Estreado numa semana de novas experiencias no festival de Sundance deste ano, este particular filme pela data de estreia terá alimentado algumas esperanças de fazer alguma presença na temporada de premios. Contudo rapidamente estas esperanças acabaram por se dissipar, ja que criticamente as coisas não correram bem e comercialmente tem as condições todas para se tornar num filme praticamente invisivel do ponto de vista comercial.
Sobre o filme podemos dizer que o filme e pensado do primeiro ao ultimo minuto numa interpretaçao e na possibilidade de dar a Watts uma personagem que a levasse ao sucesso critico e quem sabe a corrida pelos premios. E apesar de ser sem sombra de duvida o que de melhor tem o filme e uma alavanca qualitativa e claramente insuficiente para fazer uma obra escura, nem sempre consistente resultar já que como a personagem e um filme que acaba por deambular em excesso.
O filme tem o lado contextual que é caotico e nos leva as personagens para as situações limite que o filme nos quer dar. Por seu lado o filme perde essencialmente porque nao explica em momento algum a razão da catastrofe emocional da personagem nem tão pouco dá-lhe linhas narrativas para explicar o seu contexto e a sua evoluçao, limitando-se a descrever interações com ou menos sentido da mesma ao longo de um espaço temporal.
Ou seja o ponto de partida espacial e mesmo temporal que permitia um filme claustrofobico no desastre contextual, perde-se numa personagem difusa, e que nem sempre consegue impregar no filme o caos organizado para fazer um filme como este resultar essencialmente junto do espetador.
A historia fala de uma ex- escritora famosa que faz uma retirada para a casa da sua avo situada num bairro social de um bronx destruido em pleno verão quente, com um serial Killer em açao. O filme demonstra a dificuldade social da personagem numa altura dificil para se viver solitario.
Em termos de argumento parece-me que o filme falha em dois pontos centrais, desde logo porque explica muito pouco a personagem central, e mais que isso porque nunca incute uma linha narrativa forte que segure o filme na sua duração. Nos elementos contextuais tudo está la para resultar mas nao os usa de forma conveniente.
No que diz respeito à realizaçao Blank Griffin tem um trabalho competente, principalmente na expressao visual do caos que acaba por funcionar no espectro que o filme quer dar de desorganizaçao. Nem sempre consegue incutir o ritmo esperado ao filme, e isso e um defeito de uma realização demasiado escura.
No que diz respeito ao cast, mesmo longe da sua melhor forma Watts tem um trabalho exigente que funciona na sua expressao emocional. Gosto particularmente dos momentos de uma das revelações do ano, ou seja, Harriso Jr, embora nem sempre a sua personagem tenha a antena devida.
O melhor - A imagem da desorganizaçao
O pior - O filme ser algo preso a um circulo sem grande evolução, porque esconde a personagem
Avaliação - D+
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