particular, claramente cristã, mas novamente fica a sensação de uma pandemia de filmes pouco elaborados com uma mensagem catolica exagerada que acaba por deixar pouco espaço para obras mais criativas que poderiam ter o mesmo vetor. Fica a ideia que e cinema para desgaste rapido e para uma população que gostaria apenas de qualquer referencia.

A historia segue um jovem perdido, algo desligado dos seus objetivos, que começa a ganhar alguma responsabilidade no momento em que interage com um empresario de renome que tenta o conduzir para o bom caminho, com a introdução numa cadeia relegiosa de redençao.

O argumento e normalmente sempre igual, personagens simples, esteriotipadas, e uma redenção que serve o proposito da catequese que o filme quer dar. Nesse particular nada de novo na mensagem, no caminho para a mesma mas acima de tudo na falta de impulso de outros fatores.

Na realização Kendrick e uma das figuras maiores do genero principalmente pelo sucesso de War Room. Os filmes sao capatados como se de uma novela de segunda linha se concretizasse com poucos ou nenhum artefacto diferenciador.

No cast um conjunto de desconhecidos normalmente atores que se dedicam em exclusivo a este tipo de filmes com exageros, momentos de interpretaçao duvidosa mas que tem aqui provavelmente o filme com mais publico das suas carreiras.


O melhor - A mensagem e sempre positiva

O pior - Mas as referencias exageradas a uma relegiao e ao seu fanatismo é demais


Avaliação  - D+



My Penguin Friend

 Nos ultimos tempos o cinema tem entrado numa dimensão em que os argumentos são cada vez mais rebuscados num cinema que exige atenção maxima, dai quando surge uma historia essencialmente de coração a nostalgia surja e comecem a ser estes pequenos projetos bem avaliados, ainda para mais quando tem por base uma carinhosa historia real. O maior ganho deste filme acabou por ser a capacidade que teve de ter uma distribuição wide nos EUA, mesmo que fosse um filme com poucos elementos sedutores para alem de avaliações criticas razoaveis.

Este é um filme pequeno com muito coração, e um filme para sentir, mais do que para ser diferenciado, já que tem poucas, ou quase nenhumas palavras, que é previsivel, mas acima de tudo ao ser baseado numa insolita historia real transmite emoçoes verdadeiras e nisso o filme funciona, na capacidade essencial de fazer o espetador sentir.

Claro que e um filme com uma toada ligeira, que arrisca pouco, que segue quase o ritmo de telenovela juvenil, na forma como que tudo corre na forma positiva, nao obstante do seu inicio melancolico acompanhar a personagem ate ao final. A historia e curiosa, principalmente na ligaçao da personagem animal a humana, embora o filme a determinada altura introduza novos elementos que acabam por nao ir a nenhum lado.

Por tudo isto um filme simples para passar tempo e fazer sentir, esse e o objetivo maior do filme e consegue na plenitude pois e um filme com coração. mesmo que no restante caia em algum esteriotipo na resolução de alguns pontos o cinema do filme tem objetivos muito particulares e consegue-o na maior parte das vezes com movimentos simples.

A historia fala de um pinguim que nada diversos quilometros para travar uma relação proxima com um pescador marcado pelo infortunio de perder um filho, e que se torna numa historia viral que capta a atençao de todo o mundo.

O argumento do filme e facil, deixar que as imagens transpareçam a relaçao que se criou entre dois protagonistas bem distintos, o filme consegue isso ao ser silencioso, ao deixar interagir mais do que tentar fazer de si o protagonista, e quando assim é o sucesso acaba por ser mais proximo.

Na realizaçao do projeto temos Schurmman um veterano realizador de documentarios que tem aqui uma obra de ficção com base real. Nota-se a forma como gosta que as imagens acabem por contar a historia e isso acaba por ser a influencia do seu percurso. Poderia ter um filme mais juvenil mas o realizador tentou ser mais intimista e isso resultou.

No cast temos um Jean Reno mais velho, algo afastado dos filmes de açao que marcaram a sua carreira, mas que funciona na ternura da relação ja que se torna um ator muito expressivo na face e ajuda a ligação. A calma de Barraza da ao filme o impacto emocional que o mesmo quer ter


O melhor - O coraçao do filme.

O pior - Talvez demasiado simplista em todos os outros processos


Avaliação - B-



Cuckoo

 O terror tem sido o genero que tem pautado o ano, e nem estamos a falar das obras mais convencionais em termos de abordagem, mas ficou a ideia que a intensidade psicologica e estetica na maior parte das vezes chega para suportar um filme. Eis que surgiu esta produçao realizada na alemanha, que estreou em festivais pequenos com boas avaliações e que com isso conseguiu uma estreia com dimensão wide que no entanto teve resultados algo rudimentares.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo tem um arranque interessante na forma como apresenta e conduz as personagens para determinado lugar e acima de tudo como as coisas começam a acontecer. O problema do filme e o seu desenvolvimento e efetivamente o que ele acaba por ser na sua conclusao, onde nos parece confuso, de impacto reduzido para alem da vertente estetica em que efetivamente funciona.

