Wednesday, March 25, 2020

The Song of Names

Estreado no final de 2019, este pequeno filme canadiano, passou quase despercebido numa sempre acérrima corrida pelos prémios. Talvez pelo facto de criticamente ter sido recebido com alguma indiferença acabou por não lhe dar qualquer dimensão, o que também acabou por conduzir a quase nenhuma visibilidade comercial, embora nos EUA os resultados não tenham sido assim tão desastrosos.
Sobre o filme eu confesso que o mesmo tem uma boa premissa sobre o debate entre a ideologia religiosa e a o nosso contexto, principalmente numa dinâmica de segunda guerra mundial e a invasão a Polonia. O filme quer ser intenso nas dinâmicas e vivencia da personagem central mas depois perde-se um pouco nos avanços e retrocessos não permitindo que a ação principalmente no presente tenha grande desenvolvimento o que torna tudo algo desequilibrado.
Mesmo achando que se trata de um filme de impacto por toda a envolvência histórica que tem também no lado passado, e mesmo com o facto de trabalhar bem os desajustes de alguém fora do contexto parece-me que narrativamente o filme acaba também por nesta fase ser algo repetitivo embora com melhores resultados do que a outra fase.
FIca a ideia acima de tudo de um filme com boas intenções que não consegue conciliar muito bem os dois pontos temporais, mesmo que a personagem central apresente a ambiguidade necessária para segurar o filme. E daqueles filmes que com outra arte e mais que isso com outro equilíbrio poderia ter um peso bem diferente no espetador pois e uma historia forte.
A historia fala de um individuo que no passado partilhou família com um aspirante a musico judeu e polaco que desapareceu sem rasto, sendo que anos mais tarde embarca na possibilidade de perceber o seu paradeiro e as razoes para tal desaparecimento.
EM termos de argumento fica a ideia que a historia de base e bem melhor e mais interessante do que aquilo que o filme se torna. Fica a ideia que os momentos e espaços temporais não tem ligação bem como as personagens em si. Tem a intensidade emocional a um contexto temático imponente.
Na realização Francois Girard, tenta dar ao filme alguma estética descritiva de um realizador muito associado a musica e que os seus filmes já surpreendentemente lograram o oscar de melhor banda sonora. Aqui parece-me uma realização competente num argumento nem sempre tao eficaz
No cast fico com a ideia que Roth não esta em boa forma e que se limita a ser descontraído nos filmes mesmo quando estes pedem mais. POr seu lado Owen não tem tempo no ecrã para grandes saltos, ficando o filme melhor entregue aos desconhecidos mas competentes atores mais jovens.

O melhor - O contexto do filme.

O pior - Nem sempre jogar bem no lado presente do filme.

Avaliação - C

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