O cinema britanico tem um contexto muito prõpio que ao longo dos tempos nos deu um estilo de cinema de epoca com uma assinatura muito propria e ao longo do tempo vai lançado alguns dos novos jovens talentos de um cinema mundial. Em 2021 mas apenas com o lançamento mais expansivo no mundo em 2022 surgiu este filme sobre uma personagem em tres fases da vida. Em termos criticos o filme até conseguiu avaliações validas, mas comercialmente, um terreno onde se percebe que o filme teria ambiçoes curtas o resultado ficou muito aquem.
Sobre o filme temos um filme muito proximo do que e comum no cinema independente ingles marcado por introspeção de personagem, ritmos muito lentos e imagens bonitas. Neste particular o resultado do filme é algo apagado como alias o filme que parece sempre apostado num ritmo demasiado lento na forma como comunica com o espetador, lançado para segundo plano alguns dos seus melhores atributos como o excelente cast.
O filme tem o lado puzzle de nos dar tres momentos diferentes da mesma personagem. Nem sempre este paralelismo e trabalhado de forma a comunicar de uma forma mais clara com o publico, acabando o filme por longos momentos se perder em monologos quase inconsequentes e tudo acaba por ser demasiado apagado para se sustentar junto do espetador.
Ou seja um pouco interessante filme com muito do tradicional ingles, trazendo como protagonistas alguns dos actores jovens a crescer naquele panorama, mas o filme acaba por cair nos erros comuns de um cinema independente daquele pais, que pelo rigor impresso acaba por lentificar processos e distanciar-se do espetador.
A historia segue uma empregada que acaba por iniciar uma relação com um nobre individuo prometido a uma outra mulher, sendo que o filme acaba por seguir um outro momento da vida da mesma personagem na qual a trabalhar numa livraria se apaixona por um cliente e por fim como autora de um romance de sucesso fruto destas vivencias.
Em termos de argumento o estilo fragmentado da mesma personagens e os pontos de contacto entre cada uma das sequencias poderia caso o filme fosse bem trabalhado na intriga ser interessante no resultado final. Mas um estilo demasiado introspetivo das personagens que falam essencialmente mais para dentro do que para fora acaba por não ser o melhor caminho.
Na realizaçao Eva Husson e uma realizadora associada a um cinema mais independente em termos do cinema britanico que tem aqui o seu filme mais visivel. Esteticamente e no espirito tradicional o filme acaba por ser interessante e com imagens bonitas, mesmo que a organização temporal que o filme adota nem sempre seja aquela que melhor contacta com o espetador.
No cast o filme aposta em duas apostas de uma nova vaga de atores britanicos, concretamente Young e O'Connor, que encaixam no estilo que o filme quer ter. Estranho é o filme apostar no talento de Colman e Firth e principalmente a primeira dar-lhe apenas cinco minutos de real presença no filme.
O melhor - Esteticamente o filme tem alguns planos bonitos
O pior - Ritmo demasiado baixo e introspetivo
Avaliação - C-
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