Fica sempre a ideia de personagens algo perdidas em termos do lugar de onde vêm e para onde vão, fica a ideia que o filme deambula sobre si proprio tentanto na maior parte do tempo ter um impacto ou uma explicação que acaba por nunca ter, para alem de uma analogia a cukoos e outra especie que para dessa curiosidade pouco acaba por ter em termos do que transmite.

Por tudo isto temos um filme de terror concetual, que nunca consegue ser impactante pela sua resolução confusa onde as imagens e os gritos acabam por si so por nao resgatar o filme. Numa altura em que o cinema e principalmente as abordagens mais concetuais do terror tem marcado, fica a ideia que este filme e muito mais estranho do que impactante.

Temos uma familia disfuncional que regressa a um resort na alemanha, onde a filha mais velha ainda enlutada pela morte da mãe começa a perceber a ocorrencia de comportamentos estranhos no alojamento principalmente depois de começar a colaborar na receçao do mesmo.

O argumento do filme acaba por ser na sua analise mais superficial confusa e complexa. Fica a ideia que existe uma boa introdução que nao tem seguimento no epicentro narrativo, e quando tal acontece fica a clara ideia que o filme se perde.

Na realizaçao o projeto foi assinado por Tilman Singer um realizador alemao que tem aqui o seu projeto mais internacional, fica a ideia que em parametros curtos o realizador consegue tirar, na maior parte das vezes, o impacto que quer ao filme, visual e de som, mas o resultado final e mais estranho do que sedutor.

No que diz respeito ao cast a aposta na atriz trans Schafer da a personagem a ambiguidade que a mesma quer ter do primeiro ao ultimo minuto. Ao seu lado temos um Stevens que funcionou sempre melhor em personagens estranhos do que propriamente em papeis para o menino bonito.

O melhor - Os primeiros vinte minutos.


O pior - A espirar de confusão que o filme acaba por se tornar


Avaliação - C-

Monday, October 07, 2024

Salem's Lot

 Em 2024 não foi propriamente comum a Max apostar em filmes dirigidos diretamente para a aplicação, dai que este filme de terror apenas poderá ter algum sentido em face da hiperatividade do género na aproximação ao Halloween. Um filme que acaba por ser uma produção de estúdio sem grandes atores ancoras, que tenta trazer os vampiros à ordem do dia num dos livros mais conhecidos de Stephen King. Os resultados críticos do filme foram medianos, e comercialmente tudo aponta que atualmente a Max tenha determinado tipo de conteúdos, nas series mais interessante.

Sobre o filme podemos dizer que temos um ligeiro filme de terror sobre um vampiro a assombrar uma pequena cidade e depois tudo o que estamos habituados num género mais tradicionalista de terror o qual tenta apenas assustar na imagem do seu vilão e pouco mais. Alias podemos dizer que pese embora seja terror, temos um terror familiar com vampiros, mas acima de tudo com personagens que vão passando para o outro lado até aos resistentes finais, num estilo muito em voga nos anos 90.

Alias e nesta homenagem que podemos dizer que o filme tem o seu maior mérito, já que tudo o resto e previsível, pouco ou nada trabalhado em termos de personagens ou qualquer inovação em termos do desenvolvimento, fica bem integrado o facto da ação estar numa pequena cidade do interior americano com todas as suas circunstancias temporais, mas pouco mais.

Por tudo isto podemos dizer que temos um filme soft de terror com poucos elementos que o tornem diferenciador para alem do contexto temporal algo vintage, mas que acaba por ser entertenimento basico. Nao e um filme que consiga impressionar, com um registo de base que acaba por ser uma forma simples de marcar presença numa epoca cada vez mais preenchida por terror de segunda.

A historia segue uma pequena terra onde um escritor surge ao mesmo tempo que um vampiro começa a atacar os habitantes de uma pequena cidade colocando-a toda em risco, e onde os sobreviventes unem esforços para contrariar o destino.

Em termos de argumento tempos pouco de novo, uma historia igual a muitas outras, que nunca tenta ser particularmente escura, com alguns toques de terror juvenil, que segue um caminho algo simplista sem grandes  explicações ou grandes personagens para o seu resultado facil

Na realizaçao o projeto foi assinado por Dauberman um habitual colaborador de grandes produtoras no que diz respeito ao argumento de terror, que ja tinha tido uma estreia em Anabelle 3, que tem aqui um filme muito soft para terror, ficando a ideia que muitas vezes estamos mais dentro de um episodio de Stranger Things do que num filme de terror, mas e um genero que ja teve a sua moda no passado.

No cast poucos atores conhecidos mas muitos numa segunda linha a esperado so seu momento. O filme nao e particularmente prodigo em interpretaçoes ja que procura essencialmente a imagem e o lado mais sanguinario. Temos Pullman Jr a ganhar espaço, mas nao e propriamente um filme com muitas conclusoes neste particular.

O melhor - O terror familiar estava em desuso.

