Monday, April 04, 2022

Kimi

Numa altura em que Zoe Kravitz começa a assumir um protagonismo declarado em Hollywood principalmente pelo sucesso comercial de Batman, eis que surge o novo filme do exprimentalista Steven Soderberh numa colaboração com a hbo max, sobre o mundo da tecnologia que teve a jovem atriz como figura central. Criticamente o filme conseguiu novamente que o realizador obtivesse alguns aplausos, comercialmente fica a perceção de que terá que ser com outro tipo de abordagem que esta nova HBO tera que assumir protagonismo.
Nos ultimos anos Soderberg tem adotado um cinema exprimentalista com historias algo simplistas de entertenimento rapido mas que na sua forma de captar imagens acaba por apostar em alguma diferença e irreverência que nos tem dado alguns filmes interessantes mas longe das obras de referência que o realizador teve quando conseguiu vencer os oscares. Pois bem este e mais um filme cujo resultado acaba por ser igual, ou seja ficamos com a clara convicção de que o filme tem potencial, mas nao tem tamanho para ser significativo.
A forma como o realizador gosta das novas tecnologias acaba por ser vincado no protagonismo que o filme acaba por dar à inteligência artificial cada vez mais em nossas casa. Se na forma como o filme trata a agarofobia e a digitalização o filme e competente, tratando tambem o contexto da pandemia, o filme no+ que diz respeito a intriga policial e si é batante mais modesto, num filme curto, que entertem mais pouco mais.
Fica assim mais um registo de um filme de Soderberg muito ativo depois de por diversas vezes anunciar pausas na carreira que nunca se concretizaram. Fica a ideia e que o filme tem demasiada pressa de chegar ao filme e isso projudica a intriga policial simplista, que parece ser apenas o adereço para tudo o resto, quando deveriam ser os detalhes a aprimorar a ideia central.
A historia fala de uma jovem agarofobica com um trabalho digital que acaba por tropeçar num homicidio e que a leva a ter de superar todos os medos para conseguir sobreviver a quem quer apagar isso da memoria da mesma.
Em termos de argumento o filme tem alguns apontamentos interessantes, principalmente nos detalhes tecnologicos, mas depois acaba por ser algo simplista na intriga policial central e isso faz o filme ser algo simples em quase tudo, e que faz que o espetador se centre essencialmente nos detalhes onde o filme e mais trabalhado.
Soderberh dedicou-se nos ultimos anos, mais que grandes projetos, a um exprimentalismo suportado pelos serviços de streaming, isso faz com que os filmes tenham detalhes mas depois percam o tamanho que Soderberg ja teve em muitos outros filmes. Esta mais ativo do que propriamente brilhante.
No cast temos uma Kravitz que se entrega fisicamente ao papel o qual acaba por nao exigir tanto como a sinopse faz pensar. A atriz esta em boa forma e isso transmite confiança, num filme que o unico outro ponto no cast minimamente interessante e ver o Buzz de sozinho em casa mais velho

O melhor - Os detalhes tecnologicos

O pior - A demasiada simplicidade da narrativa policial

Avaliação -C+


No comments: