Sunday, August 06, 2023

Are You There Margaret? It's me Margaret

 Numa altura em que o cinema está avançando para projetos cada vez maiores, mediaticos e acima de tudo com efeitos, por vezes surgem pequenos filmes que passam completamente ao lado da maioria das pessoas mas que se tornam fenomenos criticos mesmo em generos não muito associados a este tipo de registo. Foi isso quer aconteceu neste comedia juvenil, produzida por James L Brooks. Em termos criticos o filme resultou em toda a linha com avaliações muito positivas, contudo comercialmente os resultados foram pouco mais que mediocres, mesmo sendo um filme a partida para toda a familia.

Para os que viram Edge of Seventeen da mesma realizadora, podemos dizer que o filme até podia ser a sua sequela natural, com outras personagens e com outros contextos mas no epicentro com o mesmo tipo de filme so que desta vez sobre uma forma mais precoce de adolescencia. O filme tenta entrar na mente de uma adolescente de 12 anos de idade com as suas preocupações familiares e de grupo, com o aumento de estar no epicentro de um debate religioso.

Õ filme tem bons momentos comicos e de realismo, principalmente nas conversas de grupo das jovens, em termos familiares e das questões relegiosas o filme parece mais perdido em fazer o seu debate funcionar, se calhar porque puxa tudo para o olhar simplista de uma menina de 12 anos, mas para isso nao necessita de ir acrescentando elementos ao longo da duração, curta do filme.

Nao e um filme comico em toda a linha, tem momentos divertidos, non sense, que transporta todos para as questões que se coloca em determinada idade. E claramente um filme mais feminino do que masculino, e muitos dos temas ficam um pouco pela rama, mas fica o sublinhando de alguem que tem dedicado a sua carreira a filmes sobre fases complexas da adolescencia.

A historia segue uma familia, cujos pais vem de origens religiosas diferentes, uma nova cidade onde uma adolescente de 12 anos tem de entrosar na nova dinamica, numa fase de descoberta, questões e acima de tudo de crescimento.

O argumento do filme é particularmente detalhado na fase em que tenta entrar nas dinamicas e pensamento de uma adolescente. Nesse particular o filme é engraçado, curioso e muitas vezes realista. No restante fica a ideia que o filme promete muito mais do que realmente consegue concretizar.

Na realização do filme temos Fremon Craig, uma jovem realizadora que tinha tido sucesso critico no Edge of Seventeen e repete a dose neste filme, que marca acima de tudo pelo realismo das dinamicas e por um conhecimento muito detalhado da forma de pensar nas fases da adolescencia. Pelo menos ficara na retina como a realizadora dos adolescentes femininos.

No cast o filme tem na jovem Abby Ryder Fortsson a sua primeira figura, e ela encaixa perfeitamente na inocência, e curiosidade da idade. E um dos elementos que potencia melhor o filme, auxiliada por McAdams e Bates sempre competentes em registos mais tipicos das carreiras e um Safdie ainda a procura do seu registo como ator.


O melhor - A caracterização da adolescência enquanto grupo de pares.

O pior  - Fica pela introduçao de alguns temas que não os trabalha-


Avaliação - C+


 

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