O pior - Tudo demasiado previsivel e algo colorido


Avaliação - C

Sunday, October 06, 2024

Hold Your Breath

 Outubro com a aproximação do Halloween e sempre uma epoca onde as produtoras, mas essencialmente as aplicações de streaming começam a lançar os seus produtos sendo que a hulu com o patrocinio da Disney + acabou por apostar neste filme de terror psicologico de epoca, que acabou por ser recebido com alguma indiferença, sendo que comercialmente o vetor Paulson pode dar um impacto mas nao nos parece um filme para dominar visualizações.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme intenso, curto, nem sempre percetivo naquilo que quer transmitir e que tem em Paulson a sua maior virtude pela capacidade da atriz conseguir mudar a personagem consoante as necessidades e isso faz com que o filme consiga aos poucos se ir transformando com momentos de impacto psicologico interessante para terror embora fique sempre a ideia que alguns dos pontos ficam muito por esclarecer.

Esteticamente o filme joga bastante com o desconhecido e mesmo com alguma claustrofobia das poeiras e isso o filme transmite bem, principalmente pelos seus interpetes, depois nao e propriamente original seguindo os passos tipicos de um filme desta natureza, sendo o final aberto quase impercetivel no seu significado deixando algumas perguntas por responder.

Mesmo assim e sem que seja uma obra de referência ou diferenciada cumpre os seus objetivos, principalmente por culpa de Paulson, que acaba por criar o impacto na sua personagem que o filme quer ter no espetador, ficando a sensação que tudo o resto e trabalhado pela baseline, mas as vezes essas escolhas acabam por colocar menos risco no filme.

A historia fala de uma mãe e duas filhas, marcada pela perda de uma filha mais nova que vive obcecada pelas consequencias que as tempestades de areia podem trazer para a saude das suas filhas, mas acaba por tudo ficar mais impactante quando descobrem que um individuo dorme no celeiro com objetivos desconhecidos.

O argumento do filme e simples, com processsos basicos no terror, demasiado aberto na fase final o que pode tirar algum impacto da sua resolução. Nao e um filme que procure propriamente ir buscar grandes personagens mas sim a sua historia.

Na realizaçao o projeto e assinado por uma dupla de realizadores oriundos da televisao, que tem um trabalho razoavel na forma como tornam o desconhecido como o objetivo a temer. Os jogos de camara sao os tipicos do terror de estudio, mas no final o filme cumpre os objetivos neste particular.

No que diz respeito ao cast, e Paulson domina o filme do primeiro ao ultimo minuto com recursos com capacidade interpretativa que a tornam numa atriz de primeira linha. AO seu lado bons papeis das mais pequenas e um Moss Bachrach a ganhar espaço em Hollywood ainda que aqui com tempo limitado.


O melhor - A interpretaçao de Paulson

o Pior - O final demasiado aberto no combioi


Avaliação - C+

Saturday, October 05, 2024

Blink Twice

 Nesta entrada em Outono surgiu este peculiar filme realizado por Zoe Kravitz a qual tras uma versão diferente de Tatumm como ator de terror, mas acima de tudo ficou marcado pela similaridade que o argumento acabou por ter com as polemicas Freak Outs de Puff Diddy. O filme estreou com boas avaliações as quais valorizaram a intensidade que o filme conseguiu ter. Comercialmente os resultados foram razoaveis embora Tatum poderia valer mais dolares.

Sobre o filme podemos dizer que misterioso e na primeira parte nao conseguimos perceber muito o que esta a ocorrer, a base das personagens, os seus objetivos e o porque, sendo quase um video clip de festas de ricos e pouco mais. Com a entrada na intriga o filme consegue uma intensidade muito potenciada pelo lado expressivo das personagens sendo que nessa fase o filme acaba por optar entre o lado mais intenso da historia e algum humor.

Claro que o ponto de debate e aquele que de alguma forma tem sido mais discutivo acaba por ser a clara similiaridade com as polemicas de Diddy, nao sabemos se Kravitz sabia algo que todos desconheciam mas acaba por ser uma feliz coincidencia que da a este filme de terror um impacto diferente. Em determinados momentos fica a ideia que o filme e mais excentrico do que propriamente eficaz mas nao deixa de ser uma interessante abordagem.

No final o filme volta a arriscar e aqui acaba por dar o ponto de moral que o filme quer ter, polemico, discutivel mas sem sobre de duvidas diferenciado. E um filme estranho, mas que trasnmite o que quer, principalmente na forma como as personagens se vao recordando mas mais que tudo na forma como transmite os exageros que o dinheiro por vezes tras.

A historia segue duas funcionarias que conseguem se introduzir numa particular festa de um alto CEO de uma empresa tecnologica que acaba por se tornar numa experiencia dificil de perceber ate as duas acabarem por entender que as festas tem por tras uma verdade assustadora.

O argumento do filme acaba por ser diferente, rebelde, nem sempre muito objetivo nos seus intuitos que corre com alguma normalidade na forma como se vai mostrando. O filme consegue ter na escolha de como acaba o seu lado mais diferenciado que funciona para o diferenciar da maioria dos filmes do genero.

