Numa altura em que as grandes produtoras e as pequenas começam a lançar as suas cartas em termos da temporada de premios eis que começaram a surgir os mais variados biopics, sendo este sobre a estrela televisiva evangelica Tammy Faye um dos que despertou alguma curiosidade tendo em conta o culto e a fama que foi crescendo na personagem. O filme estreou com aspirações mais criticas do que comerciais, mas a receção não foi brilhante com uma avaliação demasiado mediana para alimentar prespetivas de premios. Comercialmente o filme lançou-se no cinema, mas os resultados foram bastante fracos.
Sobre o filme podemos desde logo avaliar que Tammy Faye tem uma excelente historia principalmente se o filme tentasse explorar a forma com que o imperio foi montado e fosse mais a fundo nas personagens, do que explorar propriamente o cliche conhecido de ambos e apenas se preocupar em dar bons momentos ao seu inteprete. O que sobre no filme e algo curto, ou seja que temos alguem completamente carente emocionalmente que se emaranhou numa relaçao em que foi conduzida para o sucesso e para o abismo.
O filme ate pode trabalhar isoladamente bem a personagem central, na forma como a mesma procura os outros para se aceitar, mas tem diversos espaços vazios, quer na relaçao com os filhos quer na forma como nao quer explicar o crescimento gradual, e acima de tudo como esquece temporalmente os quase dez anos de sucesso do casal, passando logo para o escandalo. E um filme que parece ter demasiados lapsos temporais e isso denota-se que faz com que muita coisa fique por explicar.
Assim, e mesmo tendo uma historia de primeira, linha que tenha uma realização bem conseguida principalmente na facilidade com que transporta o espetador para a decada de 70 80, e uma excelente interpretaçao fica a ideia que o filme nunca quer na verdade contar a historia mas sim explorar a personagem.
A historia segue o percurso de Tammy Faye desde uma infancia associada ao evangelismo, ate ao momento em que junto com o seu marido se torna na figura maximo do teleevangelismo e uma das figuras mais iconicas dos EUA pos Vietname.
Em termos de argumento o filme nao consegue encontrar o balanço e a coerencia de biopic, ja que fica claramente muito por dizer, e os saltos temporais sao tao grandes que perdem o impacto de muitos momentos ou mesmo do signitificado da construçao daquele imperio.
Na realizaçao Showalter ganhou reconhecimento com a comedia The Big SIck embora ate agora tal filme nao tenha tido o devido seguimento principalmente depois de uma tentativa de repetiçao frustrada. Fica a ideia que consegue construir temporalmente bem o filme, mas que lhe falta um argumento coerente e muito competente.
No cast e indiscutivel a qualidade e a intensidade da interpretaçao de CHastain, uma excelente prestaçao que merece todos os elogios e eventuais nomeaçoes, mas que perde por o filme trabalhar demais a personagem e fazer perder o impacto global do filme. Garfield esta num momento estranho onde o exagero expressivo das personagens ou se gosta ou nao, no meu caso nem por isso.
O melhor - Chastain
O pior - Ficar muito por explicar
AValiação - C
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