Desde o inicio do ano que este filme que foi lançado cedo no ano em alguns festivais, foi apontado como um possível candidato aos prémios. Criticamente o fervor inicial foi-se dissuadindo ou não estivesse aqui patente uma tematica complicada, e politica e que fratura a opinião publica. Do ponto de vista comercial este arrefecimento acabou também por não permitir uma grande estreia nos EUA, o que de alguma forma poderá ser alterada com o facto do filme ter conseguido uma nomeaçao para os globos de ouro.
Sobre o filme posso dizer que é um filme politico, uma avaliação ainda que parcial a atuaçao da CIA no pos 11 de Setembro. E um filme pesado, que toca no lado mais complidado do reinado Bush Cheeney, sendo o lado mais serio do que satirizou Vice. NEsse particular e um filme detalhado, denunciador, nem sempre fácil devido as condicionantes legais mas que funciona no impacto que quer ter e quem sabe merecia mais visibilidade.
Claro que é um filme parcial, que grande parte do tempo nos dá acima de tudo um dos lados da barricada, acabando posteriormente por dar pouco espaço ao seu contraditório. Na aplicação pratica do filme, pese embora algo circular o mesmo debate a fundo uma questão complicada, e mais que isso a forma como a politica ultrapassou entre si todas as barreiras que lhe foram colocadas.
Ou seja um thriller politico intenso, detalhado, inteligente, embora me pareça grande parte do tempo parcial, dá-nos uma boa versão de um dos lados dos factos bem como o poder associado a cada organização. Mais que um filme de personagens e um filme sobre algo que aconteceu, e que muitos gostavam que tivesse tido outra roupagem.
A historia fala de um inspetor do senado que entra na investigação das tecnicas de interrogatorio utilizadas pelo CIA apos um 11 de Setembro, tentando perceber o lucro ou a falta dele, na forma como foi seguido este estilo.
Em termos de argumento embora parcial temos uma historia detalhada, intensa, mas mais que isso é um filme que consegue criar o impacto de tudo o que ali está em causa, com os seus meandros politicos. As personagens nem sempre são totalmente trabalhadas mas a primazia ao acontecimento parece-me uma boa escolha.
Na realizaçao Scott Z Burns tem aqui a sua estreia como realizador depois de alguns argumentos em filmes que reunem a açao e a politica. Nao era facil num filme tao teorico ter intensidade e a realizaçao consegue isso. Os saltos temporais nem sempre acabam por ser perfeitos mas nao condiciona o efeito pratico do filme.
No cast temos um Adam Driver em boa forma, nao sendo um papel muito dificil, o ator funciona no registo de alguem convicto das suas ideias, deixando mais protagonismo para um Benning intensa, e que lhe valeu mais uma nomeaçao para um globo de ouro, e uma serie de actores secundarios compententes embora com personagens simples.
O melhor - A denuncia
O pior - Algo parcial
Avaliação - B
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