KRavitz e uma atriz reconhecida que tem aqui o seu projeto mais visivel enquanto realizadora, o filme nao e propriamente muito artistico embora a proximidade da camara dos interpretes permitya a intensidade que ela quer. num genero particular Kravitz ganhou alguns pontos como realizadora.

No cast temos um Tatum diferente, diferente, vilão, intenso, mas que mesmo assim nao e propriamente tao funcional como o genero de heroi romantico que fez carreira. Junto a si mais curiosidade nas presenças de Joel Osment e Slater, sendo que a intensidade esta a custa de Mckie bastante interpretativa e Arjona, num dos melhores papeis recentes.


O melhor - O final e a cereja que melhor funciona

O pior - O filme demora a pegar na sua narrativa


Avaliação - C+

Thursday, October 03, 2024

Killer Heat

 Neste inicio de ano letivo a Prime tem estado muito ativa com projetos de alguma dimensão com atores conhecidos e um objetivo claro do ponto de vista comercia.  Assim surge este thriller policial, filmado na Grécia com uma serie de Twists e atores conhecidos. O filme do ponto de vista critico nao foi propriamente bem recebido com avaliações medianas sendo que comercialmente e com uma maior dimensão da Prime os resultados foram competentes dominando as visualizações no que a cinema diz respeito.

Sobre o filme podemos dizer que temos um filme de ritmo lento, temos um acontecimento temos as personagens numa ilha, temos twist mas tudo decorre a um ritmo lento e com personagens por vezes algo desligadas que o ritmo e intensidade que se pedia a um filme desta natureza acaba por nunca ter impacto. Para alem disso fica a ideia que as personagens acabam por ter sempre um percurso de uma exagerada linearidade que acaba por nao ser o mais eficaz neste tipo de registo.

Outro dos pontos e a forma como o filme nunca tenta dissuadir o filme dos seus twists para que o mesmo tenha o impacto pensado, rapidamente nos surge a conclusao do filme diversas vezes á ideia, sendo por vezes denunciado. Com este elenco deviamos ter mais personagens, mais conflito, mais background, fica a ideia que o filme quer ir demasiado rapido a sua conclusao e o resultado nao e propriamente feliz.

Assim mais uma vez algo que tem ocorrido muito nos filmes de streaming, um bom cast, uma ideia razoavel pelo menos do ponto de vista comercial, mas fica a ideia que as coisas nao funcionam e talvez por isso a aposta da MGM tenha sido o streaming, torna-se habitual, mas pode causar um desagaste de expetativa neste tipo de titulos.

A historia fala de um investigador privado que e contratado, num momento dificil da sua vida para tentar perceber a morte de um rico CEO de uma empresa, numa escalada, num aparente acidente que pode ter outra motivaçao por tras.

O argumento e a tipico da revelação policial, temos um filme que nao aproveita ou nao da palco propriamente as personagens, ficando sempre a ideia que algo nao funciona na plenitude. Os twist finais acabam por ser previsiveis e isso num filme desta natureza e sempre um contra impacto.

Na realizaçao do projeto tivemos Lacote, um realizador de origem francesa, sem grande mediatismo que assumiu a funçao da MGM parecendo nem sempre aproveitar a localização do filme, mas mais que isso fica sempre a ideia que a realizaçao nao alimenta o ritmo do filme, talvez por isso seja ainda um desconhecido pese embora a idade.

No cast temos um tridente de atores conhecido, comercialmente relevante mas em momentos mais apagados da carreira. Gordon Levitt esta em desacelaração depois de uma fase de grande impacto, Woodley sofre do mesmo problema e Madden nunca foi mais do que o fugaz momento de explosao, com limitaçoes claras. O filme nao aposta nas perosnagens e os atores sentem isso.


O melhor - Ser uma narrativa facil

O pior - Com os elementos em questão tinha de ser muito mais


Avaliação - C-

Tuesday, October 01, 2024

The Front Room

 


Os irmãos Eggers nos ultimos anos surpreenderam pela intensidade e pelo caracter estetico dos filmes, principalmente representados por Robert Eggers mas muitas vezes com algumas colaborações dos seus irmãos gemeos que tem agora o seu lançamento a solo, num filme de terror. Ao contrario do sucesso critico que tem sido típico em Roberts aqui isso não aconteceu com uma receção demasiado mediana. Comercialmente o filme ate conseguiu alguma expansão, num terror típico da A24, mas os resultados foram desoladores

Sobre o filme podemos dizer que não é um filme fácil, por ser declaradamente repugnante com muitas cenas onde o nojo acaba por ser o elemento que o filme quer transmitir, e essa intensidade e capacidade de transmitir este sentimento funciona em plenitude pela explicitude de tais momentos.

Fica e claro a ideia que tudo foi um exagero, o filme tenta entrar em momentos numa vertente paranormal que não trás nada de particular benéfico ao filme, sendo que o terror psicológico causado pela personagem de Solange chega e sobra para dar a intensidade e transmitir todas as sensações que o filme quer dar, muito pela incrível construção de Kathryn Hunter.

