Edgar Wright tornou-se num fenomeno de cinema depois do seu comercial e trepidante Baby Driver se tornar num exito estantaneo a todos os niveis. Muitos aguardavam com expetativa o que se seguia. A aposta pelo paranormal foi surpreendente principalmente porque o realizador nunca se tinha aproximado daquel estilo. Criticamente este novo filme de Wright passou com boas criticas embora nao brilhantes. Em termos comerciais mesmo com um elenco de nomes em ascenção mas sem figuras de primeira linha apostou pelo lançamento em cinema o que lhe deu um resultado pouco mais que satisfatorio.
Este peculiar filme, tem alguns pontos onde e bem conseguido, principalmente na forma como se introduz na loucura do mundo academico de Londres, do ponto de vista de uma jovem do interior. O filme e eficaz naquilo que e a tradução do entusiasmo, e da loucura desses tempos, e principalmente naquilo que é a zona de Soho, que acaba por ser o primeiro grande objetivo do filme.
Do ponto de vista da narrativa, não é um filme facil, um filme de paralelismo entre os mundos que nunca tenta ser logico. Nisso o filme acaba por tentar ser mais surpreendente do que é, razão pela qual penso que o filme entra numa dinamica que nem sempre nos parece a mais rentavel, numa obra que tem boas actrizes, mas a entrada na particularidade e no sobre natural acaba por tornar o filme demasiado difuso para o impacto que quer ter.
Por tudo isto, e independentemente de sendo um bom filme no genero do horror e do paranormal, em termos globais sabe a pouco principalmente tendo em conta o jovem e capaz elenco que reuniu e principalmente tendo em conta aquilo que Wright prometia.
A historia fala de uma jovem do interior que acaba por ir para Londres estudar moda, mas percebe que a universidade é todo um mundo por explorar. Contudo tudo fica mais confuso quando vai viver sozinha para um quarto que a leva para uma relação com uma habitante do mesmo do passado.
O argumento e ambicioso, no paralelismo entre mundo e epoca, mas acima de tudo parece quase sempre um pouco confuso neste ambicioso objetivo. Nota-se alguma desiquilibrio nas personagens as quais nem sempre são potenciadas dentro daquilo que poderiam ser.
Na realizaçao Wright e um dos jovens valores, que tenta encontrar o seu genero e mais do que tudo a sua obra de referência. Nota-se estilo e irreverencia. QUalidade de planos mas ainda falta juntar tudo isso num filme com a intensidade e a tematica certa para ser a sua referência.
No cast temos duas das jovens em melhor forma do momento, a assumir a sua dimensão no cinema Mckenzie esta na fase de passagem a idade adulta, mas necessita de um cinema mais objetivo, Taylor JOy tenta capitalizar o sucesso em termos televisivos para o cinema, mas parece-me que este nao seja o melhor papel para isso.
O melhor - O filme tem um estilo visual interessante.
O pior - Nao e um filme obvio e por vezes complicado nos paralelismos.
Avaliação - C+
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