Sunday, August 13, 2023

Asteroid City

 Cada filme de Wes Anderson tornou-se numa acontecimento cinematografico que normalmente preenche salas em festivais de primeira linha com cast quase incomparaveis. Nos ultimos tempos parece que o cineasta tem afirmado o seu estilo de cinema, mas por outro lado tem tido alguma dificuldade em tornar os seus filmes unanimes, travando um pouco a excelente carreira que teve ate ao momento. Asteroid City e novamente isso, boas criticas, mas não excecionais com o melhor cast que tenho memoria, sendo que comercialmente todos sabemos que Wes Anderson não é para todos, mas os resultados são sempre dentro de um intervalo relevante.

Asteroid City tem o lado visual de Anderson do primeiro ao ultimo minuto, com imagens pensadas ao minuto, e sequencias e origanização que sempre vimos na sua forma de transmitir ideias e que tornou-o num dos maiores cineastas da atualidade. O que pode funcionar pior no filme é a historia demasiado estranha num formato que se perde e divaga em demasia e tira o filme o impacto que os melhores filmes dele ja tiveram.

Nao e possivel sair do filme e não achar tudo demasiado estranho, e talvez seja a primeira vez em que num filme de Anderson isso não é ultrapassado pela riqueza da mensagem ou visual do filme, fica a ideia que o filme divaga entre a peça e o dentro da peça numa mistura que torna quase todo filme indefifravel para alem de alguns apontamentos curiosissimos tipicos do autor, mas que o epicentro da mensagem acaba por não existir.

Sendo eu um fa de Anderson e de alguns dos seus projetos mais famosos, posso dizer que aqui foi longe demais naquilo que é tornar o filme demasiado estranho, não sendo capaz de se aproximar e ser mais que diferente. POdemos dizer que a riqueza estetica de cada momento, ou o insolito de muitas situações valem o bilhete de cinema mas ja o vimos fazer num filme coeso e competente que não e o caso.

O filme fala da organização de uma peça de teatro, e da propria peça sobre um conjunto de pessoas que fica em cativeiro numa pequena cidade no meio do deserto americano conhecido pela existencia de uma cratera de um meteorito apos uma visita inesperada.

E no argumento que o filme tem mais dificuldades nesta colaboração de Anderson e Romain Copolla fica a ideia que o filme tem alguns pontos do primeiro mas e essencialmente a abordagem tipica do segundo, pela forma como no final tudo e mais estranho do que competente.

Se existe ponto onde Anderson e unico em Hollywood e na forma como transmite imagens e cria obras de arte em cada cena dos seus filmes. Neste filme consegue novamente isso com a formula que apenas ele consegue. E um excelente realizador que ja teve melhores argumentos.

No cast o filme tem um conjunto de atores de primeira linha que estranhamente da o protagonismo ao sempre igual Schawrtzam, um habitue e menino querido do realizador que na essencia é sempre igual. Joahnsson tenta dar mais diferença ao filme, e o resto sao cameos interessantes e pouco mais.


O melhor - A estetica do filme mais uma vez.

O pior - Um argumento quase indecifravel


Avaliação - C+



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