Fica a ideia que o filme não fosse a obsessão dos irmãos Eggers de dar elementos visuais fortes poderia ser bem mais intenso e objetivo sem se perder em apontamentos que apenas confundem, ficando a sensação que o simples por vezes e melhor. Mesmo assim numa altura em que o terror acaba por ser algo repetitivo temos aqui elementos novos mesmo que o nojo seja o principal ingrediente e o ponto que mais é transmitido no filme.

A historia fala de um casal marcado pela morte de um anterior feto, à espera de um novo filho que percebe que tudo fica virado do avesso quando a madrastra do elemento masculino passa a viver com o casal e tornar tudo num autentico inferno quer pelas suas dificuldades físicas quer pelas suas opiniões.

O argumento do filme acaba por ser típico de um filme de uma sogra com mas intenções mas elevado a um patamar de comportamento poucas vezes visto. Isso permite que o guião não seja elemento principal mas sim as imagens e isso faz a historia se perder em alguns momentos menos conseguidos paranormais.

Na realização os irmãos Eggers tentam fazer da intensidade expressiva dos seus interpretes figuras de referência como o seu irmão maior tao bem faz, mas a fotografia acaba por limitar o impacto. A obsessão por estes momentos pode não ser a que melhor resultados trás para o filme

No cast Brandy acaba por ter uma intensidade que surpreende para uma atriz que ficou muito tempo arredada dos maiores palcos, mas que acaba por ser competente e visualmente impactante. Mas todos os louros vao para Hunter, intensa, incrível, esteticamente serve todos os propósitos do filme, e isso so e possível devido as multifacetas de uma atriz de primeira linha.

 

O melhor – A construção de Hunter

O pior – A forma como o filme tenta entrar numa dinâmica paranormal sem grande sentido


Avaliação – C+

Monday, September 30, 2024

The Crow

 Depois de 30 anos The Crow ter ficado na historia do cinema pelos bons e pessimos motivos, principalmente pelo lado malogrado da morte de Brandon Lee em pleno set de filmagem, eis que surge um Reboot de uma produtora de primeira linha depois de muitas tentativas de sequela. Com escolhas discutiveis o filme sempre esteve no olho do falcão e criticamente rapidamente se percebeu que o filme iria ser um saco de pancada, principalmente dos amantes do primeiro filme como é o meu caso. Comercialmente o lado negativo das avaliações pesou em muito e o desastre comercial foi ele completo.

Sobre o filme, Proyas mesmo no desastre do evento conseguiu criar um filme de culto, escuro, artistico que sera sempre uma obra basilar do cinema dos anos 90. Quando se tenta efetuar um filme com este registo é sempre um risco de ser uma copia ou se mudamos muitos entramos fora do registo e foi o que Sanders tentou fazer sem qualquer sucesso porque nada disto, tirando o nome tem a ver com The crow, ou Eric Draven iconico do cinema.

As tatuagens, a saude mental, os fatos de treino rosa, ou mesmo os poderes nunca explicados do vilão, são tudo opções pessimas para fazer resultar um filme que ja tinha a fasquia muito elevada e resulta num desastre completo do primeiro ao ultimo minuto. Alias fica a ideia que apenas em algum momento a banda sonora consegue ser minimamente proxima porque tudo o resto pior do que nada ter a ver com a obra mãe, funciona mal, e quando assim é, o desastre e completo.

Podemos dizer que se trata de um filme pessimo, independentemente do prima de analise que o filme fosse assumido, o filme nao trabalha a relaçao central, a qual e base e convicão de tudo o que vem a seguir, mas pior que isso tudo o resto nao funciona, não é coeso nao e explicado, ainda tudo fica pior quando o filme tem o nome e a historia de um filme de culto com uma legião de fas.

A historia de The Crow e a conhecida Draven, acaba por ser morto junto com a mulher da sua vida por uma organização criminosa, mas um corvo permite que o mesmo possa regressar para fazer vingar o acontecimento, tornando-o num assassino vingativo.

O argumento de Corvo nao e propriamente o mais rebuscado, mesmo nos filmes anteriores, mas o que falha em toda a escala neste filme é os pontos novos que nada funcionam. O filme perde meia hora para dar força a uma relação com imagens soltas e poucas palavras, e a forma como coloca o antagonista com poderes acaba por ser um disparata de dimensão epica.

Saunders e um realizador que ja foi aposta de grandes estudios com resultados mediocres, sendo mais conhecido pelas aventuras fora do ecra do que pela qualidade do produto apresentado. Aqui tem um marco negativo ainda mais significativo que podera conduzir a um dano irreversivel numa carreira ja de si dificil.

No cast Skaarsgard e um ator interessante, intenso que teve o erro de aceitar uma personagem que ja tem dono. Nao fornece nada, nao encaixa na imagem que temos do personagem e o filme em nada o ajuda. Uma decisao de risco numa carreira interessante em que fica a perder e exige resposta imediata. Os secundarios tipicos de um filme pouco ambicioso.


o melhor - Alguns toques, ainda que poucos da banda sonora.

