Tuesday, January 11, 2022

Ghostbusters: Afterlife

 Quando este projeto foi anunciado, e principalmente por ter sido sempre lançado como um regresso à base com as personagens e conceito, eu como fã dos primeiros dois filmes da saga fiquei na expetativa, principalmente porque na realizaçao surgia um Jason Reitman, filho do realizador da segunda obra e uma das bases de todo o inicio. Em termos criticos o filme falhou, as avaliações que inicialmente pareciam positivas foram decaindo até uma mediocridade desoladora e comercialmente as coisas ate se compuseram, principalmente tendo em conta que estamos perante uma geração que conhece pouco os originais.

Sobre o filme eu confesso que me desiludiu em toda a linha, desde logo porque as personagens dos primeiros filmes, que prometeram regressar, aparecem em miseros cameos insignificantes sem nunca explicar ou perder tempo em que o que lhes aconteceu ou como chegamos ao ponto que introduz esta nova historia. Para quem gostou dos primeiros filmes isto e um buraco demasiado grande para ser preenchido com duas ou tres frases.

Sobre o novo conteudo, parece claro que o filme não encontra as personagens, os ritmos e nem os fantasmas certos para fazer ressuscitar o conceito com as novas personagens. Alias fica mesmo a ideia que os jovens são mais estranhos do que engraçados, com exceção do pequeno Podcast que parece no que diz respeito às novas personagens o unico que consegue entrar no registo dos filmes anteriores.

Por fim a intriga ao ser muito grande, ao tentar ser o maior projeto que alguma vez poderia estar presente os caças fantasmas exigia muito mais filme e fica a ideia que por vezes o fazer a porta e muito mais brilhante do que fazer a casa, e nisso penso que Reitman deveria ter sido mais modesto. Fica no fim a sentida homenagem a Ramis e a emoçao desse momento.

O filme volta a historia de base, depois da morte de Egon Spengler, a sua familia acaba por embarcar para a casa onde residiu nos ultimos anos percebendo que o mesmo esteve decadas numa pequena cidade a tentar lutar contra a saida de fantasmas poderosos.

Em termos de argumento ao tentar voltar ao passado e fazer a ponte exigia-se mais trabalho, mais pontes do que a que encontrou. Fica o lado emotivo que o filme trabalha bem, mas fica a ideia que existia muitos outros pontos onde o argumento falha, quer no estilo, na adaptaçao a atualidade e principalmente na conjetura da maioria das personagens.

Reitman e um realizador com atributos assinalados no cinema atual de comedia, que fica sempre ligado ao seu pai que foi realizador do segundo filme, o qual este participou. No entanto esperava muito mais do seu trabalho, não so na componente estetica, onde as homenagens ao original são o vetor mais forte, mas na forma como poderia impactar mais aquilo que e o legado.

No cast ficou com pena que os originais tenham pouco tempo de vida neste filme, e os novos nunca tenham personagens para grande brilho. As escolhas de Wolfhard e Grace como jovens protagonistas era obvia mas penso que o filme nao conseguiu potenciar o talento dos jovens, acabando por ser o desconhecido Logan kim que sai beneficiado disso. No adultos Coon ainda tem alguns momentos, mas Rudd e mais do mesmo.


O melhor - As ligações ao passado


O pior - De novo quase nada


Avaliação - C-



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