Saturday, March 28, 2020

Emma

Numa altura em que o cinema parece querer revisitar alguns dos clássicos da literatura tradicional, seria uma questão de tempo que Emma de Jane Austen tivesse mais uma versão sendo novamente uma adaptação de época, pensada em alguns cenários idílicos e uma serie de jovens atores nos papeis. Supreendentemente para um filme já conhecido as criticas ate foram positivas com avaliações simpáticas por parte da critica. Comercialmente o filme foi competente principalmente porque passou da prevista estreia limited para um wide ainda com poucos resultados.
Emma e uma das boas historias de Jane Austen quer pelo significado quer pelo interlaçar das personagens e pelos avanços e recuos num estilo leve. O filme consegue ter essa leveza adotando um estilo humorístico quase parvo que caracteriza bem o que o filme quer ser e dá-lhe a toada ideal que o filme quer ter, e isso unido ao primor de cenários que o filme escolhe, torna-o competente em diversos aspetos.
Contudo parece-me que numa altura em que já foram as diversas adaptações desta obra mais uma, acaba por também significar alguma crise de ideias que neste momento encontramos no cinema atual. Repetir conceitos com novos intervenientes e apenas algum maior valor estético fruto da tecnologia atual parece-me curto, e realmente encontramos poucas diferenças entre esta versão e a que vimos em 1996.
FIca sim o registo de mais um naipe de jovens atores que tiveram aqui a oportunidade de alguma visibilidade num filme de época interessante, comico, bem realizado mas que em termos de prespetiva do cinema demonstra que as ideias começam a ser escassas e quando assim acontece não podemos louvar em excesso ideias repetidas.
A historia fala-nos da conhecida historia de Jane Austen sobre Emma uma jovem casamenteira que tenta agrupar casais da alta sociedade, enquanto ela própria foge desse desígnio.
Em termos de argumento o filme é fiel a historia original naquilo que são as personagens e isso acaba por ser a escolha simples numa adaptação como esta. Não e no argumento que o filme acaba por ser algo refrescante.
Na realização de WIlde tem uma boa abordagem ao tornar o filme quase comico nos seus maneirismos e pelo trabalho de cenários que o filme consegue ter, e que demonstra alguma mestria em conjugar o tradicional dos filmes de época com os desenvolvimentos tecnológicos e de cor da atualidade, sendo um filme atual. A acompanhar porque a tarefa não era fácil.
No cast parece-me que o filme e bastante feliz na escolha de Taylor Joy como Emma e mais que isso de GOth como Harriet, as duas demonstram qualidades e personalidade para encabeçar tais carismáticas personagens. Parece-me menos feliz as escolhas masculinas.

O melhor - A beleza dos cenarios

O pior - Ser mais um filme repetido

Avaliação - C+

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