O pior - O que fez ao nome The Crow


Avaliação - D-

Sunday, September 29, 2024

It Ends With Usa

 A adaptação de um dos livros de maiores sucesso dos ultimos anos é sempre uma questão de tempo, sendo que este ano surgiu este filme, produzido por Lively com a ajuda da escritora, convencida em tornar no cinema o sucesso que o livro acabou por ser. E o resultado, do ponto de vista comercial nao poderia ser melhor com numeros impensaveis quando o filme foi lançado, ainda que ancorados no star momento de Lively. Com muitas polemicas a mistura principalmente nas disputas entre protagonistas, tambem eles realizador e produtora, criticamente as coisas nao correram tao bem com avaliaçóes medianas.

Desde logo temos que ir a historia, fica a ideia que pelo menos na base estes sucessos literarios dos dias de hoje acabam por ser de desgaste rapido, com definiçoes de vida algo idilicas para fazer passar a mensagem no contraponto. NIsto o filme e muito novelizado, nos dialogos, na forma como as personagens aparecem e mesmo na forma como os conflitos sao criados, onde fica em claro o filme tratar-se de uma abordagem fiel ao livro mas sem riscos.

O filme parece por outro lado mais preocupado no potenciar a estetica dos duo de protagonistas do que propriamente em ir buscar o sumo ou a mensagem que o filme quer ter, e isso torna-o demasiado suave na problematica que o quer tratar, ainda com ritmo elevado, fica sempre mais perto de uma telenovela de segundo nivel do que propriamente da adaptaçao de um classico literario.

Por tudo isto e fora polemicas, e claro que o filme potenciou a riqueza comercial que poderia ter em deterimento da sua qualidade enquanto obra e os resultados foram de encontro aquilo que o filme queria. Temos nos detalhes demasiados elementos de sonho feminino adolescente, para conseguir muitas vezes ser levado a serio, num tema que merecia esse impacto.

A historia fala de uma jovem empreendedora que abre a sua loja de flores enquanto conhece um neurocirurgiao, por quem se apaixona mas rapidamente começa a vivenciar com o mesmo episodios de alguma violencia que a fazem reviver o passado dos seus pais.

O argumento tem uma historia com elementos fortes mas que o filme trata com demasiada suavidade nunca expondo o conflito, sendo algo pacifico mesmo na guerra que normalmente esta associada a tal problematica. Parece uma historia escrita para um publico especifico feminino, mas mesmo nisto, nos detalhes deveria ter outra grau de profundidade.

Na realizaçao o projeto foi entregue a Baldoni, que tambem o protagonista do filme, alguem que ate teve mais sucesso ate ao momento como realizador do que ator. O filme e realizado como se uma melodrama romantico se tratasse com cor, com lado comercial, e acima de tudo apostando naquilo que a presença fisica dos protagonistas poderia resultar em termos comerciais, mas com muita pouca arte.

No cast Lively nao e uma atriz de primeira linha, aqui denota-se isso nos lados mais dramaticos, falta intensidade falta desleixo, falta uma serie de componentes necessarias a profundidade que a personagem deveria ter. Baldoni vai pelo mesmo caminho, mas fica claramente a ideia que as escolhas tinham mais interesses comerciais, que resultaram do que capacidade de encabeçar personagens.


O melhor - O ritmo do filme 

O pior - A forma como o filme trata de forma leve um assunto tao forte


Avaliação - C

Horizon - An American Saga Chapter 1

 Apresentado em Cannes com toda a circunstância este projeto megalomano de Kevin Coster, fracionado em quatro filmes de longa duração que inicialmente foi pensado em ter os filmes lançados de uma forma sucessiva, acabou por ser recebido com sentimentos mistos que acabou por conduzir a que também comercialmente as tres horas de duração do filme fossem um problema e tornassem neste filme um desastre de bilheteira que o Streaming tentara colocar noutra vertente, embora o investimento ja feito necessite de urgencia nas decisões que conduziu ja ao atraso do segundo filme.~

Sobre a historia podemos dizer que se trata da introdução, vamos para o caminho onde Costner foi mais feliz na carreira os westerns da origem americana, ele sente-se bem no detalhe das circunstancias, das aldeias da luta entre indios e Cowboys, mas para um filme com uma duração tao longa fica a ideia que falta muita coisa ao filme, desde logo impacto de personagens, intensidade e mesmo alguma profundidade narrativa, onde tudo parece uma telenovela de linha basica.

Claro que se calhar so se vai conseguir medir o impacto total da obra quando completada, mas para primeiro filme era necessario mais elementos atrativos, os segmentos de Jena Malone acabam por ser os mais impactantes mas sao vinte minutos, muito das personagens e escondido, para alem de percebermos que nos caminhos se vao encontrar em diversas linhagens narrativas, mas mesmo estas sao desiquilibradas.

