Tuesday, March 18, 2025

Companion

 Este filme de terror Sci fi ganhou algum protagonismo, principalmente por ter juntado dois dos protagonistas que melhor tem conseguido estar vocacionados para um terror adolescente dos tempos modernos com sucesso. Este filme acabou por estrear em janeiro com excelentes avaliaçoes tendo em conta o prazo do seu lançamento, sendo que comercialmente por algum impacto mediatico inicial se pensou que o resultado poderia ser mais consistente.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo começa num ritmo lento, que nos faz sentir algo perdidos, mas rapidamente somos lançados para o mundo sci fi, e ai temos efetivamente um filme conseguido, impactante, original, bem interpretado, e que pese embora caia algumas vezes em alguma previsibilidade dos twists acaba sempre por ter um ritmo interessante tendo em conta o tipo de filme.

Um dos pontos que funciona bem no filme, e o lado sci fi, que ja tinha funcionado bem com M3gan, quando um filme consegue ir buscar a evoluçao como um dos apontamentos que nos causa panico, normalmente as coisas funcionam bem, e ficamos com a clara ideia que isso acontece neste filme, na forma simples como o mesmo consegue ir buscar ao mesmo tempo o lado mais perigoso da ambiçao humana e do terror tecnologico.

Por tudo isto temos um filme interessante, com qualidade, atual. Não é propriamente um filme extremamente coeso ou com muita ideologia, mas fica a ideia que um filme atual, bem interpretado, aproveitando o bom momento dos seus interpretes, e um dos primeiros razoáveis filmes do ano, num mês que normalmente é aposta para  projetos falhados.

A historia segue um jovem que acaba por ir a um encontro com amigos pela sua paixao atual, contudo rapidamente percebemos que a mesma não é mais do que um robot programado para ser o mais fiel possivel a uma mulher de forma a responder as necessidades emocionais dos seus utilizadores.

O argumento do filme parte de uma premissa original, bem trabalhada, organizada. Nao e um filme muito surpreendente nas voltas que dá, mas consegue ser consistente. Apostar no medo da atualidade funciona sempre e o filme tira esse proveito.

Na realizaçao temos Drew Hanckok um autentico desconhecido que tem aqui um bom cartão de visita do terror psicologico. O filme é denso, nao arrisca particularmente muito no que diz respeito ao aspeto ou a abordagem estetica, mas e um filme de estudio eficaz e isso muitas vezes é o primeiro passo numa carreira de sucesso.

Por fim no cast Tatcher ja tinha estado num otimo nivel em Heretic mas tem aqui um papel mais dificil, um papel que necessita dos seus recursos interpretativos e dramaticos que sobressaem numa atriz que demonstra intensidade e carisma para altos voos. Quaid tem sempre o lado estetico da sua expressão, mas fica a sensação que perde o filme para a sua colega.


O melhor - A atualidade do terror

O pior - O filme poderá ser algo previsivel em alguns twists


Avaliação - B-

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