Sai assim um monotono western que nos parece um projeto demasiado grande para aquilo que demonstrou no primeiro filme, nao obstante da fidelidade de Costner em filmar nestes cenarios e acima de tudo na ambiçao de fazer uma obra tão grande e forte, mas que tem que trazer muitos mais elementos fortes para se fazer vincar.

O filme fala de um clima de guerra pelo territorio a procura do segredo de Horizon, por nativos e colonos a procura do seu espaço, depois de algumas batalhas e acima de tudo muitos desejos de vingança, num conjunto de personagens a procura desse espaço.

E no argumento que residem as maiores dificuldades do filme, as personagens nao sao fortes o suficiente, mas mais que isso a intriga não tem o ritmo para aguentar minimamente as tres horas de duraçao. So os filmes seguintes poderao confirmar a qualidade global do projeto mas este arranque nao foi o mais forte.

Na realizaçao COstner teve o seu maior sucesso neste registo e tenta-o repetir com muitos dos pontos que lhe deu o sucesso, a integraçao da musica, a forma quase simplista com que constrou cidades e acima de tudo o silencio iconico de algumas personagens. E alguem que sabe o que esteticamente um filme desta natureza pede embora fique a ideia que o guião tinha de puxar muito mais pelo filme.

No cast este primeiro episodio apenas apresenta personagens sem lhes dar o relevo que talvez as mesmas necessitassem. Costner nunca foi um ator de primeira linha, sendo que neste primeiro filme e Malone e Jamie Campbel Bower que tem os melhores momentos, num cast recheado mas neste filme apenas apresentado.


O melhor - COstner sabe filmar westerns

O pior - Demasiado longo para o que dá


Avaliação - C

Saturday, September 28, 2024

Afraid

 A carreira dos irmãos Weitz depois de American Pie tentaram entrar num cinema de autor que efetivamente nunca foi propriamente efetivado. Este ano com uma produtora de terror de sucesso surgiu um novo filme com a IA a ser o terror que muitos pensam que pode ser o futuro. EM termos criticos o filme chumbou por completo e em termos de estreia, o resultado comercial ficou muito aquem dos projetos anteriores da Blumhouse.

Sobre o filme podemos dizer que a base ja foi usada em diversos filmes, com argumentos parecidos, sendo que na forma como o filme quer exercer o terror pelo menos a tensão psicologica fica a ideia que o filme falha primeiro porque nunca consegue ser minimamente aterrador, e depois as situações mais violentas e a escalada e tao mal potenciada que quando percebemos vamos numa conclusao algo disparatada.

Em termos de personagens quase nada, ficamos sem conhecer nenhum dos envolvidos a nao ser nesta situação, o filme quer passar logo para o terror tecnologico sem nunca em momento algum preparar o filme para como chegou a casa tal instruimento e o seu desenvolvimento. A claustrofobia tecnica existe mas mesmo essa parece sempre ser potenciada ao minimo, ja que o filme e demasiado colorido para terror.

Assim temos um fraquissimo filme de terror que nos leva a questionar como e que dois atores com alguma dimensão e com alguns filmes aceitaram um projeto como este onde o argumento é repetitivo sendo mesmo uma versão modesta e limitada do que ja vimos, e por tal fica a ideia de um filme que não merecia a atenção e podia ser claramente um direto para alugues.

A historia fala de uma familia que aceita receber em casa uma experiencia de ajuda em casa com AI, que rapidamente se torna num elemento de familia e torna-se ela um perigo para todos a volta da familia a qual tenta quebrar essa ligação.

O argumento do filme e o grande problema do filme do primeiro ao ultimo minuto pela incapacidade de dar um contexto ao que vemos, e mesmo narrativamente apenas potenciar sequencias extremamente previsiveis dentro da tecnlogia. O final aberto acaba por ser o unico ponto interessante ao assumir o inevitavel.

Na realizaçao Weitz tentou muito depois de AMerican Pie se tornar num realizador conceituado e serio mas os filmes nem sempre foram de encontro a este projeto. Teve o melhor momento em ABout a Boy mas a passagem por Twilight tornou a carreira algo formatada a industria, sendo que neste projeto falta tudo, rasgo, criatividade parecendo apenas um filme tecnologico que apenas aposta num ornamento.

O cast tem um Choo que começou na comedia mas que foi ganhando dimensao como ator intenso nos ultimos tempos que merecia mais em termos de personagem, mas neste filme fica a ideia que o filme nunca quer personagens e ele está apenas la para dar nome. Waterston ja ficou mais proximo de uma dimensão superior em Hollywood mas que acabou por aqui dar um passo atras na qualidade e na propria personagem unidiensional


O melhor  - A tema e sempre interessante mesmo no terror

O pior - A forma como o filme nunca consegue ter qualquer intensidade ou estetica de terror


Avaliação - D

Friday, September 27, 2024

His Three Daughters

 


Apresentado o ano passado no Festival de Toronto onde recebeu boas criticas o que conduziu a que a Netflix acabasse por comprar o filme, contudo, na sua organização para os prémios deste ano este filme surgiu na ementa logo na estreia embora não sendo uma das apostas centrais, não obstante da boa avaliação o filme não foi propriamente um cabeça de cartaz, o que faz com que comercialmente são seja um dos filmes ancoras da aplicação.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo tem um caracter concetual e de personagem na forma como nos vai dando a vivencia de três irmãos muito diferentes num espaço fechado na sempre difícil fase de anteceder a morte de um pai. O filme consegue dar mesmo essa diferença acabando por ser extremamente eficaz na forma como nos da formas diferentes de encarar o pre luto e os conflitos familiares emergentes.

Não e propriamente um filme particularmente elaborado, deixando quase sempre o protagonismo para os diálogos de conflito que emergem e dão intensidade a um filme essencialmente pausado. O filme tenta ser concetual no seu final, na abordagem central do personagem presente em toda a dinâmica nunca estando fisicamente presente mas fica claramente a ideia que a sua aparição não e a mais eficaz.

Enfim resulta um filme interessante com boas dinâmicas de personagens diversificadas, com conflito latente bem interpretado, mas que ao mesmo tempo parece ser algo circular fazendo vincar as características algo estereotipadas de cada uma, num cenário de conflito sempre presente. E uma boa abordagem podia ser teatral mas em cinema consegue manter alguma intensidade.

A historia fala de três irmãs algo separadas em termos de vivências que se juntam para os últimos dias do pai, com características diferentes mas acima de tudo com bastantes conflitos para resolver.

Em termos de argumento o filme tenta manter em lume aceso as particularidades de cada uma das personagens, e consegue fazer, principalmente no eu diz respeito aos conflitos entre elas. E um filme pensado para teatro, e parece so perder algum norte na sua fase final.

Na realização a batuta foi entregue a Azazel Jacobs, um realizador com um estilo pausado, de personagens e diálogos que mantem esta simplista assinatura na forma como realiza, e que teve o seu maior sucesso na televisão.

No cast temos três atrizes cujo papel tenta ir encontrar os seus atributos mais fortes, principalmente com Coon e Lyonne, sendo que acaba por ser Olsen que tem os melhores momentos, pese embora, acabe por ter entregue a si a maior versatilidade em virtude de parecer uma atriz com mais atributos.

 

O melhor – Os diálogos de conflito intensificados.

O pior – A forma como a decisão final poderia ser o epicentro do filme e não o é

 

Avaliação – C+

Tuesday, September 24, 2024

Rebel Ridge

 

Numa fase em que entramos na época de prémios e as produtoras e as aplicações começam a exibir os seus trunfos a Netflix surpreendeu com este filme de ação, sem grandes figuras de primeira linha em termos de atores mas que rapidamente entrou para os tops de visualização, fruto das boas criticas e do passa palavra, tornando-se num bom fenómeno para a Netflix algo que não tem sido comum ao longo do presente ano.

Sobre o filme podemos dizer que temos o típico filme de soltar um monstro, que foi iniciado por John Wick embora neste caso num lado não letal. O filme funciona bem a primeira fase pelo que esconde da personagem central e da forma como se vai revelando com ironia, mas acima de tudo com carisma que Aaron Pierre entrega a uma personagem que acaba por se aproximar do publico e ser o ponto forte do filme.

No que diz respeito ao desenvolvimento narrativo, já me parece que o filme começa bem, mas quando entra na densidade dos propósitos tem mais dificuldade em ser intenso, principalmente porque tudo se torna demasiado repetitivo nos avanços e recuos do conflito, sendo que no final temos o que todos esperávamos embora parece que o filme acabe por ficar muito tempo em lume brando.~

Assim acaba por resultar num competente filme de ação, não sendo propriamente uma obra prima de criatividade acaba por ser competente sustentando tudo na personagem e em alguns esteriotipos de policias corruptos, mas que funciona. Não e um filme totalmente equilibrado ao longo da sua duração mas competente nos momentos mais fortes.

A historia segue um estranho individuo que e parado por uma ação policial que percebe ter mas intenções de lhe retirar o dinheiro pago para a fiança e um familiar, contudo vai desperar o lado militar do mesmo, apostado em repor a dignidade nas forças policiais daquele local.

O argumento do filme e competente sem ser brilhante ou especialmente criativo. E daqueles filmes que tem objetivos muito claros, e que joga essencialmente bem pelas linhas da personagem central, sendo que o resto acaba por ser “By the book”.

Na realização Saulnier e alguém com um passado com alguns filmes funcionais, embora faltasse o input para altos voos. Aqui o filme não e propriamente artístico mas competente na simplicidade e se calhar ira dar outro impacto a uma carreira algo adormecida apesar de rechada com filme interessantes.

No cast sem grandes figuras podemos ter o maior destaque na construção imponente e carismática de Pierre, intenso, próximo do publico, e que funciona acabando por ser o estandarte do filme. Os secundários são escolhas habituais de filmes de segunda linha sem grandes presenças no filme.

 

O melhor – A forma como vamos descobrindo a personagem central

O pior – A determinada altura o filme torna-se demasiado circular

 

Avaliação – B-